O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou ontem, 19 de agosto, a homologação do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), uma nova política industrial brasileira focada na sustentabilidade e inovação no setor automotivo.
Esta homologação permitirá à GWM Brasil avançar significativamente em sua estratégia de nacionalização e ampliar suas operações no país.
Com o início das atividades previsto para o final de 2024, a GWM Brasil dará o primeiro passo em sua fábrica de Iracemápolis (SP) com a produção do SUV híbrido Haval H6 em regime de pré-produção. Essa fase inicial visa testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem, além de verificar os processos de manufatura e controle de qualidade. A produção em série do modelo está programada para começar em 2025.
Marcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM Brasil, comemora a homologação: “Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo.”
A fábrica de Iracemápolis, que está passando por um processo de modernização e expansão, verá sua capacidade de produção aumentar de 20 mil para 50 mil veículos por ano, com planos de atingir 100 mil unidades nos próximos anos. Paralelamente, a GWM Brasil está intensificando parcerias locais com empresas fornecedoras de peças e tecnologias, visando reduzir custos de fabricação e logística.
No futuro, a GWM Brasil planeja expandir a produção para incluir componentes de maior valor agregado, como baterias de lítio, consolidando ainda mais sua presença no mercado brasileiro. Especialistas estimam que a demanda global por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos deve atingir entre 20 e 30 milhões de unidades até 2030.
Alfonso destaca o compromisso da GWM Brasil com a nacionalização, mencionando que a empresa já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes que serão produzidos localmente. O objetivo é alcançar uma taxa de nacionalização superior a 60%, permitindo à montadora iniciar a exportação de veículos para a América do Sul.