O Banco Volkswagen, maior instituição de montadora do país segundo ranking do Banco Central, acaba de concluir a emissão de R$ 500 milhões em Letras Financeiras (LFs) no mercado nacional. O volume das ofertas chegou a R$ 2,48 bilhões, maior demanda recebida desde que a empresa começou a oferecer o produto. Comparada à emissão de 2014, o aumento foi de 40%.
No total, 28 investidores enviaram propostas para a transação, a maior quantidade já registrada para a operação no livro de ofertas do Banco (bookbuilding) até hoje. Os papéis possuem prazo de dois anos e renderão juros equivalentes a 105,4% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a menor taxa alcançada pelo Banco Volkswagen desde que iniciou este tipo de captação, há quatro anos.
“O fato de o volume de ofertas e investidores ter sido recorde mostra que o mercado confia e aposta na solidez do Banco Volkswagen, mesmo em um cenário economicamente adverso”, afirma Rafael Teixeira, diretor-executivo e CFO da Volkswagen Serviços Financeiros.
Segundo Teixeira, a captação de recursos por meio de Letras Financeiras faz parte da estratégia de diversificação de funding da instituição, já que garante maior sustentabilidade às operações. “São alternativas sólidas de financiamento, pois permitem a captação a um custo mais competitivo e, consequentemente, taxas mais atrativas para o cliente final”, explica.
O que são Letras Financeiras?
Letras Financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras que consistem em uma promessa de pagamento. Podem ser emitidas por bancos múltiplos, comerciais e de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias ou sociedades de crédito imobiliário.
Criada em dezembro de 2009, esse instrumento de captação, em geral, tem prazo mais longo do que os CDBs (Certificado de Depósito Bancário), pois o tempo mínimo para resgate de capital é de dois anos. Desde que foram criadas, as LFs receberam incentivos para sua emissão, como a permissão de realização de ofertas públicas e a isenção de recolhimento de compulsório junto ao Banco Central.