De 17 a 19 de setembro, em São Paulo, o Veículo Latino-Americano provou para a indústria automotiva que a eletrificação é o futuro do setor.
Consolidada como a maior plataforma de debate, impulsão e desenvolvimento da mobilidade elétrica na América Latina, o evento abriu as portas com sucesso de cara e casa nova.
Agora no Transamerica Expo Center, a plataforma permitiu que o público de cinco mil participantes conhecesse a diversidade da mobilidade elétrica, além dos produtos, novidades e soluções das mais de 50 marcas expositoras.
Espalhadas por cerca de 6000 m², grandes marcas como Toyota, Lexus, Volvo, Mercedes, Renault, BYD, Siemens e Eletra marcaram presença no evento, exibindo seus modelos híbridos e puramente elétricos.
Muito além da exposição de veículos, o Veículo Elétrico promoveu conteúdos e discussões sobre desenvolvimento do mercado elétrico entre autoridades, iniciativa privada e sociedade, além da experiência de conhecer e testar os modelos recém-lançados no mercado.
“Este ano, pudemos apresentar o Prius híbrido flex, primeiro protótipo do mundo, ainda em fase de teste, mas que já gerou muita expectativa de quem visitou nosso estande. Sentimos que, esse ano, a feira está mais organizada, profissional, com um público interessante. Para nós, é muito importante participar, pois temos a oportunidade de disseminar a tecnologia híbrida para o público”, comentou Thiago Sugahara, chefe de departamento para assuntos governamentais da Toyota. Já a Lexus fez o lançamento do NX300.
O vice-presidente da BYD, Nelson Rigon, afirma que a feira proporcionou uma rica experiência para a marca e salientou a importância do envolvimento da sociedade para a fomentação da mobilidade elétrica no Brasil.
“Acredito que o evento é o lugar certo para expor ideias e produtos, pois encontramos aqui autoridades e profissionais que investem no mercado. É preciso que todos entendam a necessidade de explorar novas tecnologias e popularizar os elétricos”.
A Volvo aproveitou a exposição para apresentar os modelos híbridos XC90 e XC60. O primeiro, inclusive, estava disponível no teste drive e fez sucesso com os participantes.
“É bem diferente. O carro é silencioso, tem uma outra pegada. Gostei muito da experiência”, contou Jonas Pereira dos Santos, instrutor de elétrica na Auto Jonas Elétrica e Treinamentos.
Já o XC60, disponível no pavilhão do Transamerica Expo Center, foi o primeiro emplacado no Brasil, apresentado em primeira mão para o público durante o evento.
Este foi o modelo Volvo mais vendido no mundo, por isso, a montadora decidiu lançar sua mais nova versão, a híbrida.
A área de teste drive, aliás, foi uma das atrações mais movimentadas do evento, com cerca de 1300 testes entre veículos e motos.
A Riba, inclusive, aproveitou a feira para anunciar o lançamento de seu aplicativo de scooters elétricas compartilhadas, que inicia em novembro, na capital paulista, por apenas R$0,59 o minuto de uso.
“Esse ano, o acerto foi total, da estrutura à localização. Para nosso tipo de negócio, a participação foi fundamental e fez todo o sentido participar do evento. O teste drive para que o público conheça as novas scooters foi ótimo, pois puderam sentir como será o serviço de compartilhamento que iremos lançar”, celebrou Fernando Freitas, CEO da Riba.
A experiência com bicicletas elétricas, diciclos, patinetes e outros levíssimos eletrificados também não ficou para trás e movimentou o pavilhão com mais de 500 testes.
Além disso, o público pode experimentar o kart elétrico e a pilotagem de drones.
O piloto de Fórmula-E, Lucas Di Grassi também marcou presença no evento, e falou sobre o lançamento da bicicleta de sua marca.
“Decidi investir na mobilidade elétrica e, há um ano e meio iniciamos o desenvolvimento da bicicleta em parceria com a CBMM. Após um período de testes, estamos prontos para de fato entrar no mercado com a proposta que pensamos inicialmente, que é a do aluguel mensal de 190 reais”, contou o piloto.
E não só da exposição de carros se desenvolve a mobilidade elétrica.
O evento mostrou a importância da disseminação e incentivo de serviços e componentes que auxiliam a viabilidade dessa realidade, como as soluções de carregamento e a reciclagem de baterias.
A Eletric Mobility Brasil levou ao seu estande todas as soluções para recarga, desde os residenciais até os modelos de carregamento rápido para rodovia, que levam em torno de 30 minutos para carga completa.
“A maioria das pessoas possuem dúvidas sobre como será o gasto da energia em casa, se a rede irá aguentar, mas é mais simples do que se imagina. O carregador residencial básico, por exemplo, consome a mesma energia que um chuveiro elétrico. É como colocar um chuveiro a mais em casa”, explicou Eduardo Sousa, diretor geral da empresa.
A Umicore, multinacional belga, presta o serviço de recolhimento de baterias para reciclagem, que acontece em seu país sede.
A unidade recebe material dos centros de coleta, presentes em todos os continentes.
Por ano são recicladas 7.000 toneladas de bateria.
“Quando chegam em nossa unidade de reciclagem, as baterias são desmontadas e suas células são fundidas em altas temperaturas, formando um concentrado metálico. Após essa etapa, é feita a separação dos metais que voltam a ser matéria-prima útil. A solução para o descarte das baterias existe e é importante que as pessoas estejam cientes disso, que podem utilizá-las sem fazer mal ao meio-ambiente”, explicou Ricardo Rodrigues, gerente comercial da unidade de reciclagem da América Latina da Umicore.