Será que os Jogos Olímpicos recém-encerrados se tornarão o fato que começaria a consolidar a virada no pensamento dos consumidores? Afinal, a organização teve falhas, mas o balanço final foi positivo, à exceção do número baixo de medalhas para os atletas brasileiros. Isso apesar do incentivo da torcida e de competir em casa.
Na verdadeira corrida de obstáculos em que se transformou a recuperação de confiança, um dos últimos envolve o fim do processo de impedimento da presidente da República com o desfecho esperado. Mas há quem afirme que entre o comprador se sentir mais seguro para gastar e efetivamente entrar numa loja para comprar um carro novo, ainda vai uma boa distância.
O melhor termômetro para avaliação é a venda diária. O mês fechado depende de dias úteis e de outras sazonalidades. No Rio de Janeiro, segundo maior mercado de veículos leves, os jogos desviaram a atenção de possíveis interessados, porém a média nacional se manteve pouco acima de 8.000 unidades por dia.
Até o final do ano, se a média diária chegar a 9.000 unidades, no último trimestre, haverá boa sinalização para 2017.
Sem esquecer de que no próximo ano a base comparativa é baixíssima.
Em 2015 e 2106 a queda acumulada terá se aproximado de 50%. Este tombo veio acompanhado de uma menor procura por crédito, que acabou por inflar indiretamente os índices de inadimplência herdados de financiamentos malfeitos no passado.
Em outros termos a inadimplência “velha” será substituída aos poucos, na medida em que os contratos antigos chegarem ao fim.
Uma dose de otimismo partiu de Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, durante o recente seminário Planejamento Automotivo 2017, organizado pela Automotive Business.
“Confiança não é torcida. Há fatores que justificam seu aumento no próximo ano. O consumidor, que mesmo com carteira assinada estava se comportando como um desempregado, começa a mudar”, afirmou.
Pesquisa do banco, citada por Barros, aponta queda generalizada nos estoques de vários setores da economia brasileira. A produção deve reagir.
A recuperação dependerá de a baixa política diminuir seu grau de interferência nefasta nas decisões econômicas. Propostas de um governo interino só andam quando se torna legitimado.
É o que se espera a partir de agora. Espaço para respirar novos ares e implantar reformas econômicas mais do que necessárias, porém sempre adiadas, formam um quadro de possíveis transformações na direção de crescimento sustentável. Alternar tempos de euforia e de depressão já cansou, muito além da conta, todos os brasileiros.
Reduções temporárias de impostos criaram, agora se vê, mais problemas que soluções. No entanto, o setor automobilístico representa 5% do PIB brasileiro e responde por 10% de toda a arrecadação tributária do País nos três níveis de governo. Ainda assim, passa por vilão. Entre as muitas coisas que precisam de reformulação está aí um bom exemplo.
Os executivos da indústria automobilística continuam a apostar na capacidade de reação do mercado, a partir de 2017. Tão mais rápida quanto os sinais de mudanças se transformarem em algo concreto.
RODA VIVA – DESVALORIZAÇÃO cambial, impostos altos e o tempo necessário para homologar o motor V-8 no mercado brasileiro fizeram a Ford adiar a importação em pequena escala do Mustang.
Essa coluna estima que só no final de 2017, depois de ser apresentado o primeiro retoque dentro do ciclo normal de meia-vida do produto, estará apto a chegar por aqui.
Será que os Jogos Olímpicos recém-encerrados se tornarão o fato que começaria a consolidar a virada no pensamento dos consumidores? Afinal, a organização teve falhas, mas o balanço final foi positivo, à exceção do número baixo de medalhas para os atletas brasileiros. Isso apesar do incentivo da torcida e de competir em casa.
Na verdadeira corrida de obstáculos em que se transformou a recuperação de confiança, um dos últimos envolve o fim do processo de impedimento da presidente da República com o desfecho esperado.
Mas há quem afirme que entre o comprador se sentir mais seguro para gastar e efetivamente entrar numa loja para comprar um carro novo, ainda vai uma boa distância.
O melhor termômetro para avaliação é a venda diária. O mês fechado depende de dias úteis e de outras sazonalidades.
No Rio de Janeiro, segundo maior mercado de veículos leves, os jogos desviaram a atenção de possíveis interessados, porém a média nacional se manteve pouco acima de 8.000 unidades por dia. Até o final do ano, se a média diária chegar a 9.000 unidades, no último trimestre, haverá boa sinalização para 2017.
Sem esquecer de que no próximo ano a base comparativa é baixíssima. Em 2015 e 2106 a queda acumulada terá se aproximado de 50%.
Este tombo veio acompanhado de uma menor procura por crédito, que acabou por inflar indiretamente os índices de inadimplência herdados de financiamentos malfeitos no passado. Em outros termos a inadimplência “velha” será substituída aos poucos, na medida em que os contratos antigos chegarem ao fim.
Uma dose de otimismo partiu de Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, durante o recente seminário Planejamento Automotivo 2017, organizado pela Automotive Business.
“Confiança não é torcida. Há fatores que justificam seu aumento no próximo ano. O consumidor, que mesmo com carteira assinada estava se comportando como um desempregado, começa a mudar”, afirmou.
Pesquisa do banco, citada por Barros, aponta queda generalizada nos estoques de vários setores da economia brasileira. A produção deve reagir.
A recuperação dependerá de a baixa política diminuir seu grau de interferência nefasta nas decisões econômicas. Propostas de um governo interino só andam quando se torna legitimado.
É o que se espera a partir de agora. Espaço para respirar novos ares e implantar reformas econômicas mais do que necessárias, porém sempre adiadas, formam um quadro de possíveis transformações na direção de crescimento sustentável.
Alternar tempos de euforia e de depressão já cansou, muito além da conta, todos os brasileiros.
Reduções temporárias de impostos criaram, agora se vê, mais problemas que soluções. No entanto, o setor automobilístico representa 5% do PIB brasileiro e responde por 10% de toda a arrecadação tributária do País nos três níveis de governo.
Ainda assim, passa por vilão. Entre as muitas coisas que precisam de reformulação está aí um bom exemplo.
Os executivos da indústria automobilística continuam a apostar na capacidade de reação do mercado, a partir de 2017. Tão mais rápida quanto os sinais de mudanças se transformarem em algo concreto.
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