Com quatro dias úteis a menos que janeiro, o segundo mês de 2017 encerrou com queda de 8,57% em todo o setor.
Automóveis e Comerciais leves, somados, fecharam fevereiro com vendas 7,77% menores que janeiro, porém, a média diária de vendas foi 12,7% maior.
De acordo com o levantamento realizado pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os emplacamentos de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos) apresentaram queda de 8,57% no mês de fevereiro, no comparativo com janeiro.
Ao todo, foram emplacadas 204.938 unidades no segundo mês de 2017, ante as 224.138 registradas no mês anterior.
Na comparação dos acumulados de 2016 e 2017, o mercado automotivo retraiu 14,88%. Foram emplacadas 429.076 unidades nos dois primeiros meses deste ano, contra 504.067 no mesmo período de 2016. Ao comparar fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 15,72%.
Conforme os dados apresentados pela entidade, os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, também apresentaram queda no acumulado do ano, com uma redução de 5,42% sobre o ano passado.
Ao todo, foram emplacadas 275.966 unidades em 2017, contra 291.768 em 2016. No mês de fevereiro (132.405 unidades) houve queda de 7,77% para os segmentos, se comparados ao mês de janeiro (143.561 unidades). Com relação a fevereiro de 2016 (142.091 unidades), o resultado aponta uma baixa de 6,82%.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, além dos dias úteis a menos em fevereiro, o resultado do mês ainda é efeito da sazonalidade de início de ano, onde as vendas, historicamente, são mais baixas.
“Porém, já observamos uma melhora na média de vendas diárias, que cresceram 12,7% em fevereiro, chegando a 7.356 automóveis e comerciais leves emplacados todos os dias”, explicou, comentando que, se não fossem os quatro dias úteis a menos, o resultado de fevereiro seria diferente.
Segundo Assumpção Júnior, o mercado automotivo passará por um momento de retomada, mesmo que moderada, ao longo do ano, com a expectativa de maior crescimento a partir do segundo semestre.
“Dificuldades como essas, agregadas ao baixo índice de confiança, fizeram com que as famílias e as empresas se retraíssem em relação ao consumo, retardando a tomada de decisão para a compra de veículos novos”, completou.
Previsões para 2017 – Com base nos estudos realizados pela Fenabrave, o setor como um todo deverá apresentar crescimento moderado em 2017, chegando a 3,11% para todos os segmentos somados.
Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 2,04% sobre os resultados.
Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 3,15%, sendo 2,8% para caminhões, 4,40% para ônibus e 7,08% para implementos rodoviários.
O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá apresentar alta estimada em 4,04%.
Para tratores e máquinas agrícolas, a previsão é chegar a um crescimento de 13,5% em 2017, reforçado pelos bons resultados do agronegócio no País.
Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos de veículos NOVOS para cada segmento automotivo.