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Ação ambiental economiza 698 milhões de litros de água

A boa gestão dos recursos naturais permitiu uma economia de 698 milhões de litros de água nos últimos oito anos nas cidades do interior de São Paulo.

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O dado faz parte de um estudo elaborado por meio de uma parceria entre a Fundação Toyota do Brasil e a Fundação Espaço ECO®, que com base na metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), avaliou 29 trabalhos entre 2010 e 2018 do projeto Ambientação, desenvolvidos pelo braço social da montadora japonesa.

Os resultados foram divulgados em Indaiatuba (SP) nesta sexta-feira, dia 17, durante o evento de encerramento da primeira edição do projeto Ambientação da Região Metropolitana de Campinas.

A parceria, que surgiu em dezembro de 2017, tem como objetivo mostrar os reais impactos alcançados pelo projeto Ambientação, que por meio de uma metodologia da Toyota, propõe soluções sustentáveis para economia de água e energia e gerenciamento de resíduos.

De acordo com o estudo, o volume de água economizado neste período equivale a 3,4 milhões de ciclos de uma lava-roupa.

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Ou seja, volume suficiente para lavar a roupa de mais de 268 mil habitantes ou 33% da população da cidade de São Bernardo do Campo por um ano.

“Esses resultados demonstram de forma mais palpável as reduções que temos conquistado a cada ano. Não se trata apenas de economia. O Ambientação é educação ambiental, consciência, transformação pessoal e social”, afirma Elaine Marques, coordenadora do projeto Ambientaç& atilde;o.

Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que mais de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com a falta de água em 2025, se o consumo do planeta continuar nos níveis atuais.

O estudo atribui essa condição à má administração dos recursos hídricos, ao crescimento populacional e às mudanças climáticas que passa o planeta.

“É fundamental criarmos uma consciência ambiental e sermos agentes de transformação social para evitar que parte da população fique sem água. Não é uma questão de sustentabilidade momentânea. É questão de sobrevivência”, explica Elaine.  Ainda de acordo com a ONU, apenas 2,5% da água total do planeta é potável, ou seja, considerada apropriada para consumo.

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O projeto Ambientação, desenvolvido pela Fundação Toyota do Brasil, está completando dez anos em 2018, e tem como principais objetivos a preservação do meio ambiente por meio da educação.

Assim, desenvolve uma série de práticas sustentáveis realizadas por meio do Toyota Business Practices (TBP), uma metodologia de gestão de problemas da montadora.

A Fundação Espaço ECO®, instituída pela BASF, atua como consultora para sustentabilidade, desenvolve projetos para organizações medirem e compreenderem os impactos ambientais, sociais e econômicos de produtos e processos, com base no pensamento de Ciclo de Vida (ACV).

Segundo Max Silva, analista responsável pelo estudo na Fundação Espaço ECO®, a iniciativa evitou o consumo de 3.334 GJ de energia que seria necessário para as etapas de captação, tratamento, produção de insumos químicos e distribuição da água tratada.

“Esta é a importância do conceito de Pensamento de Ciclo de vida que oferece a oportunidade de ampliar a visão sobre o impacto direto e indireto na escolha de produtos e serviços que consumimos”, reforça Silva.

Emissões e energias- O estudo da Fundação Espaço ECO® identificou que por meio do projeto da Fundação Toyota do Brasil foi evitada a emissão de 306 toneladas de CO2 na atmosfera.

Esse volume equivale a 4 minutos de emissões veiculares do Município de São Paulo, considerando a frota de quase 30 milhões de veículos.

Ou seja, o equivalente à 4 minutos sem que haja nenhum veículo circulando na cidade de São Paulo.

Em relação à redução energética, o Ambientação gerou uma economia equivalente ao consumo de 476 residências, considerando uma família de quatro pessoas.

No total, a iniciativa evitou o consumo de 3.3334 GJ (GigaJoule), que seriam necessários para disponibilizar água tratada.

Casos e soluções-Após implementar uma das etapas do Toyota Business Practices, funcionários da Escola de Ensino Fundamental “Maria Elza Lazara Lopes”, maior escola de Capela do Alto (SP), conseguiram concluir que a cozinha do local consumia em média 45 mil litros de água por mês na lavagem de louça e limpeza de alimentos para 740 pessoas.

Os dados obtidos são elevados, levando em consideração a sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas), da utilização de 110 litros de água por dia por pessoa.

Com a aplicação do método, Paula Vida, encarregada do setor de Serviços de Capela do Alto, conseguiu chegar a uma solução: trocar os pratos de plástico por pratos de louça, o que permitiu a economia de 20% de água diariamente.

320 litros de água eram utilizados por dia na lavagem dos pratos, e, hoje, são 288 litros utilizados no mesmo período.

Além da economia de água, a redução de custos das prefeituras participantes chegou a R$70.000 em 2017.

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