No primeiro semestre do ano, os financiamentos de veículos no Brasil somaram 2.258.655 unidades, encerrando o acumulado dos seis primeiros meses com queda de 16,7% em relação ao mesmo período de 2015.
Desse total, entre autos leves, motos e pesados, foram financiados 879.133 veículos novos e 1.379.522 usados.
O levantamento é da Unidade de Financiamentos da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base integrada de informações que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. O SNG impede que o processo de financiamento de veículos seja suscetível a fraudes sistêmicas.
Entre os automóveis leves, as unidades usadas apresentaram melhor desempenho em relação às novas. No primeiro semestre foram financiados 1.269.706 autos leves usados, queda de 7,5% em relação ao mesmo período de 2015. Já as vendas a crédito de carros novos totalizaram 521.727 unidades, baixa de 30% na mesma base de comparação.
”Apesar dos financiamentos de carros novos estarem recuando 30% neste primeiro semestre, os dados do mês por dia útil mostram um leve avanço de 1%. Esse resultado pode dar sinais de que o mercado interrompeu a trajetória de queda”, disse Marcus Lavorato, gerente de Relações Institucionais da Cetip.
Entre as faixas etárias dos autos leves, a única que apresentou crescimento no primeiro semestre do ano foi a de 9 a 12 anos de uso, que teve alta de 6,9% em relação ao mesmo período de 2015, enquanto os automóveis leves zero quilômetro recuaram 30% na mesma base de comparação.
Entre as modalidades de financiamento, a participação do CDC nas vendas financiadas apresentou uma queda de 1,4 ponto percentual nos seis primeiros meses de 2016 e passou para 79,5%.
Apesar da queda, a modalidade continua sendo a mais utilizada pelos consumidores. No primeiro semestre do ano, foram vendidos a prazo 1.795.828 veículos por meio do CDC, recuo de 18,1% em relação ao mesmo período de 2015.
O prazo médio de financiamento de autos leves novos e usados caiu de 40,8 meses para 40,3 no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2015.