Com a chegada de um novo ano, começam os projetos para a compra de bens de consumo, entre eles carros e motos. Apesar de o reajuste de parcelas e juros intimidar ou desanimar muitos brasileiros nessa época, cada vez mais eles passam a contar com o consórcio para a realização de seus sonhos.
Um levantamento da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) aponta que a quantidade de veículos seminovos adquiridos por meio da modalidade aumentou nos últimos 5 anos.
Em 2011, a média mensal de vendas de veículos usados por meio de crédito de consórcio passou de 10,4 mil unidades em 2011 para 22,3 mil em 2016 (até setembro), o que representa uma evolução de 114,4%. No último ano mais de 22,3 mil veículos seminovos foram negociados mensalmente por meio de consórcio.
O consórcio Embracon acompanhou esses números e também obteve aumento na venda de cotas para automóveis seminovos.
”Notamos um aumento na utilização da carta de crédito para compra de veículos usados, foram 80% em 2016 e 76% em 2015. Para os carros novos houve uma diminuição de 4%, também comparado com 2015. Em 2017, esperamos que o mercado aqueça e que a econômia melhore”, declara Rogério Pereira Diretor de Vendas do Embracon.
O Brasil conta com mais de 3,25 milhões de consorciados na área de veículos leves, que movimentaram R$ 24,73 bilhões em negócios no último ano.
O Sistema de Consórcios como um todo conta atualmente com cerca de 7 milhões de participantes ativos.
Um deles foi Rafael Siqueira, operador logístico que reside em Limeira, no interior de São Paulo, e optou pelo consórcio do Embracon para fazer a troca de seu automóvel antigo por um seminovo.
O consórcio contempla os participantes que estão em dia com os pagamentos mensais.
Entre as principais facilidades estão o parcelamento integral do bem, possibilidade de concorrer aos sorteios mensais, ofertar lance nos casos de antecipação do crédito e, ainda, flexibilidade para escolher a moto ou automóvel desejado.
“Já financiei um carro na concessionária e não considerei vantajoso. Calculei a cotação e ao final do processo, o valor do bem seria praticamente o dobro do negociado por conta dos juros. Muitas pessoas só pensam no valor da parcela, mas é preciso estudar, planejar e fazer o cálculo completo”, conta Siqueira.
A contemplação pode demorar, mas o consórcio é mais viável pois não tem taxa de juros, apenas administrativas.
‘“Com o carro que tinha, mais o dinheiro guardado, atingi um lance de 54%, 28% a mais do que os outros participantes estavam ofertando, o que facilitou a minha contemplação. Esperava conseguir o carro em cinco meses, mas no final do mês já havia sido contemplado”, diz o cliente. Quanto às parcelas, estão entre as mais acessíveis do mercado.
“Hoje o gasto que eu tenho com a gasolina do veículo por mês é maior do que a parcela”, explica o cliente.
O consórcio também oferece mais segurança no caso de um imprevisto como o desemprego, quando o consorciado opta pelo seguro junto à cota.
“Caso você tenha que interromper o parcelamento, não perde o bem e o seu capital fica guardado para uma outra oportunidade. Além disso, seu nome não fica sujo”, conclui o operador.