Para muitas indústrias automotivas o futuro já é agora e só existe um caminho: os veículos elétricos. A imagem de energia limpa que muitas carregam em suas campanhas é ofuscada muitas vezes quando observamos toda a trajetória de desenvolvimento para alcançar essa matriz energética como solução.
O veículo movido a eletricidade implica em grandes custos na aquisição das baterias e alto investimento para implantação de infraestrutura de carregamento. Tudo isso precisa ser considerado. O mesmo acontece com os veículos híbridos, que demandam altos custos de aquisição e operação.
Há também o biodiesel como outra opção de combustível, porém, a alternativa enfrenta limitações técnicas em relação ao veículo. Outras possibilidades são o diesel de cana e o etanol aditivado, que possuem preços bastante elevados, além de soluções inviáveis economicamente, como o ônibus a hidrogênio, ou o HVO, espécie de óleo vegetal hidrogenado, ainda indisponível no Brasil.
A alternativa do veículo GNV/biometano é aquela que oferece as melhores condições de sustentabilidade ambiental, tecnológica e financeira.
Para os ônibus movidos a biometano e GNV, ou a mistura de ambos, não são necessárias alterações significativas nos projetos das carrocerias.
É necessário apenas a instalação dos cilindros de gás, que no caso dos veículos com piso normal, são colocados nos espaços disponíveis entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) e em opções com entrada baixa, a implantação é sobre o teto.
Pioneira em oferecer produtos tecnológicos, a linha Scania com motor a gás (GNV/biometano) oferece opções sustentáveis para a mobilidade urbana.
É capaz de garantir importante redução de emissões de gases contaminantes, principalmente NOx e material particulado, que são os principais responsáveis pelo comprometimento da qualidade do ar.
Em comparação com um veículo similar a diesel, o ônibus a gás emite 85% menos gases se abastecido com biometano, e 70% menos se estiver com GNV.
Em complemento, garante importante redução de emissões de CO2 e poluição sonora, com diminuição em torno de 28% no custo operacional por quilômetro rodado.
“A possibilidade de operar ônibus a gás, diferentemente de outras tecnologias, é imediata, graças à disponibilidade abundante do combustível e da consistente estrutura de distribuição já disponível nas principais cidades, sobretudo São Paulo. O ônibus movido a GNV/biometano é uma contribuição sustentável para a mobilidade urbana, considerando os aspectos ambientais, tecnológicos e econômicos. Essa solução é amplamente utilizada na Europa, já cresce em vários países da América Latina, como Colômbia, México e Peru”, afirma Eduardo Monteiro, responsável pelo desenvolvimento de mercado no segmento urbano na Scania Brasil.
Os veículos a gás recebem um trem de força que não só atende, como supera a geração mais avançada da legislação de emissões da Europa, a Euro 6.
No Brasil, a Lei atual exige conformidade com a norma equivalente à Euro 5. Dependendo da autonomia necessária para cada operação, é possível avaliar a quantidade de cilindros de gás que deve ser instalada.
Matéria em vídeo