Líder do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Felipe Giaffone (Volkswagen Constellation) sabe que será bem difícil chegar ao seu sonhado terceiro título nacional.
O motivo é que a 20ª temporada da história da mais popular categoria do automobilismo brasileiro trouxe boas novidades que atingiram em cheio o objetivo de equilibrar mais ainda a já disputada competição.
A mudança do sistema de pontuação, que passou a dividir as provas em duas fases, ambas dando 25 pontos ao ganhador, além de bônus pela pole e pelas melhores voltas nas duas partes, deixaram tudo em aberto.
A sexta etapa da temporada, dia 9 de agosto no Autódromo de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul, tem tudo para esquentar mais ainda a briga.
“No ano passado, com o regulamento que estava em vigor, quem vencesse três provas, fizesse um segundo lugar e tivesse uma quebra, como eu nesta temporada, estaria bem melhor e com boa vantagem. E eu estou somente 10 pontos na frente do Paulo Salustiano. Além da pontuação, a chegada do restritor de potência dificultou mais ainda e será assim até o final. Eu, o Salustiano, o Leandro Totti e o Djalma Fogaça estamos aí, sempre chegando lá na frente e isso é importante“, disse Giaffone.
Felipe tem 197 pontos contra 187 de Salustiano (Mercedes-Benz), 172 de Totti (Volkswagen Constellation), 161 de Fogaça (Ford) e 127 de Diogo Pachenki (Mercedes-Benz), só para pegar somente os cinco primeiros no campeonato, que ainda terá pela frente a disputa de 265 pontos nas cinco provas restantes até o final da temporada. Com isso, matematicamente, muitos outros pilotos mantêm chances de chegar ao título.
“Eu gosto de Santa Cruz, que tem uma pista boa, um autódromo bem feito, com uma boa relação custo/benefício. Para mim está entre os melhores do Brasil e tem um traçado bem bacana. Já ganhei lá, diferentemente do que acontecia quando cheguei a Goiânia, onde nunca tinha vencido com caminhão. Tinha azar, pois estive na frente umas duas ou três vezes e quebrei. Agora acabou e ganhei“, disse Giaffone numa referência à vitória na etapa anterior, na capital do Estado de Goiás.
Dono de quatro títulos de campeão da Fórmula Truck, além de quatro vezes vice, Felipe Giaffone mantém a estratégia de tentar chegar na frente do segundo colocado, Salustiano, e brigar bastante com seu companheiro de equipe Leandro Totti, que saiu de Goiânia na terceira colocação na classificação geral do campeonato e voltou a usar o restritor de potência de 78 milímetros, o que leva o caminhão a sofrer a menor perda entre os três primeiros.
“Na minha opinião o Totti é o favorito, pois não se sente quase nada com o restritor de terceiro lugar. Com isso, ele terá uma boa vantagem e será difícil segurá-lo. Eu e o Salustiano estaremos iguais e isso dá ideia de uma boa disputa entre os dois. A estratégia continua a ser a de levar o caminhão até o final, pois eu já defini o descarte obrigatório em Campo Grande“, finaliza Giaffone, numa referência à obrigatoriedade de descartar um dos resultados do ano.
