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ARTIGO – Agora é a vez da mobilidade elétrica

Os últimos anúncios internacionais, de países como Noruega, Alemanha e França, assim como as expectativas pelo posicionamento da China exigem dos brasileiros pelo menos uma reflexão.

De pequenos países a grandes potências, que são sedes de desenvolvimento das maiores marcas de automóveis do mundo, parece certa a data para o fim da comercialização e – o mais importante e difícil de acreditar – da circulação de automóveis a combustão nestes países.

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Discute-se no Brasil a política industrial do setor automotivo para os próximos 12 anos, ficando restrita ao GT3 a vertical do que se fará ou não em relação aos veículos elétricos e híbridos no País.

No Brasil, tais veículos ainda possuem números modestos, embora tenham recentemente alcançado aumento de oferta e consumo com a isenção dos impostos de importação (de 35% para 0% no caso dos elétricos puros) e a redução dos mesmos tributos para 4% ou 7% no caso dos híbridos, a depender da eficiência energética.

Ainda assim, os veículos elétricos e híbridos no País são dependentes do câmbio e não somam 6 mil unidades computadas até setembro deste ano.

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Em sua maioria, são híbridos não plug-ins, veículos que não usam e não dependem da infraestrutura de recarga para circularem.

Para os elétricos puros e híbridos plug-ins, que demandam eletropostos, não há regulamentação para a comercialização de energia, restrita aos concessionários da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

No caso de uma iniciativa privada, a energia elétrica poderia ser gratuita, o que seria suportável pelo baixo custo, somado ao reduzido consumo.

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No entanto, novas regras serão exigidas para os modelos de negócios emergentes com as tendências de aumento no número de veículos e, consequentemente, no consumo de KW.

Enquanto isso, os superesportivos e os carros de luxo seguem a tendência de se tornarem híbridos sem consulta ao consumidor.

O apelo tecnológico, o perfil sustentável das baixas emissões e, sobretudo, a resposta esportiva da tração elétrica tanto na aceleração (grande torque) quanto na frenagem (regeneração), alinhados às políticas públicas e industriais dos países de origem, estimulam no Brasil o consumo e o contato com a nova geração de produtos.

Algumas soluções poderiam levar em consideração o híbrido etanol, não como solução definitiva, mas de transição para os híbridos. Da mesma forma, a pesquisa do etanol como fonte de hidrogênio para os veículos FCV, servindo de justificativa para a adaptação dos produtos com matrizes no País, com algum P&D diferencial e apoio de fomentos e outros players importantes do agronegócio.

Quem tiver interesse de discutir este assunto está convidado para ir ao 6º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos, que reunirá lideranças de montadoras, sistemistas, centros de pesquisa, distribuidores de energia, provedores de eletropostos e órgãos do poder público no Clube Transatlântico, em São Paulo, dia 18 de outubro.

*Ricardo Takahira é consultor proprietário da RTC2 Research & Technology Consulting, chairperson do 6º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos e vice coordenador da Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE BRASIL

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