A Ford promoveu um evento de design para mostrar todas as etapas envolvidas na criação e desenvolvimento de seus novos carros globais, desde o esboço até o produto final, incluindo técnicas avançadas de pesquisa usadas durante a concepção e execução dos projetos.
Chamada “Ford Design Feeling”, a iniciativa também trouxe experiências interativas inéditas, mostrando pela primeira vez no Brasil recursos como as vestimentas de simulação de gravidez, terceira idade, uso de drogas e embriaguez, usadas pelos seus especialistas para pesquisar todos os aspectos e condições de uso dos veículos.
Com uma extensa linha de produtos, que inclui desde modelos de entrada até carros de luxo e alta performance, como Ka, New Fiesta, Focus, Fusion, EcoSport, Edge, Ranger e Mustang até o superesportivo GT, a Ford tem em sua história vários veículos que se tornaram ícones do design automotivo.
Assim como os próprios carros, o processo de criação e desenvolvimento nessa área também passa por uma constante evolução, em busca das metas de qualidade, eficiência, segurança e sustentabilidade.
“No universo da criação, temos de levar em conta vários fatores que vão muito além da beleza das formas. Por isso, são feitas constantes pesquisas com diversos perfis de pessoas e diferentes formas de condução. O design de interior, por exemplo, deve considerar pessoas de diferentes tamanhos e condições físicas de modo a garantir a segurança, conforto e bem estar para todos e sempre tendo como foco o uso do produto no dia-a-dia do consumidor”, diz Matheus Demetrescu, gerente de Experiência do Usuário da Ford.
Etapas da criação – Até que a primeira unidade de um novo modelo deixe a linha de montagem, são necessários vários anos de pesquisa junto a consumidores de diferentes perfis.
Retratada no espaço por meio de cartazes, em tamanho real, de personagens fictícios, esta primeira fase do desenvolvimento tem como objetivo suprir a premissa de todo novo produto: criar carros para atender os desejos e necessidades de pessoas.
Nesse cenário, um time voltado para antecipar esses requisitos e identificar padrões de uso, chamado Marketing Estratégico, entra em cena e, logo na sequência, passa a bola para as equipes de design e de experiência do usuário, que darão vida ao novo veículo.
“O Centro de Design da Ford América do Sul, instalado em Camaçari, na Bahia, comanda diversos projetos globais, como o EcoSport e o Ka. Ele conta com profissionais que utilizam o estado da arte da tecnologia, incluindo avançadas ferramentas de design, aliado à criatividade, para o desenvolvimento de veículos”, diz Fabio Sandrin, gerente de Design.
No segundo ambiente do Ford Design Feeling, batizado de Inspirações, designers apresentaram as tendências de onde extraem ideias para as novas criações. “São peças de arte, arquitetura, tecnologia, comportamento vestuário e acessórios. É um mundo de informações que absorvemos e a partir das quais damos vazão à criatividade”, afirma Adília Afonso, supervisora de Design da Ford América do Sul.
A terceira estação, chamada Criação, revelou o processo de geração das ideias. Por meio de croquis, rabiscos e uma impressora 3D, que imprime pequenas peças desenhadas em computador, foi possível ver os primeiros esboços do que será o novo produto, incluindo a modelagem de um protótipo em argila, feita por um designer.
Para os participantes o espaço ofereceu também uma experiência interativa, de criação do acabamento do banco de um automóvel.
“É uma forma de mostrar a infinidade de opções que existem, tanto de materiais como de estilos e padrões, na escolha de tecidos, cores e recortes para a concepção desse item. É um grande exercício de criatividade”, explica Adília.
Na última etapa, Experiência do Usuário, a Ford apresentou, pela primeira vez no Brasil, os trajes desenvolvidos em seus centros de pesquisas na Europa e nos Estados Unidos que simulam os efeitos da gravidez, da terceira idade, da embriaguez e de drogas para expor as dificuldades e limitações de mobilidade destes motoristas.
Essas roupas foram criadas para permitir aos designers e engenheiros da Ford realizar testes e entender as necessidades das futuras mamães e pessoas idosas, gerando conhecimento para aumentar o conforto e a segurança dos veículos desde a concepção do seu projeto.
De forma similar, os trajes que simulam os efeitos do álcool e drogas no motorista trazem elementos para conscientizar quem está ao volante dos riscos que estes efeitos podem causar.
Como exemplo prático de aplicação desses conceitos e tecnologias, o evento expôs os novos modelos do Focus, Edge e Ranger.
Um boneco tecnológico utilizado pela SAE Brasil, chamado “Oscar”, ilustra os testes de ergonomia e acomodação realizados durante o desenvolvimento dos carros.