Hollywood fez primeiro: nos anos 80, a fábrica dos sonhos criou a série de ação “Knight Rider” e, aproximadamente, 30 anos depois a direção autônoma deixou de ser uma fantasia da TV. “A Bosch está tornando a ficção científica em realidade, mas um passo de cada vez”, ressalta Dr. Drik Hoheisel, membro da diretoria mundial da Robert Bosch GmbH. Os carros equipados com a tecnologia da Bosch já dirigem sozinhos em algumas situações, como congestionamentos ou dentro de um estacionamento, por exemplo. Essas tecnologias foram apresentadas durante a CES Internacional, em Las Vegas, que ocorreu na semana passada.
Como uma das maiores fornecedoras de soluções para mobilidade do mundo, a Bosch tem trabalhado no desenvolvimento da direção autônoma desde 2011 em duas localidades, em Palo Alto, na Califórnia, e em Abstatt, na Alemanha. As equipes desses centros podem contar com uma rede mundial de mais de 500 engenheiros voltados ao desenvolvimento de sistemas de assistência ao motorista.
No mundo todo ocorrem cerca de 1,3 milhão de mortes no trânsito e os números só vem aumentando. Em 90% dos casos, a causa é o erro humano. Por isso, a maior motivação por parte da Bosch para o desenvolvimento desses sistemas é proporcionar mais segurança aos usuários.
Da frenagem de emergência preditiva à assistência ao condutor – Liberar os motoristas de situações críticas no trânsito pode salvar vidas. Estudos feitos na Alemanha sugerem que, até 72% das colisões traseiras que provocaram mortes, poderiam ter sido evitadas se todos os carros estivessem equipados com o sistema de frenagem de emergência preditivo. Os motoristas também podem atingir seus destinos de maneira segura e com menos estresse usando o sistema de congestionamento Bosch. Em velocidades de até 60 km/h, o assistente freia automaticamente no tráfego intenso, acelera e mantém o curso do veículo na rodovia.
“Com os sistemas de assistência ao motorista, a Bosch espera vender cerca de um bilhão de euros em 2016”, afirma Hoheisel. Os sistemas de assistência ao condutor são a pedra fundamental para a direção autônoma, que se estabelecerá gradualmente. “Com os pilotos e sistemas Bosch, os carros serão dirigidos de forma autônoma nas rodovias até 2020, do acesso da entrada a saída”, prevê Hoheisel. Na década seguinte, os veículos serão totalmente automatizados, capazes de lidar com quaisquer situações que possam surgir.
Sensores são os olhos e ouvidos dos veículos – A direção autônoma envolve cada aspecto do carro e exige um know-how abrangente de sistemas. Ele se baseia em sensores com tecnologia de radar, vídeo e produtos que a Bosch tem fabricado há muitos anos. “Os sensores são os olhos e os ouvidos que permitem que os veículos percebam seu ambiente”, garante Hoheisel. Um software potente e computadores processam as informações coletadas e garantem que o veículo se desloque no trânsito de forma segura e com maior eficiência de combustível.
Na medida em que os veículos assumem cada vez mais tarefas, sistemas de segurança como freios e de direção, devem atender requisitos especiais. Caso um destes componentes falhe, um procedimento é necessário para assegurar a sua frenagem. O iBooster e o sistema ESP são projetados para frear o carro – independentemente um do outro – sem que o motorista precise intervir.
iBooster: essencial para a direção autônoma – Deste modo, o iBooster Bosch atende um requisito essencial para a direção autônoma. O booster de freio pode desenvolver a pressão de freio de modo independente, três vezes mais rápido que o sistema ESP. Caso o sistema de freio preditivo reconheça uma situação perigosa, o veículo para muito mais rápido. Ao mesmo tempo, o iBooster pode oferecer a frenagem suave exigida pelo piloto automático ACC, até sua parada completa.
O iBooster também é um componente chave para carros híbridos e elétricos. Isso porque não requer vácuo, que de outro modo teria que ser gerado em um processo complexo pelo motor a combustão ou por uma bomba a vácuo. Em segundo lugar, porque junto com o ESP hev (projetado especificamente para carros híbridos e elétricos), o booster de freio pode recuperar praticamente toda energia de frenagem e convertê-la em eletricidade.
Graças ao iBooster, quase todos os atrasos típicos de tráfego podem ser usados para recuperar uma energia de frenagem máxima para o motor elétrico do veículo híbrido ou elétrico. Caso o carro tenha que frear bruscamente, se o gerador não puder fornecer o toque de freio necessário, o booster de freio gera qualquer pressão de freio adicional necessária no modo convencional, usando o cilindro mestre do freio.