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Automação: nem tudo são dados no mundo dos robôs

Sinônimo da quarta revolução industrial ou da Indústria 4.0, a automação é cada vez mais presente no dia a dia da produção.

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Automação, GS1 Brasil, o consumidor, no geral, relaciona a automação diretamente à tecnologia e inovação.

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Segurança e economia foram outros benefícios apontados.

Essa mesma pesquisa avalia que a indústria cada vez mais busca se relacionar de forma próxima à automação, aumentando rendimento e diminuindo custos.

Ferramentas usadas para se relacionar com o cliente já atingem 37% das empresas, o sistema de processamento de dados é usado em 34% dos casos e o material que planeja a necessidade de materiais ou estoque é usado por 33% das indústrias entrevistadas.

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Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a  expectativa é que, em dez anos, 15% das indústrias de todo o território nacional atuem no conceito da indústria 4.0, que se dá principalmente pela automação.

Hoje, menos de 2% das empresas estão inseridas nesse conceito.

“O emprego da automação é um conceito que comunga com o uso das novas tecnologias para promover um melhor serviço. Precisamos, sempre, focarmos em quem está na ponta, o paciente”, diz Roberto Vilela, presidente da RV Ímola, empresa especializada no transporte de medicamentos.

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Em um cenário aparentemente dominado por máquinas, um estudo feito pela multinacional britânica Pearson, empresa especializada em educação, vai na contramão do imaginário popular que relaciona automação com a invalidação da mão de obra humana.

O estudo defende que sim, haverá impacto na criação de empregos, mas que isso não é culpa única da automação e que os cargos e funções serão modificados até 2030 em todos os ramos profissionais, colocando um mercado de trabalho apenas diferente dos dias de hoje, não, consequentemente, menor.

Automação x Emprego-Um estudo realizado pela Universidade de Oxford aponta que 800 milhões dos empregos no mundo estão ameaçados pelas novas tecnologias.

Mas, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em pesquisa mais recente, esse número baixou drasticamente e foi para 66 milhões.

Números ainda relevantes, mas menos drásticos e que abrem a discussão para novos mercados de trabalho.

De olho nessas novas profissões e na realocação de colaboradores que, em tese, seriam substituídos por máquinas, muitas empresas preferem explorar as competências humanas em diferentes funções e não diminuir o quadro de funcionários.

“Não podemos enxugar o RH da empresa com a bandeira da automação, afinal, nossos colaboradores constroem diariamente nosso nome. Desde o início do nosso processo de automação, nem um funcionário foi demitido devido a ela, nós realocamos todos em funções que eles precisam ser mais criativos e pensantes, que é o real motivo deles estarem conosco”, explica Vilela.

A empresa começou a investir em automação ano passado quando disponibilizou R$ 3 milhões na compra de três máquinas que promovem o estoque vertical de medicamentos fracionados de forma automatizada.

Em 2019, ela pretende investir mais de R$ 11 milhões para ampliar esses processos.

“Nós investiremos pesado para que a RV Ímola seja vanguarda na automação hospitalar no Brasil. Isso sem deixar de lado, é claro, a permanência do nosso quadro de colaboradores”, completa o presidente.

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