Ao comprar 300 unidades, o G10, de Maringá (PR), acaba de se juntar à AMAGGI na história da Scania como os maiores compradores da Nova Geração de caminhões da marca, lançada em novembro.
Com a consultoria da Casa Scania P.B.Lopes, baseada na maior rentabilidade e nas características da operação, os modelos customizados como ideais foram R 450 6×2 e R 500 6×4.
As entregas ao conglomerado de transportadoras já começaram e seguirão ao longo do segundo semestre.
Serão 190 produtos para a Transpanorama e outros 110 divididos entre as demais empresas (Transfalleiro, Cordiolli, Rodofaixa e VMH Transportes).
“Mais um grande lote vendido que comprova a revolução que a Nova Geração de caminhões está fazendo. O G10 é um dos maiores frotistas do Brasil, e optou pela solução que oferece o menor custo total da operação por quilômetro rodado via customização ideal do produto para a aplicação”, afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil.
“A economia de diesel de até 12%, em relação à linha anterior, está fazendo a diferença no dia a dia dos clientes. Já recebemos cerca de 7 mil encomendas da ‘Máquina dos Sonhos’.”
Segundo Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama, os primeiros lotes recebidos estão surpreendendo as empresas do Grupo.
“Comprovamos que a economia de diesel da Nova Geração é maior do que a geração anterior, como foi prometido pela Scania”, conta.
Adamuccio revela que são três pilares que definem a escolha de um produto e uma marca para o G10.
“O primeiro é o econômico, pois na conta do transporte o combustível é o campeão no custo total. O segundo é o conforto da cabine, pois a mão de obra está escassa e precisamos oferecer o melhor caminhão para reter o motorista. O terceiro pilar é a maior disponibilidade de horas do caminhão. Não podemos perder dinheiro com o produto parado e ele precisa dar o mínimo de manutenção.”
O lote de 300 unidades foi a maior compra de caminhões num mesmo ano da história do G10.
“A quantidade explica nosso otimismo para 2019. Estamos expandindo os negócios. Abriremos 10 unidades de embarque do G10 e mais quatro para a Transpanorama. Movimentos que aumentarão o faturamento. No G10, planejo crescer 17% e na Transpanorama projetamos um acréscimo de 17% no faturamento. A Nova Geração da Scania será essencial para cumprir estas metas. Na nova gestão do transporte vale o custo por km rodado.”
Os caminhões Scania R 500 6×4 são ideais para atuar em longas distâncias e rodarão com implementos rodotrens graneleiros de 25 metros, com capacidade para transportar até 49,5 toneladas de grãos cada um.
Todos equipados com freio auxiliar hidráulico Retarder de 4.100Nm.
Já os R 450 6×2 são modelos versáteis, também para longas distâncias, e podem formar conjuntos com sider, baú, tanque, por exemplo, além de outras opções diversas.
O agronegócio sempre foi um dos pilares do transporte de cargas rodoviário.
E, da mesma forma para o faturamento da Scania.
“No caso da Scania, em 2018, o agronegócio representou cerca de 40% do total vendido de caminhões. Para 2019, queremos aumentar esta participação. Estamos otimistas”, diz Munhoz.
A verdadeira ‘Máquina dos Sonhos’-A Nova Geração de caminhões Scania chegou ao Brasil em novembro de 2018, apenas dois anos após o lançamento na Europa.
As novas cabines foram desenvolvidas com a mais alta tecnologia disponível no mercado e sob a perspectiva do condutor.
A marca sueca decidiu manter a nomenclatura P, G e R, mas nenhuma peça da cabine da gama anterior foi reaproveitada.
É uma característica da Scania privilegiar o motorista na criação do seu produto, algo que faz toda a diferença no dia a dia do trabalho no setor de transportes.
O posicionamento do condutor foi realocado para que ele tenha uma melhor visibilidade externa e o painel foi rebaixado.
