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A revolução da impressão 3D no setor automotivo

Artigo – * Luiz Fernando Dompieri – Embora esteja cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, a impressão 3D ainda tem sua principal utilidade ligada à indústria. Setores como o aeroespacial, o de embalagens e, principalmente, o automotivo enxergam essa tecnologia como um facilitador em seus processos de manufatura e, há cerca de 20 anos, investem em máquinas de grande porte.

A evolução dessa tecnologia pode ser notada graças a fatores como o aumento na gama de materiais disponíveis para serem utilizados em impressoras tridimensionais. Há máquinas nos Estados Unidos, aguardadas no Brasil nos próximos meses, que já produzem peças em metal, um material com densidade superior até à de objetos fundidos.

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Elas conseguem trabalhar com cerca de 15 diferentes metais, como aço inoxidável, aço ferramenta, alumínio e titânio, e estão prontas para colaborar com setores que exigem produtos com riqueza de detalhes, como as indústrias aeroespacial e automotiva.

Isso representa que estamos deixando o desenvolvimento só de protótipos e partindo para a produção, ainda não massificada, mas personalizada. É um tipo de manufatura que já faz a diferença, mas que, em breve, vai ter muito mais presença nos processos industriais. Falando mais especificamente sobre a área de automóveis, as impressoras 3D hoje em dia são utilizadas na fabricação de protótipos, por exemplo, dos coletores de admissão.

Graças a essa tecnologia, as montadoras conseguem pular algumas etapas, já que, antes mesmo de aplicarem o modelo de produção, submetem os protótipos impressos a testes e, inclusive, conseguem fazer a validação da peça final – há alguns anos, o molde para testes tinha de ser feito em aço, fato que aumentava erros e o tempo de produção.

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Outro fato marcante da presença da impressão tridimensional na produção é um carro totalmente prototipado, desenvolvido para uma das principais montadoras do mundo há alguns anos. O veículo reuniu diversas tecnologias, como usinagem para as rodas, modelamento para frisar o corpo externo, a impressão de faróis e lanternas, além da técnica de Vacuum Casting (desenvolvimento de pré-séries), com moldes de silicone e injeção de poliuretano.

Com as máquinas novas que chegam todos os anos ao mercado, as empresas de impressão 3D conseguem aumentar a flexibilidade, a velocidade e a capacidade de inovação para atender as grandes indústrias. Em breve, será possível fazer peças impressas com muito mais rapidez, em ciclos rápidos de manufatura, com equipamentos capazes de concorrer com uma injetora de plástico. Isso ainda é para o futuro, mas um futuro que está muito mais próximo do que podemos imaginar.

* Luiz Fernando Dompieri é Diretor Geral da 3D Systems Latin America

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