A dois anos de celebrar a sexta década da primeira unidade industrial fora do Japão, a Toyota do Brasil demonstra a confiança no País e o comprometimento com as comunidades e com o meio ambiente.
Mesmo em um contexto econômico desafiador, a Toyota manteve seu compromisso com o desenvolvimento do Brasil por meio de projetos e investimentos.
É o caso do centro de distribuição no porto de Suape, em Pernambuco, que desde sua inauguração, no fim de 2015, conseguiu evitar a emissão de 1600 toneladas de gases poluentes.
Os dados são destaque do Relatório de Sustentabilidade da Toyota do Brasil 2016, documento que apresenta os resultados, metas e melhorias da gestão socioambiental e econômica assumidos pela empresa em todos os níveis de gestão do seu negócio.
O volume de 24% de emissões a menos na atmosfera é equivalente a uma floresta de 142 mil árvores, ocupando mais de dois mil campos de futebol.
Essa redução só foi possível, pois o transporte de veículos importados passou a ser feito por meio marítimo entre a Argentina e o porto de Suape, que contribui também com a melhoria na distribuição dos veículos fabricados em Sorocaba e Indaiatuba e que são exportados para Argentina, Paraguai, Uruguai e Peru.
Em seu ano fiscal 2015-2016, a Toyota adotou um posicionamento embasado no Desafio Ambiental 2050, que define metas a fim de reduzir os impactos negativos causados pelos automóveis sobre a saúde do meio ambiente global para o mais próximo possível ao nível zero de emissão.
Com isso, a companhia busca contribuir para a criação de uma sociedade sustentável. Para cumprir estes desafios, a marca está trabalhando para que todo o ciclo dos produtos e processos industriais cheguem ao nível mínimo de emissão de gases de efeito estufa.
Além do resultado expressivo conquistado com o porto de Suape, a Toyota conquistou uma queda significativa nas emissões por veículo produzido, emitindo 65,4 kg de CO2 por carro, uma redução de 15,76 kg de CO2 em relação ao ano anterior.
Para além da redução do uso da energia, a Toyota tem apostado na aquisição de recursos de fonte renovável em todas as fábricas atualmente em operação.
Com relação ao consumo de água, a intensidade foi de 1,67 m³ para cada unidade fabricada. No período, diversas melhorias foram responsáveis por economizar 16% do consumo de água, o equivalente a 25 mil m³ de recurso hídrico.
Outro indicador prioritário da companhia é o descarte total de efluentes, que foi mais de 183 mil m³. A água usada nos processos fabris só é devolvida à rede pública, após tratamento físico-químico adequado nas estações de tratamento de efluentes (ETEs).
Reciclagem e logística reversa – Em consonância com as diretrizes da matriz no Japão, a Toyota tem trabalhado junto ao setor automotivo para adaptar suas operações ao desafio de estruturar uma cadeia de reciclagem efetiva para os veículos no Brasil.
O Corolla possui um projeto adaptado para a reciclagem, o que permite a desmontagem adequada e a destinação de peças e componentes ao fim do ciclo de vida.
Além do revestimento fabricado com resina, o painel central do sedã é construído com o Polímero Toyota Super Olefina (TSOP), 100% reciclável e elaborado pela Toyota.
Pneus, gás de ar- -condicionado, filtros de óleo e baterias também se destacam nas práticas de reciclagem. Em 2015, foram mais de 550 toneladas de baterias destinadas.
Quanto aos pneus, no ano, cerca de 105 mil unidades foram coletadas no Bras il e encaminhadas a ecopontos autorizados.
Pesquisa e desenvolvimento -A Toyota inaugurou, em meados de 2016, o primeiro centro de pesquisa aplicada da marca na América Latina e o quarto do mundo fora do Japão.
Situado dentro do complexo de São Bernardo do Campo, o novo espaço se soma a centros nos Estados Unidos, na Europa e na Tailândia para viabilizar estudos tecnológicos e fomentar a inovação adaptada às necessidades e demandas locais.
Além de inovações estéticas, o centro de pesquisa está preparado para atividades como testes de emissões, análises de matérias-primas e estudos sobre novos acessórios.
