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A partir da década de 50, a GM não parou de crescer

Empresa foi pioneira no processo de nacionalização na indústria automotiva, com utilitários pesados. Planos de produção do Monza no início dos anos 80 marcou o início da globalização da empresa no Brasil – O fim da segunda Guerra Mundial foi o começo do terceiro plano de expansão da General Motors do Brasil. A economia nacional vivia um momento de euforia, o país ingressava de vez na era industrial e as vendas da empresa estavam a mil por hora.

Em 1949, teve início a ampliação da fábrica de São Caetano do Sul, com a criação de uma nova oficina de montagem, com duas linhas de produção e capacidade para até 15 veículos por hora.

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A GMB foi pioneira no processo de nacionalização na indústria automotiva. O programa oficial foi instituído em 1956. Mas, desde meados da década de 40, a empresa trilhava esse caminho.

Em 1948, produziu o primeiro ônibus de aço totalmente montado no Brasil, utilizado matéria-prima da usina da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda. Pesava uma tonelada a menos do que os veículos produzidos com madeira. O índice de nacionalização era de 89%. Seu lançamento foi um marco para a GMB e para a indústria nacional. Foram fabricadas 300 unidades de 32 lugares cada. Vidros, assentos, pneus, baterias, assoalhos, tintas e guarnições também eram nacionais.

Quando alcançava a produção do milionésimo ônibus de aço, a empresa marcou mais de um gol: o GM Coach, um ônibus urbano para 70 passageiros, que atendia perfeitamente o mercado do transporte coletivo, então em franca expansão. Antes mesmo de o ônibus ser lançado já havia encomenda de 300 unidades aos agentes concessionários.

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A GMB investia e diversificava; em 1951, começava a produzir os refrigeradores Frigiraire no país, com 72% dos componentes nacionais.

GM pioneira no processo de nacionalização de veículos – Em 1953, mais uma vez pioneira, a GMB decidiu nacionalizar seus caminhões. Anunciou a aquisição de uma área de 1.634.008 metros quadrados em São Jose dos Campos, escolhida após várias pesquisas feitas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Entre as razões que determinaram a localização da nova unidade, pesaram a proximidade da Vila Dutra e da Estrada de Ferro Central do Brasil, bem como de linhas de transmissão elétrica e do Rio Paraíba do Sul.

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Instituído o Programa Oficial de Nacionalização de Veículos, em 1956, a GM foi o primeiro fabricante a expor seus planos. À primeira vista, parecia estranho o desejo do governo, que incentivava a empresa a produzir caminhões, e não carros de passeio, cujo mercado seria muito mais lucrativo.

Em uma segunda analise, tudo parecia lógico: o país precisava de caminhões; o transporte rodoviário de carga seria necessário para o crescimento e o desenvolvimento econômico.

Atendendo aos apelos governamentais, a GM deixou o atraente mercado de carros em segundo plano para dedicar-se exclusivamente ao setor de transporte pesado.

No mesmo ano em que produzia Figidaire de número 100 mil, em 1956, a empresa anunciava o início da construção de sua fábrica, também no Estado de São Paulo.

A GMB tinha sede de mercado: em 1957, lançava o primeiro caminhão brasileiro, o Chevrolet Brasil. Quase metade de seu peso era constituído por componentes nacionais, ultrapassando, assim, o mínimo de 40% exigido pela legislação. Mais uma vez, a GM largou na frente.

GM expande operações com fábrica de São José dos Campos – Prosseguindo com o investimento em infraestrutura, a companhia inaugurou, em 10 de março de 1959, a sua segunda fábrica no Brasil, em São Jose dos Campos. Com capacidade de produzir 50 mil veículos por ano, era também a primeira fábrica de motores da marca na América do Sul.

Além dos motores, a nova unidade produzia peças para caminhões Chevrolet Brasil, picapes e caminhonetes Chevrolet Amazonas.

A inauguração contou com a presença do então presidente Juscelino Kubitschek, que disse: “ Aqui estamos, na inauguração de uma das maiores fabricas do Brasil, e eu felicito seus organizadores, aqueles que viveram conosco, verdadeiramente, trabalhar para a prosperidade do país”.

O Brasil crescia e, com ele, a indústria automobilística, Em 1966, a GM aderiu ao plano intensivo de exportações do governo brasileiro. A África do sul passou a receber blocos de motores produzidos na fábrica de São José dos Campos. Quase dez anos depois, veículos montados, refrigeradores, fogões, maquinas de lavar, baterias, matrizes e peças produzidos na unidade eram exportados para todo o mercado latino americano.

O sonho de fabricar automóveis de passeio da marca Chevrolet teve início com o Opala e provocou mudanças radicais em toda a indústria automobilística nacional, ampliando a oferta ao consumidor e a demanda às indústrias de autopeças.

A empresa tornava-se cada vez mais dinâmica ao investir em várias frentes. No dia 16 de dezembro de 1970, saía da linha de montagem da GMB o milionésimo refrigerador Frigidaire, totalmente fabricado no Brasil. A comemoração aconteceu sete anos após a empresa ter produzido o modelo de número 500 mil.

Campo de Provas da Cruz Alta – Para aprimorar a qualidade dos veículos e atender o mercado do consumidor, cada vez mais exigente, em 1972 a GM adquiriu a Fazenda da Cruz Alta, com 11,272 milhões de metros quadrados, em Indaiatuba, para construir seu Campo de Provas.

