O mundo gira e continua girando. Primeiro as transmissões manuais, depois, automáticas e por último automatizadas. Essa última foi a forma encontrada de reduzir custos e ao mesmo tempo aproximar o brasileiro do prazer e segurança que a transmissão automática oferece.
Enquanto todo mundo só fala em carros elétricos, hidrogênio, final de linha para os motores de combustão interna (os motores tradicionais como conhecemos), a transmissão fica ali de lado, olhando, querendo saber o seu destino.
Enquanto num motor de combustão temos cerca de 2.000 peças, o motor elétrico tem próximo de 50 peças. E não é necessária mais uma caixa de transmissão como conhecemos para o veículo elétrico, onde o torque é entregue desde a primeira rotação e se mantém assim por uma ampla faixa. Essa também é a explicação para os elétricos terem vigor em quase qualquer circunstância.
Como o câmbio implica em mais peso para o carro carregar e reduz a potência que vai até as rodas (por conta de atritos internos), é mais vantajoso simplesmente conectar o motor direto ao diferencial.
A retirada da caixa não atrapalha nem em manobras: para dar marcha a ré, os elétricos simplesmente invertem a rotação do motor.
Isso permite, até, que eles alcançassem a velocidade máxima de ré, mas são impedidos pela limitação eletrônica de segurança.
A partir disso tudo, a Volkswagen planeja oferecer apenas modelos com transmissão automática na Europa. O movimento já inicia em 2023 com Passat e Tiguan e até 2030 todos os demais modelos terão essa mesma opção para combinar com o motor de combustão.
Por outro lado, a fabricante alemã planeja se tornar totalmente elétrica a partir de 2035 ao menos na Europa.
Por aqui, modelos como Taos e até mesmo o Nivus, já não oferecem câmbio manual.