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A lenda da Lamborghini vem para o Brasil

Vem aí a quinta edição da Dream Route, o primeiro rally de luxo da América Latina e um dos maiores eventos do gênero no mundo.

Os carros largam de Florianópolis dia 23 de novembro rumo à Porto Alegre passando pela magnífica Rota do Sol e finalizando com um dia de piloto Stock Car no maior complexo automobilístico da América Latina.

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O padrinho desta edição é a lenda das pistas o italiano Valentino Balboni.

“É um orgulho participar deste tipo de evento, ainda mais no Brasil, um país que adoro. Esta é a melhor maneira de curtir um superesportivo, com amigos, boas estradas e belas paisagens”, diz Balboni. (confira abaixo entrevista exclusiva com Valentino Balboni).

A icônica Ferrari F50, Rolls Royce Phantom, Lamborghini Gallardo Valentino Balboni (série especial que a marca fez em homenagem ao piloto), Ferrari 458 Itália, Mercedes-Benz AMG GT, Porsche 911 Turbo e Audi R8 são alguns dos carros já confirmados no evento em novembro.

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Os participantes vêm de diversos estados do Brasil e também do exterior, Estados Unidos, itália, Argentina, Uruguai e Chile. As inscrições estão abertas.

“Conhecemos o Valentino no lançamento da nossa edição internacional nos Estados Unidos, estivemos com ele em grandes eventos como o Concours dElegance em Peeble Beach na Califórnia e ficamos amigos. O Balboni ficou bem impressionado com o trabalho desenvolvido pela Dream Route e não pensou duas vezes em aceitar o convite para participar da nossa edição no Brasil”, explica Vinicius Trapani CEO da Dream Route sobre como foi possível trazer esse ícone do automobilismo mundial para o país.

Track Day – A quinta edição da Dream Route traz de volta o Track Day, que será realizado no Autódromo Velopark, em Porto Alegre, o mesmo utilizado pela Stock Car.

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“Depois de rodar pelas estradas curtindo a tecnologia e conforto, o autódromo é a melhor oportunidade dos participantes pisarem fundo, com segurança, ainda mais este ano, com as dicas do Valentino Balboni”, diz Alessandro Magno, Diretor de negócios da Dream Route.

Conceito – Nova modalidade em turismo automobilístico de luxo no País, a Dream Route funciona em um sistema all-included, onde o participante usufrui de hotéis 5 estrelas, festas exclusivas nas melhores casas de cada cidade, alta gastronomia com restaurantes e cardápios exclusivos, abastecimento gasolina premium incluso, segurança privada, mecânica de luxo e guincho acompanhando o comboio dentre outras comodidades e serviços.

Para esta quinta edição, já estão confirmados o Majestic Palace Hotel na beira mar de Florianópolis com direito a festa na cobertura (The Roof), uma dia em Jurerê Internacional e festa de encerramento com DJ Vintage Culture, eleito diversas vezes o melhor do Brasil.

A Dream Route conta com o patrocínio de gigantes como Ipiranga que está lançando seu combustível de alta performance Octapro assim como a Pirell líder mundial na fabricação de pneus e uma das principais patrocinadoras da Fórmula-1.

Valentino Balboni – nasceu em Casumaro, no Itália, em 13 de maio de 1949. Aos 18 anos entrou na Lamborghini como aprendiz de mecânico.

Pouco tempo depois foi convidado para ser piloto de testes da marca.

Ele testou todos os modelos produzidos até hoje. Em julho de 2009 a Lamborghini lançou uma série limitada do seu modelo Gallardo denominada Lamborghini Gallardo LP 550-2 Valentino Balboni, em homenagem ao seu contribuidor de longa data.

Um de seus principais diferenciais mecânios é que os 550 cvs de potencia são direcionados apenas para as rodas traseiras, permitindo uma direção mais esportiva.

Atualmente ele ministra cursos de direção para clientes e atua como embaixador mundial da Lamborghini.

Entrevista exclusiva com Valentino Balboni – Dream Route – Como embaixador da Lamborghini, como é para você participar de um evento com superesportivos aqui no Brasil?

Valentino Balboni – Sempre me senti muito orgulhoso e abençoado por ser considerado embaixador marca.

Não há dúvida de minha longa devoção à Automobili Lamborghini e sempre vou continuar fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para manter a herança e a história vivas e puras.

Participar do Dream Route pela primeira vez no Brasil é outra motivação para conhecer os novos entusiastas da marca e compartilhar a paixão pelo esporte e pelos carros exclusivos.

DR – Acha que este tipo de evento, como a Dream Route, é uma oportunidade para os proprietários de superesportivos realmente desfrutarem da máquina?

VB – É definitivamente muito importante reunir, compartilhar emoções e a paixão em comum pelos carros esportivos.

Permanecer juntos nesse tipo de evento consolida as novas amizades e amplia a comunidade.

Eu sempre vejo aspectos positivos deste tipo de “reuniões de amigos”. É encorajador!

DR – Em 21 de abril de 1967, o Sr. Entrou na Lamborghini como aprendiz de mecânico. Como aconteceu a transição para virar piloto de testes? O convite foi feito pelo próprio Ferrucio?

VB – Comecei em 21 de abril de 1968 como aprendiz de mecânico, auxiliando na parte mecânica e aprendendo com eles como reparar e manter os carros.

