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Abeifa critica possível aumento imediato do imposto de importação para veículos eletrificados

Presidente da Abeifa se manifesta contra elevação abrupta da alíquota, defendendo previsibilidade e livre escolha do consumidor.

Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, manifestou forte oposição a qualquer tentativa de antecipar o aumento do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos, que atualmente segue um cronograma gradual até 2026.

A declaração ocorre após comunicado da entidade que representa as montadoras nacionais sugerindo a elevação imediata da alíquota para 35%. Atualmente, a tributação sobre veículos eletrificados importados é de 18% para elétricos, 24% para híbridos plug-in e 25% para híbridos, com aumentos progressivos já estabelecidos até julho de 2026. “A previsibilidade é essencial para o setor e, principalmente, para o consumidor brasileiro, que deve ter o direito de escolher tecnologias avançadas”, afirmou Godoy.

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A Abeifa argumenta que políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, relembrando a abertura do mercado nos anos 1990, que impulsionou a modernização da indústria nacional. “Em vez de restringir importações, o Brasil deveria focar no aumento da exportação de veículos, agregando mais tecnologia e produtividade”, enfatizou o executivo.

No desempenho do mercado, os números de fevereiro reforçam a importância dos veículos eletrificados no setor de importação. As dez marcas associadas à Abeifa registraram um aumento de 5,8% nas vendas em relação a janeiro, com 9.021 unidades licenciadas. Na comparação com fevereiro de 2024, o salto foi ainda maior: alta de 46,8%, com destaque para os eletrificados, que representaram 91,6% das vendas das associadas.

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A participação da Abeifa no mercado total de automóveis e comerciais leves foi de 5,2%, sendo 5,13% correspondentes a importados. No segmento de veículos eletrificados, as marcas associadas responderam por 50,9% dos modelos eletrificados vendidos no Brasil.

Para Godoy, os números mostram que a importação tem papel fundamental na eletrificação da frota brasileira, enquanto 74,6% das importações ainda são dominadas pelas montadoras locais. “Nossas associadas seguem trazendo tecnologia de ponta e impulsionando a descarbonização. Restringir importações é um retrocesso para o país”, concluiu.

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