As associadas da Abeifa encerraram 2024 com um crescimento expressivo de 141,1% nas vendas, somando 104.729 unidades emplacadas, e garantiram a liderança no mercado de veículos eletrificados com 94.930 unidades vendidas.
Em dezembro, as vendas totalizaram 12.479 unidades, alta de 21,6% em relação a novembro e 49,4% superior ao mesmo mês de 2023. Com esse desempenho, as associadas à Abeifa alcançaram 4,2% de marketshare no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, que totalizou 2.484.721 unidades no ano.
Um dos principais destaques foi o desempenho no segmento de veículos eletrificados. As marcas filiadas à entidade responderam por 53,2% das vendas de eletrificados no Brasil, com 94.930 unidades emplacadas de um total de 178.430. Essa liderança reflete a preferência dos consumidores por tecnologias mais avançadas e sustentáveis.
Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, destacou que o setor enfrentou desafios ao longo do ano, como o aumento das alíquotas de importação de veículos elétricos, híbridos e plug-in, além da alta do dólar, que ultrapassou R$ 6 em novembro. Ainda assim, seis das dez marcas filiadas à entidade registraram crescimento positivo, somando 103.091 unidades importadas comercializadas.
As novas alíquotas de importação, aplicadas a partir de janeiro e elevadas novamente em julho, impactaram os custos de importação. Veículos elétricos passaram a pagar 18% de imposto de importação, híbridos plug-in 20% e híbridos convencionais 25%. Apesar disso, a presença de veículos importados no mercado brasileiro foi considerada essencial por Godoy, que enfatizou os benefícios tecnológicos trazidos ao setor.
Godoy estima que o mercado de veículos importados pode crescer 5% em 2025, com base na chegada de novos modelos equipados com tecnologias inovadoras. No entanto, ele manifestou preocupação com as políticas alfandegárias e a suspensão de incentivos fiscais para veículos eletrificados, ressaltando que esses modelos são cruciais para a descarbonização do setor automotivo brasileiro.
“A presença de veículos importados, com suas tecnologias up-to-date, beneficia os consumidores e incentiva os fabricantes locais a se atualizarem”, concluiu Godoy.