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“Godzilla”, Nissan GT-R desenvolve 545 cavalos de potência

Modelo foi destaque na edição 2014 do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo – Ícone da indústria automobilística mundial, o Nissan GT-R foi uma das principais atrações do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo 2014. Chamado pela imprensa especializada de “Godzilla”, o Nissan GT-R é um símbolo de esportividade e exclusividade sobre rodas.

O superesportivo é fabricado exclusivamente na unidade da Nissan de Tochigi (Japão), com produção limitada a mil unidades por mês. Seu motor V6 3.8 biturbo, que desenvolve 545 cavalos de potência, é produzido artesanalmente na fábrica de Yokohama (Japão), em uma sala especial livre de poeira, em processo semelhante à construção de um propulsor de competição feito para a NISMO, a divisão de motorsports da Nissan.

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Cada unidade recebe uma placa personalizada com o nome do engenheiro responsável por sua produção, conhecido como “Takumi” (mestre artesão, em japonês).

A linha 2015 traz como novidades a recalibração da suspensão para um rodar mais macio; visual aperfeiçoado com a adoção da tecnologia de LED nos faróis e a reestilização do design das partes frontal e traseira. Além disso, o interior ganhou novos materiais para realçar o acabamento premium do modelo e ampliar o silêncio da cabine.

Entre os novos materiais estão o painel de instrumentos com acabamento imitando carbono e o sistema Bose® Active Noise Cancellation, que monitora sons do motor e internos para enviar frequência oposta àqueles considerados indesejados com o objetivo de anulá-los e, assim, criar uma experiência de condução ainda mais agradável.

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O Nissan GT-R conta ainda com o sistema Bilstein DampTronic®, que ajusta os amortecedores de acordo com as informações dinâmicas para proporcionar forças de amortecimento adequadas e alto nível de controle em variadas situações de condução. São três modos à disposição: Normal, Comfort e ‘R’. Os mesmos três estágios de ajustes estão disponíveis para o sistema de controle de estabilidade VDC e para a o manuseio da alavanca do câmbio.

A calibração de frenagem foi refinada para oferecer respostas ainda mais firmes, principalmente em condições de pavimento molhado. O sistema fornecido pela Brembo® tem seis pistões frontais e pinças de quatro pistões flutuantes na traseira, com montagem radial, ao estilo de veículos de competições para minimizar a flexibilidade dessas peças durante frenagens extremas.

O avançado motor biturbo VR38DETT V6, de 3.799 cm³, desenvolve 545 cavalos de potência e torque de 64 kgfm, ambos entre giros de 3.200 a 5.800 rpm. A força gerada é distribuída às rodas pela avançada transmissão sequencial de dupla embreagem de seis velocidades, cujas velocidades podem ser selecionadas por borboletas no volante.

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Criada especialmente para o Nissan GT-R, a plataforma Premium Midship – com carroceria monobloco – permite o uso de eixo transversal independente na traseira para a tração integral, sistema batizado pela Nissan de Advanced Total Traction Engineering System for All-Terrain (ATTESA). Com ele, a transmissão, a caixa de transferência e a final ficam todas na traseira do veículo, dispensando o uso dos tradicionais eixos de torção. Isso permite à suspensão operar de forma independente e tornar ainda mais eficiente a aderência dos pneus.

E o torque pode ser passado totalmente para traseira ou dividido 50% em cada eixo, dependendo dos dados da velocidade, aceleração lateral, deslizamento dos pneus, da superfície da estrada e da curva a ser feita.

Toda a linha do Nissan GT-R 2015 possui sistema de áudio Bose® com onze alto-falantes, dois woofers virados para frente na central traseira do apoio de braços central; streaming de áudio via Bluetooth®; seis airbags; cintos de segurança dianteiros com pré-tensionadores e limitadores de carga; bancos com aquecimento; sistema de navegação por GPS e display multifuncional com informações sobre boost do turbo, pressão do óleo do motor, temperatura do óleo da transmissão, distribuição da tração, posição da direção, dos pedais do acelerador e dos freios.

A história começou em 1960 – A primeira vez que o nome GT-R (Gran Turismo Racing) surgiu na linha Nissan foi para batizar a versão de alta performance do sedã Skyline, em fevereiro de 1969. Os engenheiros da Nissan decidiram colocar um motor de alta performance em um modelo da linha – um 2 litros de seis cilindros e 24 válvulas, que desenvolvia 160 cavalos de potência e entregava 18 kgfm de torque – e criaram o Skyline GT2000. Esse propulsor era muito parecido com o GR8 que equipava o R380, carro de competição produzido pela Prince, empresa adquirida pela Nissan nos anos 1960 e que produzia o Skyline.

Depois surgiu o Skyline GT-R, que ficou famoso por atingir 200 km/h de velocidade máxima, performance que colaborou para que se tornasse uma lenda, com mais de 50 vitórias em provas de automobilismo em dois anos e dez meses, feito marcante para a história das corridas no Japão. Por conta disso, dizia-se na época que o “único rival do Skyline era o Skyline”.

Após 16 anos de hiato, o nome GT-R ressurgiu em 1989 na oitava geração do Skyline (R32). Equipado com um motor de 2,6 litros de seis cilindros e 280 cavalos de potência, contava com tração integral controlada eletronicamente e conversor de torque, além de suspensão multibraços nas quatro rodas. Um dos feitos nessa fase foi não ter perdido uma única prova disputada em campeonatos japoneses.

Apesar de não carregar mais o nome Skyline, e ser um modelo totalmente novo, o Nissan GT-R traz forte herança de seu predecessor ao manter características como tração integral, motor biturbo e a assinatura de design: as lanternas redondas, mantidas a pedido do CEO da Nissan, Carlos Ghosn, o principal responsável pelo surgimento dessa geração.

O propulsor (VR38) ainda tem seis cilindros, só que agora é em V. Outra característica do superesportivo é o apelido ‘Godzilla’, dado pela imprensa por conta de sua força fora do comum e origem japonesa.

Como parte da estratégia de globalizar o modelo – até então somente comercializado no Japão –, a marca lançou o Nissan GT-R nos Estados Unidos (em 2008) e na Europa (em 2009). Na mesma época, o modelo obteve a volta mais rápida do circuito de Nürburgring, feita em 7 minutos e 38 segundos quase dois segundos abaixo do seu principal concorrente de origem alemã. Em 2013, o esportivo voltou ao mítico autódromo alemão, pulverizou todos os recordes e tornou-se o esportivo de produção em série a deter a volta mais rápida até hoje: 7,08 minutos.

Mecânica Online:

  • Motor: 3,8 litros, longitudinal, alumínio, seis cilindros em V, 24 válvulas, cabeçote duplo, 545 cavalos e 64 kgfm entre 3.200 e 5.800 rpm (VR38)
  • Transmissão: dupla embreagem de seis velocidades montada na traseira, com borboletas de magnésio para trocas manuais
  • Suspensão: Dianteira, independente, braço duplo de alumínio, estrutura de tubo-frame integral com montagem de seis pontos. Traseira, independente multibraços de alumínio, estrutura de tubo-frame integral com montagem de seis pontos
  • Freios: Brembo® com pinças monobloco de seis pistões, câmaras flutuantes de duas peças, ventilados (frente) e Brembo® com pinças monobloco de quatro pistões, câmaras flutuantes de duas peças, ventilados (traseira)
  • Rodas: aro 20, de dez raios
  • Pneus: Dunlop® SP Sport Maxx GT 600 DSST CTT pneus com nitrogênio run-flat ultra de alto desempenho, 255/40Z RF20 (frente) e 285/35Z RF20 (traseira).

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