Comecei a dirigir o Lamborghini em torno dos dois edifícios que existiam naquela época ( na fábrica de Sant’Agata Bolognese) e a paixão cresceu instantaneamente.

Então na época a marca abriu um treinamento para jovens pilotos de teste e um amigo meu e eu fomos escolhidos pelo motorista sênior Bob Wallace para sermos treinados.

Cavaliere Ferruccio Lamborghini aprovou e iniciamos nossa nova experiência com entusiasmo e devoção.

Cavaliere (título importante na Itália) Ferruccio Lamborghini queria que os novos proprietários sentassem no lado do passageiro para fazer um test-drive conosco e aprender lições de condução para se familiarizarem com o poder esportivo do Miura e do Countach.

DR – Qual é exatamente a função de um piloto de testes e de que maneira ele contribui para o desenvolvimento de um novo carro?

VB – O piloto de testes é um importante “link” entre os engenheiros de desenvolvimento, ele tem que transferir para a equipe as reações efetivas do carro em geral e discutir ou propor como alcançar os desempenhos esperados e desejados do fabricante. Quanto maior a sensibilidade e o conhecimento do piloto de testes melhor e mais fácil será alcançar os desempenhos esperados, a segurança e a confiabilidade de dirigibilidade.

DR – Na prática, como é feito esse trabalho? Qual a velocidade máxima que já atingiu pilotando um Lamborghini?

VB – Andamos nos carros e fazemos diversas propostas de ajustes e diferentes calibrações quando necessário, alinhando com as expectativas dos engenheiros. Normalmente, no meu tempo, para desenvolver um protótipo pronto para ser produzido, eram três ou quatro anos de trabalho de condução específico intenso e melhorias relacionadas. Desenvolvendo o Countach e, mais tarde, o Diablo , atingia 335 km/h nos testes de alta velocidade.

DR – Hoje, com tanta tecnologia embarcada nos carros, a maneira de pilotar um superesportivo mudou muito em relação ao passado?

VB – Sim! Definitivamente tecnologias e a eletrônica modernas mudaram o estilo de condução, melhorando a confiabilidade e desempenhos de segurança, economizando o consumo de gasolina e diminuindo a poluição. Estou convencido de que o prazer de condução e as emoções estão sempre lá, mesmo que sejam bem diferentes. Conduzir um carro superesportivo antigamente era muito mais exigente, mas ao mesmo tempo também recompensador. Todo controle do carro era sobre a sensibilidade e habilidade do motorista.

DR – Em todos estes anos, qual (ou quais) os modelos da Lamborghini mais chamaram a sua atenção na pista? Por que? E os circuitos? Quais os mais desafiadores?

VB – Definitivamente, a primeira versão do Countach LP400 exigia muita atenção. Mesmo que fosse equipado com os freios mais sofisticados e os pneus modernos, dava muito trabalho atrás do volante para mantê-lo seguro em altas velocidades. Situação semelhante foi com os protótipos Diablo no início, que tinha a suspensão dianteira e molas muito rígidas. Cada pista de corrida é desafiadora, cada pista de corrida tem uma situação particular, onde é necessário encontrar o melhor peack (trajetória) para obter os melhores resultados.

DR – Em junho de 2009 a Lamborghini lançou uma série limitada do Gallardo LP 550-2 Valentino Balboni. Como foi pra vc receber essa homenagem? Vc participou ou deu algumas dicas no projeto deste carro? O que achou do resultado?

VB – Foi uma grande surpresa para mim quando fui informado sobre o projeto. Na verdade, primeiro foi me dito para ajustar e sintonizar um carro que era um Gallardo com tração traseira. Demorou quase um ano de trabalho em configurações de suspensão e calibrações do motor, incluindo atualização relevante no chassi e, quando o projeto foi concluído, a Lamborghini disse que se tornaria uma Edição Valentino Balboni Gallardo, 2WD, para lembrar as raízes originais, o início da história da Lamborghini, transferida para um carro moderno como o Gallardo. O resultado e o impacto comercial foram maiores do que o esperado; Após as 250 unidades LP550 / 2 VB fabricadas, tornou-se uma verão muito bem sucedida. O manual de seis velocidades foi um sucesso.

DR – Como você vê o futuro dos superesportivos no mundo? Motores híbridos, totalmente elétricos ou outras tecnologias?

VB – Tenho muito respeito e consideração pela pesquisa e a evolução. Sempre existirá uma categoria de automóveis superesportivos no futuro. Vamos aprender instintivamente a usar novas tecnologias e apreciá-las aplicadas em um carro superesportivo. Um verdadeiro entusiasta de carro e apaixonado se adaptará à realidade e às necessidades. Conduzir um moderno completamente tecnológico Huracan ou Aventador me produz as mesmas sensações inesquecíveis maravilhosas que tive quando dirigi o Lamborghini 350GT, 400GT, Miura, Countach, Diablo e todos os outros modelos, mas de uma maneira diferente.

DR – Para finalizar, qual foi o maior piloto de corrida na sua opinião?

VB – Não estou dizendo Ayrton Senna porque vou para o Dream Route no Brasil, confie em mim, por favor. Ayrton Senna foi e sempre será o meu ídolo, sempre admirei seu aspecto humano e suas habilidades de motorista. Sempre quis visitar o túmulo dele e fiz isso na minha primeira vez em São Paulo. Eu o farei novamente quando possível. Mesmo ultimamente, vi um vídeo na TV sobre ele e, como sempre, não consegui parar de chorar.

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