Um estudo recente conduzido pelo Insurance Institute for Highway Safety (IIHS) revela que tecnologias de assistência ao motorista, como saída de faixa e centralização de faixa, não resultam em uma redução estatisticamente significativa de colisões.
A pesquisa analisou dados do Highway Loss Data Institute, coletados de veículos Nissan e BMW de 2013 a 2022, que são equipados com sistemas de direção autônoma parcial – ProPilot para Nissan e Driving Assistant Plus para BMW.
Os carros com esses recursos frequentemente também possuem frenagem automática de emergência (AEB), classificada pelo IIHS como uma tecnologia de prevenção de colisões, distinta da autonomia parcial.
O estudo indicou que, embora a automação parcial não tenha demonstrado eficácia na redução de acidentes, os veículos equipados com AEB apresentaram uma redução significativa nas reivindicações de responsabilidade de seguro.
Impacto do AEB na Redução de Colisões – Por exemplo, os Nissan Rogues 2017-19 com avisos de colisão frontal tiveram uma taxa 49% menor de colisões traseiras.
Quando equipados também com AEB e controle de cruzeiro adaptativo (ACC), essa taxa caiu para 54%.
Em termos mais amplos, os Nissans com AEB registraram uma queda de 8% nas reivindicações de responsabilidade, enquanto veículos BMW e Mini 2013-17 com AEB tiveram uma redução de 13%. No entanto, os dados não permitiram isolar as colisões traseiras especificamente para BMW e Mini.
Jessica Cicchino, vice-presidente sênior de pesquisa do IIHS, destacou que “sem evidências claras de que a automação parcial está prevenindo acidentes, usuários e reguladores não devem confundi-la com um recurso de segurança”.
O IIHS alerta que essas tecnologias podem criar uma falsa sensação de segurança e induzir tédio nos motoristas, levando-os a desativá-las.
David Harkey, presidente do IIHS, reforçou que os recursos de autonomia parcial devem ser considerados conveniências, como vidros elétricos ou bancos aquecidos, e não como recursos de segurança.
Este estudo sublinha a importância de tecnologias comprovadas, como a AEB, na prevenção de acidentes e destaca a necessidade de uma abordagem cautelosa e informada ao considerar a implementação e uso de tecnologias de assistência ao motorista.
Os veículos nesses estudos variam de cinco a 11 anos de idade, e é possível que sistemas de automação parcial mais novos sejam mais eficazes de uma perspectiva de segurança.
Por outro lado, os muitos anos de dados que se acumularam para esses veículos tornam as descobertas mais convincentes.
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