No ritmo atual do mercado de veículos, o Brasil só vai retornar ao nível de 2012 (pré-crise) em 2025.
Os reflexos dessa retomada e de todas as mudanças de cenário previstas para os próximos anos fazem parte do projeto AUTOMOTIVE BRAZIL 2030, que a Bright Consulting vai entregar aos clientes participantes a partir de fevereiro.
Trata-se do segundo projeto de cenários prospectivos feito em parceria com a Neocom, após o sucesso do AUTOMOTIVEBRAZIL 2025.
O novo estudo avalia os desdobramentos de megatendências como os serviços de mobilidade sob demanda, a expansão da conectividade, as tecnologias de assistência ao condutor e ainda o novo paradigma dos veículos híbridos, elétricos, autônomos e compartilhados.
Para Paulo Cardamone, CEO da Bright Consulting, a indústria precisa se adaptar para atender, ao mesmo tempo, ao cliente tradicional, e também aos consumidores digitais, uma espécie de ‘geração de alugadores’.
“É importante avaliar o impacto de todos esses fatores para as atividades de fabricantes, fornecedores, revendedores, prestadores de serviços, bancos e governos”, explica o executivo.
Equipamentos antes raros passarão a ser uma imposição do mercado.
É o caso do câmbio automático, que em 2018 se fez presente em 49% dos carros vendidos no Brasil.
A virada virá já em 2019, com uma rápida aceleração ao longo da próxima década.
Dessa forma, esse tipo de transmissão caminha da mesma forma que ocorreu com o ar-condicionado, presente em 98% dos automóveis nacionais emplacados no ano passado.
“Além de avaliar o ritmo de evolução de itens mais conhecidos, o AUTOMOTIVEBRAZIL 2030 também trata dos avanços das novas tecnologias de conectividade, segurança, eficiência energética e ´cyber security´ nos modelos nacionais”, aponta Paulo Cardamone.
“Com as novas regras do Rota 2030, esses equipamentos de ponta entrarão em linha num ritmo mais acelerado do que, por exemplo, os propulsores híbridos e elétricos, previstos pelo estudo para equipar menos de 5% dos carros novos em 2025”.
Um dos grandes destaques do projeto é a previsão dos impactos regulatórios e da mudança no mix dos segmentos com o crescimento dos SUVs, cuja previsão de participação avançará dos atuais 20% para 30% em 2025.
Esses dois aspectos elevarão o ticket médio do mercado em mais de 4% ao ano, descontada a inflação.