A ideia de fortalecer atividades de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) no País está em linha com as diretrizes do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) – regulamentado a fim de fortalecer a produção e a inovação no setor em solo nacional.
Mobilidade do futuro – Ciente dos desafios que a humanidade tem enfrentado para o desenvolvimento sustentável – entre eles, os impactos das mudanças climáticas, a necessidade de alternativas tecnológicas ao uso de combustíveis fósseis e os deslocamentos em grandes centros urbanos –, a matriz japonesa investe desde a década de 1990 em renovar seu portfólio, adaptando-o a uma nova visão de mobilidade capaz de influenciar positivamente consumidores e o setor automotivo.
Dentre as metas do Desafio Ambiental 2050, está: mitigar em até 90% as emissões de CO2 originadas por veículos novos até 2050. Na prática, com isso, 100% de seu portfólio até o meio do século será composto de carros híbridos, elétricos ou alimentados por célula de combustível.
Em 1997, a Toyota Motor Corporation lançou no mercado japonês o híbrido Prius – dotado de tecnologia que permite a combinação do uso de combustíveis tradicionais e de energia elétrica para a propulsão do veículo.
Esse modelo foi pioneiro em escala comercial na indústria e demonstrou que era possível trabalhar, de forma rentável, buscando a gradativa eliminação de fontes não renováveis e de maior impacto sobre a atmosfera.
Desde então, a expansão internacional foi priorizada pela Toyota. Até meados de 2015, a Toyota estava comercializando 35 diferentes modelos híbridos para passageiros, incluindo o Prius – que já está presente em 80 mercados e regiões.
A meta é alcançar vendas anuais de 1,5 milhão de carros nessa modalidade, chegando a 15 milhões de unidades emplacadas até 2020.
Em abril de 2016, a montadora anunciou a marca histórica de 9 milhões de veículos híbridos comercializado, que contribuíram para redução de cerca de 67 milhões de toneladas nas emissões de CO2 na atmosfera e 25 bilhões de litros de gasolina, se comparados ao mesmo número de veículos tradicionais.
A linha Prius continua liderando no segmento, com 5,7 milhões de automóveis vendidos – 63% do total – desde a introdução da tecnologia nos mercados de atuação da companhia.
No Brasil, desde 2013 a Toyota comercializa o Prius em sua rede autorizada – mais de 700 unidades já foram comercializadas desde então.
Na visão de futuro da companhia são sinalizados três caminhos para a mobilidade. O primeiro passo é o uso de veículos elétricos, tendo como foco deslocamentos de curta distância e automotores de pequeno porte.
Para transporte de passageiros em distâncias curtas, médias ou longas, a principal aposta é na tecnologia híbrida, que alterna combustíveis fósseis e energia elétrica de acordo com a necessidade de performance e velocidade.
É nesse quesito que figura o Prius e sua tecnologia Hybrid Synergy Drive (HSD) – que permite a recarga automática da bateria pelos freios regenerativos –, com combinação de motores elétricos e a combustão.
A opção futura, de maior impacto, viabiliza o uso de células de combustível hidrogênio para propulsão de veículos como o Mirai, sedã de quatro lugares lançado pela Toyota em 2014, que rompe totalmente com o uso de combustíveis fósseis, gerando energia com células de hidrogênio.
Já disponível para venda no mercado japonês, o Mirai possui autonomia de até 480 quilômetros, 153 cavalos de potência e alcança a velocidade de 100 km/h em menos de 10 segundos.
Equipado com um motor elétrico, uma bateria, dois tanques de hidrogênio de alta pressão com capacidade máxima de 70 Mpa, um conversor elevador de tensão, uma central de comando e a célula de combustível a hidrogênio, o Mirai gera energia por meio de uma reação química, captando oxigênio da atmosfera e produzindo carga elétrica, além de produzir água, expelida por válvula de escape.
O motor também é alimentado diretamente pela bateria, recarregada por energia cinética gerada pela desaceleração e frenagem do automóvel.
Em 2016, o Mirai foi eleito o Carro Verde Global do Ano no Salão do Automóvel de Nova York. Sua tecnologia foi a escolhida entre oito competidores de todo o mundo, considerando fator de emissão, eficiência em combustíveis e uso de tecnologias ecoeficientes.