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Equipes da USP e Federal de São João Del Rei vencem a SAE BRASIL AeroDesign

A equipe EESC-USP Alpha, da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, sagrou-se campeã pela Classe Regular na 18ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, encerrada no dia 6 de novembro, no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (SP).

O avião, projetado e construído pela equipe, obteve 483.2 pontos na classificação geral. Na Classe Advanced, a vencedora foi a equipe EESC-USP Charlie, da mesma instituição, ao obter 285.5 pontos.

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A equipe mineira Trem Ki Voa Micro, da Universidade Federal de São João Del Rei, foi a vencedora na Classe Micro, com 468 pontos.

A competição apontou como segunda colocada, pela Classe Regular, a equipe Urubus AeroDesign, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 421.6 pontos.

Na Classe Advanced, a segunda colocada foi a equipe AeroRio Advanced, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com 243.4 pontos. A equipe Antonov, da Universidade Paulista (UNIP), campus Brasília, foi a segunda colocada na Classe Micro, com 461.9 pontos.

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Com o resultado, as equipes classificadas em primeiro e segundo lugares na Classe Regular – EESC-USP Alpha e Urubus AeroDesign – e em primeiro lugar nas Classes Advanced e Micro – EESC-USP Charlie e Trem Ki Voa Micro – ganharam o direito de representar o Brasil na SAE Aero Design East.

Essa competição, que reúne equipes de diversos países, será realizada pela SAE International, de 21 a 23 de abril de 2017, no Estado da Flórida, EUA, onde as equipes brasileiras já conquistaram oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro primeiros lugares na Classe Advanced e um primeiro lugar na Classe Micro.

TROFÉU EMBRAER – Instituído com o intuito de premiar projetos reconhecidos como de exce-lência por suas várias características, como inovação, simplicidade, boas práticas e documentação, o Troféu Embraer Excelência em Projeto foi para a equipe EESC-USP Alpha.

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O troféu é de pos-se itinerante e deverá, após um ano e por ocasião da realização da 19ª edição da competição, ser devolvido e transferido à nova equipe premiada.

Desafio Altair – SAE BRASIL – Fruto de parceria entre a empresa Altair e a SAE BRASIL, o desafio se propõe a estimular a busca de soluções avançadas de simulação computacional e otimização estrutural.

Em 2016 foram premiadas as equipes Uai Sô Fly, da Universidade Federal de Minas Ge-rais (UFMG), e Leviatã, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

MENÇÕES HONROSAS – O Comitê Técnico da Competição ainda conferiu menções honrosas às equipes que se destacaram em 13 quesitos:

Melhor Projeto – Classe Regular – equipe EESC-USP Alpha; Classe Advanced – equipe EESC-USP Charlie; e Classe Micro – equipe Tucano Micro, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG).

Melhor Apresentação Oral – Classe Regular – equipe Uirá, da Universidade Federal de Itajubá; Classe Advanced – equipe EESC-USP Charlie; e Classe Micro – equipe Uai, Sô Fly!!!, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Maior Acuracidade Carga Paga (previsão de carga a ser transportada) – Classe Regular – equipe Aero Vitória, da Universidade Federal do Espírito Santo; Classe Advanced – equipe AeroRio Advanced; e Classe Micro – equipe Parahyasas Micro, da Universidade Federal de Campina Grande (PB).

Maior Acuracidade de Velocidade Máxima – Classe Advanced – equipe AeroRio Advanced.

Maior Peso Carregado – Classe Regular: equipe EESC-USP Alpha, com 13.6 kg.

Maior Quantidade de Movimento – Classe Advanced – equipe EESC-USP Charlie.

Maior Peso Alijado – Classe Micro – equipe EESC-USP Bravo, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, com 6.2 kg.

Maior Eficiência Estrutural (carga transportada dividida pelo peso vazio da aeronave) – Classe Regular – equipe EESC-USP Alpha.

Menor Tempo de Retirada de Carga – Classe Regular – equipe Acceptor Aerodesign, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2.7 segundos); Classe Advanced – equipe AeroRio Advanced. (2.8 segundos).

