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Compartilhamento de veículos avança e é uma das principais apostas para melhoria da mobilidade urbana

Soluções para a mobilidade urbana têm sido cada vez mais discutidas por diversos setores, que buscam maneiras de facilitar o deslocamento pelas grandes cidades.

Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o brasileiro gasta, em média, 40 dias no trânsito para se deslocar em atividades como trabalho, consultas médicas, estudos e lazer.

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O número demonstra que é necessário se pensar em alternativas que melhorem a qualidade do deslocamento, impactando, assim, em uma melhor qualidade de vida.

Uma dessas opções, que cresceu consideravelmente nos últimos anos é a de locação e compartilhamento de veículos.

Em todo o mundo, mais de sete milhões de pessoas usam algum tipo de compartilhamento, segundo dados da consultoria Frost & Sullivan.

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Até 2025, espera-se que esse número suba para 25 milhões.

No Brasil, esse tipo de serviço já existe desde 2010, e as opções vem crescendo para atrair mais usuários e aproximar o país ao patamar de nações como as da Europa, China e América do Norte.

De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), muitas pessoas estão descobrindo as vantagens de se deixar de possuir um carro para apenas pagar pelo seu uso.

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“A opção que mais tem chamado atenção é a locação de longa duração, com seguro e despesas de manutenção absorvidos pela mensalidade. Essa nova opção de aluguel representa economia financeira se comparada à compra de um veículo próprio, inclusive porque os custos de depreciação (média de 40% em dois anos de uso), taxas e impostos embutidos na compra ficam por conta da locadora”, explica Paulo Miguel Junior, presidente do Conselho Nacional da ABLA.

O executivo também explica que existem opções de contrato para aluguéis de maior duração, que variam de 12 a 24 meses.

Na prática, no valor mensal também estão inclusos a documentação do veículo, seguro e manutenção preventiva.

O usuário precisa apenas dirigir e abastecer o carro.

“Ao final do período, é possível renovar o serviço e escolher outro modelo zero quilômetro”, completa Miguel Junior.

Para oferecer esses novos serviços, grande parte das locadoras de veículos tem customizado o uso de tecnologias e vem adotando critérios para a logística das frotas, aplicado a experiência em compartilhamento para a busca de mais e de novos nichos de clientes.

Empresas de pequeno e médio porte têm visto na regionalização um caminho para manter seus rendimentos, trabalhando em um espaço geográfico mais cativo de clientes.

Além disso, muitos ‘players’ do mercado vêm absorvendo locadoras e as transformando em negócios mais segmentados e que, cada vez mais, irão se distanciar do modelo antigo do “balcão de locadora”.

Entraves que seguram o freio da categoria – Apesar do aumento de demanda e esforço para avançar esse mercado, vários fatores estruturais, direta ou indiretamente, interferem no desenvolvimento da locação de veículos no Brasil.

A gestão exige capital intensivo e, nesse sentido, é preciso lembrar que a taxa de juros por aqui continua alta quando comparada a da maioria dos países desenvolvidos.

Nesse cenário, acentuam-se as dificuldades para obtenção de crédito, o que implica, para os empresários do setor, em ter um planejamento adequado às necessidades de capital.

Outra dificuldade é a burocracia, principalmente no que tange às questões tributárias.

A carga que incide sobre as locadoras é grande, composta por impostos municipais, estaduais e federais, tais como PIS, COFINS e ISS (para locação com motorista), IPI e ICMS sobre a compra de veículos, e o IPVA.

Além disso, os encargos de mão-de-obra são também mais altos no Brasil que no exterior.

“Um de nossos grandes desafios é o de mostrar às pessoas que é muito mais inteligente e econômico passar a pagar somente pelo uso, ou seja, pela locação. Isso é o mais moderno conceito de consumo consciente e inteligente e o setor de locação tem procurado mostrar isso aos seus clientes no Brasil”, complementa o presidente.

Elétricos e compartilhados – Os veículos híbridos e elétricos estão ganhando espaço considerável no mercado de compartilhamento.

Entre os modelos mais encontrados, estão os híbridos Ford Fusion, Toyota Prius, Lexus (CT 200h e LS 550h), BMW (i3 e i8) e Volvo (V60 e XC90 T8).

Entre híbridos e elétricos, já existe uma frota superior a 10 mil veículos disponíveis para locação no Brasil, segundo a ABLA.

Para que essa frota aumente, é indispensável que o país, por meio de novas legislações, aumente os incentivos para o uso desses modelos, aproveitando o potencial deste tipo de locação.

Seguindo a tendência, a empresa Urbano, pertencente ao LDS Group, especializado em aluguel de veículos de luxo para celebridades, iniciou no começo de julho deste ano, o serviço de compartilhamento na capital paulista.

A empresa conta com uma frota de 60 carros, sendo 15 elétricos do modelo BMW i3, e um sistema em que é possível pegar o carro em um ponto e devolver em outro, dentro da área de operação.

Outra empresa de compartilhamento que investiu nos veículos elétricos é a Vamo.

Localizada em Fortaleza, a empresa foi primeira a possuir uma frota formada 100% por carros elétricos, em setembro de 2016.

Em parceria com a prefeitura da cidade, a empresa possui 20 carros divididos em 12 estações espalhadas pela capital cearense.

Para utilizar a frota da plataforma, é cobrado um valor fixo de R$20.

Após esse período, a cobrança é feita por minuto, variando de 0,80 entre 30 min e 1 hora, até R$ 0,40 por minuto após 4 horas de uso.

Há também a possibilidade de um plano mensal de R$40,00, com desconto de R$10,00 para usuários que possuam o bilhete único de transporte público local.

O veículo pode ser devolvido em qualquer uma das estações que possuírem vagas livres, não havendo a necessidade de retornar ao local inicial.

É evidente que nos centros urbanos, nas médias e até nas pequenas cidades, há um alerta geral em torno de soluções para a mobilidade.

Existem barreiras a serem quebradas e, entre elas, está o baixo grau de investimentos dos poderes públicos na área de transportes, assim como a visão ainda restrita sobre a real importância da locação para os projetos eficazes de mobilidade.

“Entendemos que o setor de locação é simplesmente o maior player de mobilidade urbana do país. Forçosamente, esses paradigmas vão mudar diante das novas necessidades de uso inteligente e compartilhado dos meios de transporte”, conclui o presidente da ABLA.

Todas estas tendências do mercado e da indústria automobilística elétrica e de seus componentes serão apresentadas no Veículo Elétrico Latino-Americano, que acontece entre os dias 17 e 19 de setembro, no Transamerica Expo Center.

Credencie-se para o evento e tenha acesso a conteúdos exclusivos e de relevância para o setor.

http://www.velatinoamericano.com.br/

Artigo realizado por: Comunicação Veículo Elétrico Latino-Americano.

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