A Stellantis se consolidou como líder no ranking do Anuário Integridade ESG para o setor de Veículos e Autopeças, destacando-se por seu compromisso com a agenda de sustentabilidade. A empresa adota uma abordagem de descarbonização “do berço ao túmulo”, focando em todo o ciclo de vida do automóvel. A entrega de 50 veículos elétricos das marcas Peugeot e-Expert para os Correios, em 2024, é um exemplo da atuação do grupo no incentivo à mobilidade sustentável.
O prêmio Destaques ESG, recebido pelo VP de Assuntos Regulatórios para América do Sul da Stellantis, João Irineu Medeiros, na FGV, reforça a responsabilidade do grupo como líder de mercado. A estratégia da empresa é resolver metade dos desafios de descarbonização com a tecnologia a bordo dos veículos, como a recém-lançada tecnologia Bio-Hybrid, presente nos modelos Fiat Pulse T200 Hybrid e Fiat Fastback T200 Hybrid. A outra metade será resolvida por meio de ações em seu ecossistema, abrangendo toda a cadeia de produção, da mineração à logística.
Um dos pilares da estratégia da Stellantis é a economia circular. A empresa investiu R$ 13 milhões em uma planta em Osasco, São Paulo, dedicada à reciclagem. O objetivo é desmontar oito mil carros por ano, destinando as peças para remanufatura ou revenda, fechando o ciclo de vida do veículo. O que não puder ser reaproveitado será queimado para gerar energia, garantindo o mínimo de resíduos.
O Anuário Integridade ESG também ressaltou o forte relacionamento da Stellantis com seus stakeholders, com monitoramento e execução de Diretrizes de Compras Responsáveis junto aos fornecedores. Essa abordagem permite que os parceiros melhorem seu desempenho com base em critérios de CSR (Corporate Social Responsibility), reforçando a reputação da empresa.
A publicação destaca que o setor de Veículos e Autopeças passa por uma transformação acelerada, impulsionada pela busca por uma mobilidade mais limpa. A formação de mão de obra qualificada e as iniciativas de equidade de acesso também são temas de alta relevância para as empresas do setor.
Completando o top 5 do ranking no segmento, a Volkswagen ficou em segundo lugar, impulsionada por investimentos de R$ 16 bilhões até 2028 em tecnologias de baixo carbono e modernização de fábricas. Em 2024, a marca iniciou a fabricação do primeiro ônibus elétrico da VWCO e apresentou protótipos como um caminhão híbrido e um ônibus com bateria de nióbio de recarga ultrarrápida.
Em terceiro lugar, a Toyota se destaca por sua estratégia de longo prazo com o investimento de R$ 11 bilhões até 2030, focado na expansão da produção de modelos que combinam eletrificação com o uso de biocombustíveis. A Renault garantiu a quarta posição por atingir a marca de 100% de energia elétrica limpa e renovável e conquistar a certificação Lixo Zero, com 97% de seus resíduos reciclados ou reutilizados.
Fechando o ranking, a Mercedes-Benz obteve a quinta posição, com a renovação de uma aplicação de R$ 10 milhões para financiar projetos de energia renovável. A companhia busca a descarbonização por meio da adoção de produtos mais eficientes e incentivos a boas práticas em sua rede de fornecedores e concessionárias.
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ESG (Environmental, Social and Governance) – Sigla que se refere a práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. É um indicador de como a empresa lida com fatores de sustentabilidade e responsabilidade.
Economia Circular – Modelo de produção e consumo que busca a reciclagem e o reaproveitamento máximo de materiais e produtos, reduzindo a geração de resíduos ao mínimo.
Remanufatura – Processo de desmontar completamente um produto usado, inspecionar as peças e, em seguida, reconstruí-lo para que tenha a mesma qualidade de um produto novo.
Stakeholders – Grupos ou indivíduos que têm interesse ou são afetados pelas atividades de uma empresa. Incluem clientes, fornecedores, colaboradores, investidores e a comunidade local.