Nesta quinta-feira, dia 09 de outubro, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou o ‘Laboratório de Hidrogênio – LabH2’, resultado de um investimento de R$ 50 milhões que também incluiu a criação de um Centro de Energias do Futuro. O investimento contou com recursos do Governo do Estado de São Paulo, Fapesp e Finep, além de parcerias com a USP, a indústria e a Alemanha. O hidrogênio é considerado um vetor energético limpo e sustentável que poderá substituir combustíveis fósseis com eficiência no setor de transportes e em diversas indústrias, como a siderurgia e a de cimento, sendo uma resposta eficaz para o desafio global da descarbonização e a busca pela neutralidade de carbono em São Paulo até 2050.
O Laboratório de Hidrogênio – LabH2 do IPT foi inaugurado nesta quinta-feira, dia 09 de outubro, marcando um avanço na pesquisa de energias limpas no país.
O projeto representou um investimento de R$ 50 milhões, que abrangeu a construção do laboratório e a criação do Centro de Energias do Futuro.
Os recursos vieram do Governo do Estado de São Paulo, por meio de suas secretarias e agências, além da Fapesp, Finep e parcerias com a USP, a indústria e a Alemanha.
O foco é o hidrogênio, um vetor energético eficiente e considerado um combustível limpo e sustentável que pode substituir os combustíveis fósseis.
A produção desse gás pode envolver processos que utilizam exclusivamente energia renovável ou que geram baixa emissão, como o aproveitamento de resíduos.
O hidrogênio tem potencial para movimentar veículos e atender a diversas indústrias, contribuindo para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Entre os setores que podem se beneficiar estão cimenteiras, siderurgia, cerâmica e vidro, química, e a produção de outros combustíveis, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação).
Para exemplificar o uso na mobilidade, veículos a hidrogênio como o GWM Hydrogen Truck, o Toyota Mirai e o Hyundai Nexo estiveram expostos na inauguração.
Segundo Anderson Correia, diretor-presidente do IPT, o hidrogênio é vantajoso tanto em usos de mobilidade quanto em processos de aquecimento na indústria, como a de cerâmica e a de metais.
João Carlos Cordeiro, diretor da unidade de negócios Energia do IPT, destacou que o laboratório possui uma estrutura ímpar.
Essa estrutura permite a produção, compressão, armazenamento e fornecimento de hidrogênio com segurança.
A nova instalação estará disponível para apoiar a indústria nacional, a cadeia do hidrogênio e a sociedade brasileira.
O diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, Carlos Graef, classificou o hidrogênio como “certamente a melhor alternativa entre as energias do futuro”.
Ele destacou o desafio da mudança da matriz fóssil para a fotovoltaica, a eólica, tendo o hidrogênio como a principal alternativa limpa.
Marisa Maia, subsecretária de Energia e Mineração da Semil, afirmou que a transição energética em São Paulo contempla o hidrogênio e serve de vitrine para a indústria e o setor de transportes.
O Estado busca a neutralidade de carbono no horizonte de 2050, sendo o investimento em hidrogênio parte crucial dessa política.
Stephanie da Costa, secretária-executiva da SCTI e presidente do Conselho de Administração do IPT, ressaltou que o hidrogênio de baixo carbono é uma resposta eficaz ao desafio global da descarbonização.
Humberto de Alencar, secretário-adjunto de Inovação, C&T da Prefeitura de São Paulo, reforçou o compromisso de parceria com baixo carbono na frota de ônibus elétricos.
Ele pontuou que o município busca combustíveis sustentáveis e o hidrogênio desponta como uma alternativa relevante para a mobilidade urbana.
O vice-governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, enfatizou o ‘Plano Estadual de Energia 2050’ e a importância da interdependência.
Ele ressaltou que a construção de políticas públicas e a inovação dependem do estreitamento de parcerias entre empresas, entidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica.
O lançamento do LabH2 com foco em hidrogênio posiciona São Paulo na vanguarda da transição energética na América Latina, investindo em uma tecnologia que, apesar de complexa, é vista como fundamental para zerar as emissões no futuro. A disponibilização da estrutura para a indústria nacional é uma vantagem estratégica que pode acelerar o desenvolvimento de caminhões e ônibus com essa matriz, competindo com o avanço de tecnologias elétricas de baterias.
Mecânica Online® – Mecânica do jeito que você entende.
Hidrogênio – Elemento químico considerado um vetor energético limpo e sustentável que, quando utilizado em células a combustível, gera eletricidade e água como único subproduto.
Descarbonização – Processo de redução da emissão de gases de efeito estufa (como o CO2) na atmosfera, sendo um objetivo central na transição para energias limpas.
SAF (Combustível Sustentável de Aviação) – Combustível de aviação produzido a partir de matérias-primas sustentáveis (biomassa, resíduos, etc.), visando reduzir significativamente as emissões de carbono do setor aéreo.
Matriz fóssil – Conjunto de fontes de energia utilizadas atualmente, dominado por combustíveis derivados de fósseis (petróleo, carvão, gás natural), que são os principais responsáveis pelas emissões de CO2.