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Alta Roda | Prevaleça o bom senso

O programa Inovar-Auto vigorou entre 2012 e 2017.

Teve um viés protecionista e outro indutor de melhorias técnicas para diminuir consumo de combustíveis.

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Mesmo tendo dificultado as importações de veículos, há considerações a fazer.

Quando se planejou aquele regime, o mercado brasileiro havia passado a quarto maior do mundo e, assim, altamente atraente.

O real tão valorizado em relação do dólar quase anulava a “proteção” de 35% do imposto de importação, alíquota máxima acordada na OMC (Organização Mundial do Comércio).

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Apesar de protestos justos dos importadores sem fábricas aqui, curiosamente apenas quase quatro anos depois houve iniciativas de alguns países de questionar o Inovar-Auto na OMC.

Na prática, de pouco adiantou, pois o programa já chegava ao fim. Em outras palavras, a demora em reagir representou apenas vista grossa consentida.

Enquanto a burocracia interna também atrapalhava, sobraram como pontos positivos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de um muito bem sucedido esforço induzido para reduzir o consumo de combustíveis de todos os veículos comercializados no País.

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Introduziu-se o conceito bem interessante de aumento de eficiência energética, medido em mjoules/km por modelo, que compatibilizou diferenças entre gasolina e etanol.

Os resultados foram muito bons. Na média entre 40 marcas comercializadas no País, o ganho no consumo médio ponderado foi de 15,4%.

Segundo cálculos do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, os compradores de veículos leves passaram a economizar R$ 7 bilhões por ano em combustíveis e evitaram emitir 1 milhão de toneladas por ano de gás carbônico (CO2).

Houve também estímulo fiscal: redução de 1 ponto percentual do IPI (até 2022) para os fabricantes que chegassem a até 18,8% de economia.

Sete alcançaram a meta-desafio: Audi, Honda, PSA, Mercedes-Benz, Renault, Toyota e VW. Duas, Chevrolet e Ford, superaram os 18,8% e ganharam 2 pontos percentuais de IPI.

A General Motors informou à Coluna que, na média, os carros de todas as marcas produzidos no Brasil evoluíram, em cinco anos, mais do que nos últimos 20 anos quanto à economia de combustível.

No caso específico do Onix, modelo mais vendido no País, a evolução em cinco anos foi de quase o dobro em relação ao seu antecessor, o Corsa, produzido de 1994 a 2016 (23 anos).

Esse cenário deveria servir de base ao Rota 2030, novo programa esperado para o final de fevereiro.

A indústria automobilística representa em torno de 4% do PIB brasileiro e recolhe 10% de todos os impostos.

Só este dado representa uma distorção marcante.

O que se discute, ainda, é um incentivo de R$ 1,5 bilhão por ano dentro de um universo de renúncia fiscal na economia brasileira que alcançou R$ 277 bilhões em 2015.

O Governo Federal já diminuiu, de forma acertada, aquele montante.

Precisaria prevalecer, agora, o bom senso. Nova rodada de melhoria de eficiência energética será exigida dos fabricantes por mais 10 anos, em dois períodos quinquenais.

É preciso continuar a investir em pesquisa e desenvolvimento.

Sem nenhum incentivo, esse esforço sai do Brasil para o exterior. Simples assim.

RODA VIVA – FORD mostrou seu novo aventureiro Ka Freestyle com cinco meses de antecedência de sua chegada ao mercado.

É um hatch de visual mais arrojado que a atual versão Trail e altura de rodagem um pouco maior.

A fábrica não informou o trem de força, porém a coluna adianta: motor 1,5 L tricilindro (nacionalizado já a partir de março) e câmbio automático de seis marchas.

ANO de 2018 começou com crescimento acima do esperado. Sobre janeiro de 2017 cresceram as vendas (23,1%), produção (24,6%) e exportações (23,6%).

Os estoques, por razões sazonais, ficaram no mês passado em 38 dias, pouco acima do ideal (30 dias) e do considerado normal (35 dias).

Algumas previsões de vendas em 2018 subiram para mais 15%.

MOTOR V-6 turbo (dupla voluta) de 354 cv e nada menos que 51 kgfm de torque garante ao SUV Audi SQ5 acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,4 s.

Preço também é desafiador – R$ 397.400 – mas inclui sistema de som 3D, projeção de informações no para-brisa, tração 4×4 permanente, rodas de 20 pol., recursos de condução semiautônoma e até porta-copos climatizado.

PRIMEIRA impressão é a que fica. Toyota não aceitou o adágio popular e melhorou níveis de acabamento e equipamentos do Etios.

Tanto hatch quanto sedã começam a superar a fase inicial ruim.

Parte mecânica nunca sofreu críticas. Ainda assim, os dois modelos receberam opção de caixa automática de quatro marchas, a preço competitivo e uso convincente no dia a dia.

HONDA tratou de repaginar o City, na versão 2018, para enfrentar tempos de concorrência com Virtus e Cronos.

Para-choques dianteiro e traseiro, grade, lanternas e faróis de LED, airbags laterais de série e nova central multimídia para Android Auto e Apple CarPlay são as principais mudanças.

Preços vão de R$ 60.900,00 (câmbio manual) a R$ 83.400,00 (câmbio CVT).

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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