Inaugurado três anos mais tarde, é onde são realizados até hoje os testes a as validações de todos os modelos da empresa no Brasil. Cercado por uma área verde preservada, o CPCA é o maior do gênero no hemisfério Sul.

Também em 1975, entrou em funcionamento a nova fábrica de baterias Delco, marca da GMB. Situada em uma área de 11 mil metros quadrados na Vila Prosperidade, em São Caetano do Sul, é quase oito vezes maior que a antiga fábrica. No último ano antes da mudança, a produção foi de 350 mil unidades. Já na nova unidade, a produção anual alcança, em 1976, 1 milhão de bateiras.

Vinte e quatro anos depois, a revolução definitiva: chegava ao brasil a marca ACDelco, resultado da fusão, nos Estados Unidos, da AC Spak Plug Divison e Delco Remy Corporation, depois que ambas foram incorporadas pela General Motors.

O foco era o mercado de veículos de passeio, utilitários e caminhões leves, nacionais ou importados, de todas as marcas. Tão logo se instalou por aqui, foi reconhecida como a marca de autopeças que oferece o mais completo pacote de produtos no Brasil.

Lançamento do Monza marca início da globalização – As invasões não pararam. Em 1981, a General Motors Corporation instalou três módulos internacionais para produzir, simultaneamente, os motores do seu primeiro carro mundial, o Monza: na Alemanha, na Áustria e no Brasil.

O primeiro protótipo foi produzido em 27 de fevereiro de 1981, rigorosamente dentro do prazo. Depois de aprovado pela Opel e pela GM, sua fabricação foi iniciada em 18 de maio.

A produção inicial foi de apenas 200 motores por mês, mas em seguida passou para 70 por hora, totalizando 330 mil por ano, dos quais apenas 60 mil ficaram no Brasil. Outros foram exportados para a Opel e para a Pontiac norte-americana. A nova fábrica tinha 47 mil metros quadrados de área constituída e exigiu investimentos de US$ 120 milhões em maquinas, ferramental e equipamentos.

O sucesso dos carros Chevrolet estava totalmente comprovado e crescia com o tempo. De 1972 a 2005, por exemplo, a GM contabilizou 12 títulos de “Carro do Ano”. Primeiro com o Opala, em 1972, e a Caravan, em 1976. O Chevrolet obteve o bicampeonato em 1981. O Monza foi tricampeão em 1983, 1987 e 1988. O Kadett venceu em 1991. Em 1993 foi a vez Omega, seguindo-se com o Vectra, em 1994 e 1997, o Corsa, em 1995 e 1996.

Centro logístico de Sorocaba intensifica foco no cliente – A GM do Brasil não parava de crescer. Com investimento de US$ 50 milhões, inaugurou em Sorocaba, em 5 de março de 1996, seu novo Centro Distribuidor de Peças (CDP), criado para expandir e melhorar a área de pós-vendas, com benefícios para o cliente Chevrolet.

A nova unidade nasceu adequada à política de globalização da empresa, numa preparação previa para a expansão ocorrida no mercado de reposição e também com vistas ao crescimento do Mercosul.

O CDP de Sorocaba ampliou bastante a capacidade do centro de peças, que funcionava no interior do complexo industrial GM em São Jose dos Campos, cuja capacidade se tornou insuficiente para atender a demanda do mercado.

O mercado automobilístico nacional experimentava um “boom” na década de 90 e era necessária uma nova expansão. A Empresa decidiu instalar uma unidade de componentes estampados.

Inaugurada em novembro de 1999, a nova fábrica foi constituída em terreno de 426 mil metros quadrados cedido pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, no distrito industrial de Taboão. A área é estrategicamente situada nas proximidades das mais importantes vias de escoamento da região – rodovias Mogi-Dutra e Ayrton Senna- e da malha ferroviária, além de estar entre os dois complexos da GM em São Paulo – São Caetano do Sul e São Jose dos Campos. Exigiu investimentos de US$ 150 milhões. Foi projetada para produzir 6 milhões de peças estampadas por ano.

GM inaugura fábrica mais moderna do mundo em Gravataí – Logo depois, em 2000, a GM anunciaria sua entrada no século XX: era inaugurada o Centro Industrial Automotivo de Gravataí, no Rio Grande do Sul. Criada para produzir um novo veículo, o Celta, que viria revolucionar o mercado, umas das mais modernas fabricas do planeta, devido ao conceito de condomínio industrial, por agregar também os fornecedores.

Com o avanço das estratégias de globalização, o Brasil passou a ter maior influência no desenvolvimento de automóveis mundiais da companhia, caso da minivan Meriva, lançada em 2007, do sedã Cobalt, da segunda geração da picape S10, da Trailblazer e do Spin, que chegaram nos anos seguintes.

Fruto de um investimento de R$ 5,7 bilhões, essa renovação da linha de produtos foi um verdadeiro sucesso comercial e levou a Chevrolet, em 2010, a um recorde histórico: 657.724 unidades emplacadas.

Paralelamente ao frenesi dos smartphones, a GM inaugura uma nova era na indústria automobilística, ao ser a primeira a equipar seus veículos de entrada também com sistemas de conectividade. O Agile Wi-Fi, que trazia internet a bordo, foi pioneiro. Mas foi com o Onix que popularizou a tecnologia, com o MyLink.

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