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Ônibus representam apenas 0,8% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, aponta estudo da NTU

Relatório da NTU revela impacto ambiental mínimo dos ônibus e destaca desafios e avanços na descarbonização do transporte coletivo.

Os ônibus, responsáveis por apenas 0,8% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, se consolidam como uma alternativa sustentável para o transporte urbano, segundo estudo divulgado pela NTU.

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) revelou, em estudo inédito, que os ônibus contribuem com apenas 0,8% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O levantamento, intitulado “Modernização tecnológica da frota do transporte coletivo urbano”, destaca a importância da renovação da frota e os caminhos para a descarbonização do transporte público.

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De acordo com o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases (SEEG), os ônibus urbanos, rodoviários e de fretamento têm impacto ambiental muito menor em comparação a outros modais. Atualmente, o Brasil já conta com 420 ônibus elétricos em operação, um número que, apesar de tímido, sinaliza o início de uma transição energética.

Francisco Christovam, diretor executivo da NTU, ressaltou a relevância dos dados para o setor. “O estudo oferece ferramentas para que possamos avançar de forma sustentável. A modernização e a transição energética devem considerar tanto a viabilidade econômica quanto o impacto positivo no meio ambiente”, afirmou.

Apesar dos avanços, a pesquisa destacou desafios, como a idade média elevada da frota de ônibus urbanos, que chegou a seis anos e cinco meses. Este é o maior índice em quase três décadas, pressionando o setor a acelerar a renovação dos veículos, especialmente para modelos elétricos.

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Atualmente, os ônibus elétricos representam menos de 0,5% da frota nacional de 107 mil veículos. O Sudeste concentra 79,8% desses veículos, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro. No Norte, apenas dois ônibus elétricos estão em operação, evidenciando desigualdades regionais na transição tecnológica.

O estudo também analisou a evolução tecnológica da frota, com foco na adequação ao Proconve, programa que restringe limites de emissões de poluentes. Grande parte da frota já opera na fase 7, enquanto algumas capitais utilizam veículos na fase 8, que oferecem tecnologia de ponta para reduzir a emissão de poluentes.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana surge como uma solução para a renovação da frota. Com um investimento de R$ 9,8 bilhões, o governo federal planeja adquirir 5.311 novos ônibus, sendo 2.296 elétricos e 3.015 a diesel Euro 6, priorizando municípios em 20 estados.

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Francisco Christovam destacou a importância de uma abordagem integrada para o setor. “O transporte público urbano já mostrou ser uma alternativa sustentável, mas precisamos de mais incentivos para modernização e ampliação da descarbonização.”

O estudo da NTU conclui que, apesar dos avanços, o transporte público urbano ainda enfrenta desafios significativos, mas tem potencial para se tornar uma referência global em sustentabilidade.

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