Menor Tempo de Desmontagem – Classe Micro – equipe Parahyasas Micro, da Universidade Federal de Campina Grande (21 segundos).

Melhor Sistema Embarcado – Classe Advanced – equipe AeroRio Advanced.

Melhor Equipe Internacional – Classe Regular – equipe U-Fly Aerodesign, da Universidad Aeronautica en Queretaro.

Menor Caixa de Transporte – equipe Tucano Micro, da Universidade Federal de Uberlândia (0.022m³).

Configuração Mais Desafiadora – equipe Ícaro, da Associação Educacional Nove de Julho.
INOVAÇÕES – A Classe Regular reuniu 53 equipes. Um dos destaques foi a construção de aeronaves com diedro negativo (asas inclinadas para baixo) para garantir o melhor aproveitamento da restrição dimensional dos aviões, com foco na projeção de uma área maior para as asas, para o aumento da força de sustentação e da capacidade de carga.

Pela primeira vez, os aviões precisaram ter dimensões compatíveis com o espaço definido por um cone, com diâmetro de 2,5 metros e altura de 75 centímetros.

Oito aviões disputaram pela Classe Advanced, que apresentou aumento de eletrônica embarcada. Além dos tempos de voo, os sistemas de bordo mediram as velocidades em cada bateria.

As aeronaves também foram projetadas com uma aerodinâmica mais refinada para o aumento de velocidade, que passou a ser associada à carga transportada para o cálculo da pontuação.

Outra inovação foi o uso de motores com hélices carenadas (ducted fan), que possuem maior número de pás. Essa foi uma das soluções encontradas para melhorar o escoamento do fluxo de ar e aumentar a força de tração dos aviões, porque a área total do disco delimitado pela hélice não podia ultrapassar 0,052 m².

Na Classe Micro, que contou com 22 aviões, a principal novidade foi a construção de sistemas de alijamento de carga nos pequenos aviões, que soltaram bolsas com areia durante os voos e garantiram pontuação adicional às equipes.

Nesta edição, as equipes também enfrentaram o desafio de desmontar o avião depois de cada voo e transportá-lo desmontado em caixa de volume de 0,1 m³.

Em todas as classes, além da sofisticação das ferramentas computacionais utilizadas no desenvolvimento das aeronaves, a manufatura de componentes realizada por meio de impressora 3D, a partir de desenhos em softwares de projeto computacional, a exemplo da indústria, foi outro destaque na maioria das aeronaves.

Estudantes utilizaram a tecnologia para melhoria da qualidade das peças, facilidade de montagem e redução de peso, entre outras vantagens.

“Os programas estudantis da SAE BRASIL constituem valiosas experiências extracurriculares que fazem diferença na formação do engenheiro, pois introduzem a aplicação prática e sistêmica da tecnologia, desafiam a criatividade e a inovação, além de estimularem o trabalho em equipe”, afirma Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL.

A 18ª Competição SAE BRASIL AeroDesign teve início no dia 3 e registrou a presença de 83 equipes, que representaram 66 instituições de ensino, de 16 Estados do País, além do Distrito Federal, Venezuela e México. Ao todo compareceram cerca de 900 participantes, de um total de 1.330 inscritos.

As atividades começaram com a Competição de Projeto, em que as equipes tiveram seus projetos avaliados por juízes, engenheiros da indústria aeronáutica, todos voluntários.

De sexta-feira a domingo foi a vez da Competição de Voo, que alcançou nove baterias sucessivas de voos, com aeronaves transportando cargas úteis sempre crescentes, até as condições limite de cada projeto.

O Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais, organizado pela Seção São José dos Campos da SAE BRASIL. O objetivo é propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes de graduação e pós-graduação em Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas e futuros profissionais do importante segmento da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes.

Reconhecida pelo Ministério da Educação, a competição conta com o patrocínio das empresas Grupo Airbus, Altair, Boeing, Embraer, GE, Honeywell, Parker, Rolls-Royce, Saab e United Technologies.

Também conta com o apoio das instituições ADC Embraer, DCTA, ITA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Prefeitura de São José dos Campos.

 

 

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