A Scania passou de 7 opções para 19 tipos de combinações variantes das novas cabines P, G, R, além da estreante S, com piso interno totalmente plano.
Junta-se à novas cabines o pacote XT, formado por componentes específicos para pisos irregulares e também indicados para operações fora-de-estrada.
Entrevista com Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10-Claudio Adamuccio, 59 anos, natural de Osvaldo Cruz (SP), é um dos transportadores mais experientes do Brasil.
Acompanha e cuida de perto sua frota, incentiva e valoriza seus motoristas e luta ativamente pelos direitos do setor em fóruns de entidades de classe e do poder público.
Sem deixar de estar antenado com as tendências, as novas tecnologias e o futuro do transporte de cargas rodoviário.
Quando foi o primeiro contato com a Nova Geração Scania?
R. Foi em 22 de agosto de 2016, em Paris, no lançamento mundial realizado pela matriz. Tive o privilégio de conhecer o engenheiro-chefe do projeto e ele me deu muitos detalhes do produto.
Já imaginei o quanto seria bom quando chegasse no Brasil.
O segundo contato foi quando a Scania antecipou dois motores da Nova Geração, nas potências 510 e 450cv, ainda na geração passada mas já com o novo sistema XPI, de múltiplas injeções.
Compramos os primeiros modelos a sair da linha em fevereiro de 2018. No total, adquirimos 170 caminhões e já fomos comprovando a maior economia de diesel.
As 300 unidades são para expansão ou substituição da frota, ou por otimismo com a melhora da economia e do mercado?
R. Um pouco destes três ingredientes. Em 20 anos, não deixamos um ano sequer de comprar caminhões, mesmo com as crises econômicas brasileiras ou mundiais. Mas, reduzimos os volumes entre 2014 e 2017, no período da última crise.
Em 2018, aumentamos um pouco a quantidade. Em 2019, com o mercado aquecido voltamos com tudo; e precisei aumentar e substituir a frota para compensar os menores volumes dos anos passados.
Estamos sempre antenados às novas tecnologias e modernidades para buscar a eficiência com a diminuição de custos e aumento de produtividade.
O setor de Transportes vive uma modernização de gestão. A nova conta a ser feita envolve o custo total da operação, a escolha da solução ideal para a aplicação, o custo por km rodado e a idade média da frota?
R. Sim. Hoje, as margens de lucro estão muito mais ajustadas. A informação está mais fácil e temos muitas ferramentas de gestão. O maior custo é o diesel, e o segundo o motorista.
São dois fatores relevantes e estão ligados à marca do caminhão. Se compro um veículo que consome mais e não é confortável estou colocando minha operação em risco, para não ter lucro.
Um motorista que não está satisfeito com o produto pode não dirigir tão bem e aumentar os gastos com manutenção. Trabalhando feliz e satisfeito ele terá mais cuidado.
Quem vai sobreviver no mercado de transportes de cargas?
R. Quem tiver a operação com muita tecnologia, custos extremamente enxutos e verdadeiras parcerias de negócio.
Não vejo uma má gestão sobrevivendo no futuro. Em Paris, em 2016, no lançamento da Nova Geração da Scania, houve uma palestra com a federação local de transportes.
Lá as empresas já não sobrevivem apenas com o faturamento do frete, das margens do transporte. Se a transportadora não tiver um Centro de Distribuição, acordos de coletas e distribuição e armazenagem para cuidar do ciclo completo não sobrevive.
Tenho que antecipar tendências para continuar saudável no mercado.
A frota adquirida atuará em novos segmentos?
R. Não, vamos manter e fortalecer os ramos de atuação. Hoje, temos um mix diversificado: grãos, postal/e-commerce, aço, combustíveis, fertilizantes, sementes, produtos de higiene e limpeza e alimentos.
Atuamos com sider, baú, tanques e graneleiros. Hoje, a divisão do faturamento está em 35% para postal/e-commerce (entregas para os Correios), 35% nos grãos, combustíveis (10%), e os outros 20% divididos respectivamente.