Os pesquisadores Vikram Bhargava e Brian Berkey, da Universidade George Washington, exploram o futuro dos veículos autônomos, prevendo uma transformação radical na forma como nos movemos e na regulação dos transportes.
No estudo mais recente dos acadêmicos Vikram Bhargava e Brian Berkey, eles analisam os impactos dos veículos autônomos – carros sem motorista – e propõem que a adoção em massa dessa tecnologia pode levar ao banimento de motoristas humanos.
Os pesquisadores argumentam que, com a chegada em massa dos veículos autônomos ao mercado, haverá uma redução significativa nos erros de condução e, consequentemente, um aumento na segurança das ruas e estradas. Eles defendem que, nesse cenário, haverá motivos robustos para regulamentar a venda de carros normais e, eventualmente, proibir os humanos de dirigirem veículos não autônomos.
Dirigir um carro manual poderá se tornar moralmente análogo a dirigir embriagado, segundo os autores. Eles sugerem que, à medida que a sociedade adotar amplamente os veículos autônomos, dirigir carros normais será proibido, seguindo uma lógica similar à política de vacinação, onde os benefícios da imunidade coletiva estão condicionados à vacinação generalizada.
“Tal como a compreensão dos benefícios da imunidade coletiva está condicionada à vacinação generalizada, o mesmo se aplica aos danos esperados e às reduções da poluição associadas aos veículos autônomos,” afirmou Bhargava.
Atualmente, os acidentes de trânsito são uma das principais causas de mortes e ferimentos globalmente. Os pesquisadores sugerem que os veículos autônomos podem ser uma solução para esta crise de saúde pública.
“Nosso argumento tem implicações importantes para a política da indústria automotiva. A adoção generalizada de veículos autônomos exigirá que as empresas cooperem com os concorrentes para garantir um sistema de transporte mais seguro e sustentável,” concluiu Bhargava.