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SIMEA debate o Rota 2030 no futuro da mobilidade brasileira

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, e os principais representes do setor automotivo brasileiro participaram na quarta-feira, 1/8, da solenidade de abertura da 26ª edição do SIMEA – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva.

Promovido pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, o simpósio, que se encerra nesta quinta-feira, 2, tem por tema este ano “A rota para o futuro da mobilidade no Brasil”, assunto que ganhou força com a recente aprovação do programa Rota 2030.

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“O momento é extremamente propício para a realização do nosso simpósio”, destacou o presidente da AEA, Edson Orikassa, ao abrir o evento.

“O Rota 2030 mobilizou todas as entidades do setor automotivo, foram mais de 100 reuniões e mais de um ano de trabalho. Os fornecedores estão aqui e é uma boa oportunidade para começarmos a negociar o que vem pela frente”.

A importância do Rota 2030 para o setor e para o País foi destacada pelo ministro do MDIC e todos os executivos que participaram da solenidade de abertura do simpósio.

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“O programa vai garantir a retenção do conhecimento e dos empregos no País, com ganhos para toda a sociedade brasileira. Teremos veículos mais econômicos e mais seguros e os veículos elétricos serão vistos por aqui com mais frequência”, comentou o ministro do MDIC, destacando que “não há país forte sem uma indústria forte”.

Para o presidente do SIMEA e vice-presidente da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, o importante agora é pensar o papel do Brasil no futuro automotivo mundial, como o País vai se inserir nas cadeias globais.

Na avaliação do presidente da Anfavea, Antonio Megale, com o Rota 2030 o Brasil participará como ator e não como expectador das transformações pelas quais está passando a indústria automotiva mundial.

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“Vamos discutir o biocombustível e direcionar os investimentos para que a indústria nacional seja mais forte”, comentou Megale.

Na avaliação do presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, o Rota 2030 terá repercussões positivas ao longo dos próximos anos: “É o programa que precisávamos. Nosso setor se sente recompensado com o produto final. Os investimentos em P&D vão permitir a inserção competitiva da indústria brasileira nas cadeias internacionais”.

O vice-presidente da Abeifa, Paulo Ferreira, também elogiou o novo programa automotivo, dizendo que “com o novo ciclo de investimentos o Brasil vai se consolidar como um grande player do setor automotivo mundial”.

Roborace – Além da solenidade de abertura, o SIMEA teve em seu primeiro dia uma série de sessões técnicas ligadas a temas como segurança veicular, ensaios e simulações, motores e transmissões, materiais e reciclagem, manufatura e processos e emissões e inspeção técnica veicular.

Também teve na parte da manhã o painel sobre “Evolução do powertrain”, que teve a participação de Ricardo Zomer, analista de comércio exterior da Secretaria de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, do MDIC; Ricardo Abreu, diretor de P&D da Mahle; e Henri Joseph Jr, diretor técnico da Anfavea.

Na parte da tarde, foram ministradas duas palestras. Uma delas foi a do gerente de desenvolvimento da Siemens, Regis Ataides, que falou sobre Indústria 4.0, carro autônomo e o Simcenter, um simulador desenvolvido pela empresa que reduz custos de desenvolvimento e garante maior produtividade para a indústria.

A outra foi do piloto de Fórmula E e Stock Car, Lucas Di Grassi, que também é CEO da Roborace, empresa sediadas na Inglaterra que promoverá o primeiro campeonato com carros autônomos no mundo.

“O debate do momento é como manter a importância do automobilismo na era do carro elétrico e do veículo autônomo”, comentou Di Grassi, destacando ser esse um tema bastante controverso, já que o piloto ainda é o grande protagonista no automobilismo.

Di Grassi disse ainda que a Roborace não quer substituir a Fórmula 1, mas sim quer ser uma alternativa para a evolução do automóvel.

Ele informou em primeira mão no SIMEA que o primeiro campeonato de carro autônomo, a ser realizado em 2019, não será 100% sem piloto.

“Decidimos que nos primeiros 10 km um piloto assumirá a direção, ensinando a máquina a dirigir naquele circuito. Apenas os últimos 5 km serão percorridos sem o piloto”.

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