Para homenagear uma das profissões mais importantes da vida moderna, em 20 de dezembro é comemorado no Brasil o Dia do Mecânico.
O trabalho de um mecânico envolve geralmente duas etapas: a manutenção preventiva e o conserto de máquinas e equipamentos.
A categoria utiliza no cotidiano diversas ferramentas, das mais simples às mais sofisticadas. Por isso, a empresa fabricante de ferramentas e equipamentos para profissionais IRWIN preparou um guia com as melhores práticas para mecânicos.
Organização e planejamento – O primeiro cuidado que qualquer mecânico deverá ter é com a organização dos seus procedimentos, rotinas e ferramentas, de acordo com o tipo de manutenção que ele irá realizar.
Para o coordenador técnico de produtos da IRWIN, Dermival Poçan, o mecânico deve agir como se fosse um instrumentista cirúrgico.
“A organização proporciona segurança ao profissional e transmite confiança para o cliente. Um profissional desorganizado não tem tanta credibilidade”, diz.
Por isso, é importante evitar uma exposição desnecessária das ferramentas de trabalho.
“De modo geral, o mecânico deve organizar suas ferramentas em uma mala, em uma caixa, ou até mesmo em um bom painel, de forma que elas sejam facilmente localizadas e tenham suas integridades preservadas”.
A dica na hora de escolher uma mala ou caixa de ferramentas é buscar as mais resistentes e com maior espaço de armazenamento.
“Evite levar até o local do trabalho ferramentas desnecessárias para a atividade que você for realizar. Vai ficar mais difícil localizar as ferramentas certas e isso demonstra desorganização”, orienta Poçan.
As ferramentas mais comuns no dia a dia dos mecânicos – Em suas atividades cotidianas, os mecânicos utilizam uma série de alicates, chaves, soquetes e martelos, cada um com uma função específica. Para facilitar a consulta, vamos dividi-las por categoria.
Alicates – O mais básico é o alicate universal, uma ferramenta articulada que tem a função de segurar com firmeza, dobrar e cortar arames temperados.
A dica principal é não utilizar o equipamento para outras funções. Pode parecer óbvio, mas, para evitar ter que parar e pegar outras ferramentas, muitos profissionais usam alicates como martelos.
Isso pode danificar o equipamento e reduzir consideravelmente a sua vida útil.
Além do alicate universal, mecânicos utilizam muito o alicate de pressão. Essa é uma ferramenta desenvolvida para segurar e prender peças em atividades que exigem alta pressão.
Novamente, a recomendação é que o equipamento só seja utilizado para realizar a atividade para a qual foi desenvolvido.
“Os alicates não foram desenvolvidos para fazer a função de chaves, ou seja, eles não devem ser utilizados para afrouxar ou apertar parafusos ou porcas, mas sim para segurar peças de forma firme”, explica Poçan.
Na mecânica também é muito comum que peças dentro dos motores estejam presas por anéis. Na manutenção, frequentemente é necessário separar duas peças. Para isso, utiliza-se o alicate para anéis.
Eles estão disponíveis em diversos formatos, alguns são para anéis internos, outros para anéis externos, a inclinação da mandíbula pode variar de 45º a 90º. A recomendação é usar a ferramenta adequada para cada tipo de anel.
Alguns alicates se diferenciam pela versatilidade. São os alicates ajustáveis. Eles podem ser regulados para trabalhar com perfis diferentes, sejam planos, redondos, hexagonais ou quadrados.
Os modelos de alguns fabricantes têm dispositivos de ajuste rápido para reduzir o tempo total da atividade.
Por fim, os alicates bico longo (também conhecidos como meia cana) e os alicates bico curvo permitem executar trabalhos com pouco esforço e muita segurança, em locais de difícil acesso, como é muito comum no dia a dia dos mecânicos.
Chaves – Mecânicos utilizam diversos tipos de chaves. Para apertar ou afrouxar parafusos, elas podem possuir geometrias de fenda, phillips, tork ou canhão.
“Devido ao grande número de parafusos presentes nos motores, o mecânico deverá ter algumas medidas de cada um desses encaixes. Ele nunca deve improvisar uma chave para outra atividade e não deve utilizar uma chave muito pequena em parafusos muito grandes ou vice-versa”, recomenda Poçan.
Além disso, o coordenador técnico da IRWIN sugere que o profissional sempre opte por chaves produzidas em aço cromo vanadiun, muito mais resistente.
Os cabos devem ser ergonômicos e confortáveis e o tamanho também faz diferença. Cabos mais longos proporcionam maior efeito de alavanca para soltar parafusos emperrados.
As chaves hexagonais também são muito utilizadas por mecânicos. As mais comuns são as que têm formato em L. O lado menor é indicado para o início do desaperto e o final.
Além da composição de aço cromo, Poçan diz que é melhor escolher chaves que tenham a medida marcada em baixo relevo no corpo.
As chaves combinadas planas são indispensáveis na vida dos mecânicos. Elas possuem geometrias diferentes. De um lado é uma chave fixa (ou chave de boca), do outro lado uma geometria fechada. Cada lado tem uma aplicação.
“A parte fixa acelera o trabalho, por permitir introduzir e retirar a chave do perfil com mais facilidade. O lado da chave fechada é indicado para soltar parafusos e porcas emperradas e também para o aperto final”.
Para locais de difícil acesso, recomenda-se a utilização das chaves combinadas com pescoço. Elas possuem inclinações no final do cabo que permitem trabalhar com segurança e velocidade em superfícies irregulares.
Específica para o dia a dia dos mecânicos, a chave biela é utilizada para afrouxar e apertar uma peça localizada dentro dos motores. “A biela é considerada o coração do motor”, diz Poçan.
Essas chaves também podem ser utilizadas em outras partes do carro. Elas podem ser encontradas em modelos com passante, caso o parafuso seja maior do que a curvatura da chave.
Por fim, as chaves catraca permitem acoplar vários acessórios diferentes, como soquetes curtos, longos, prolongadores, juntas universais, entre outros. Elas não têm aplicação própria, cada acessório acoplado tem uma função.
Soquetes – Os soquetes podem ser adicionados às chaves catracas, com cabo L, cabo T e cabo articulado. Os mais indicados são aqueles estriados, pois proporcionam maior aperto, já que possuem mais pontos de fixação.
Na manutenção de suspensão, freios e rodas de carros, ônibus e caminhões, devem ser utilizados soquetes de impacto, que são projetados para suportar altos torques e rotações. Eles costumam vir na cor preta, para diferenciar dos soquetes tradicionais.
Extrator de parafusos e porcas – Os mecânicos também podem se valer de uma importante ferramenta para extrair parafusos e porcas quando eles estão desgastados, emperrados ou quebrados.
Os extratores de parafusos e porcas devem ser utilizados com o auxílio de uma chave ajustável ou fixa. “O profissional deve verificar o diâmetro da porca ou parafuso e buscar no kit de extrator o mais adequado”, diz Poçan.
Caso o parafuso esteja quebrado, é necessário utilizar também uma broca para furar metais.
“O profissional deve selecionar uma broca com 50% do diâmetro do parafuso quebrado e utilizá-la para fazer um furo no centro desse parafuso. Na sequência, ele vai introduzir o extrator no orifício e com apoio de um desandador girar no sentido anti-horário, retirando, sem risco de causar danos à peça, o parafuso quebrado”.
Martelos – São ferramentas de impacto que têm a função de ajustar peças.
O martelo bola é muito utilizado, por exemplo, em suspensões. Eles vêm em diversos tamanhos. Geralmente os mais indicados são os de 300g.
Já o martelo de borda é produzido com as extremidades de plástico. Eles são indicados para montagem de motores, já que o plástico reduz a possibilidade de danificar as peças.
Torquímetros – Os torquímetros são ferramentas indicadas para calibrar os apertos de parafusos e porcas. Eles garantem um ajuste perfeito, dentro da tolerância recomendada pelos fabricantes.
“Basta selecionar o ajuste recomendado que o equipamento emite um sinal sonoro indicando que a calibração foi atingida”, explica Poçan.
“A IRWIN produz e distribui uma série de ferramentas inovadoras que contribuem para que mecânicos profissionais consigam os melhores resultados nas atividades do dia a dia”, finaliza Poçan.