As quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 2.767 unidades, anotaram em novembro último forte queda de vendas de 18,8% em relação a outubro de 2019, quando foram vendidas 3.407 unidades importadas.
Ante novembro de 2018, quando foram comercializadas 2.947 unidades, a retração é de 6,1%.
“A permanência do dólar acima de R$ 4,00 tem agitado o mercado interno, mas o impacto mais devastador tem sido para o setor de importação de veículos automotores, pois além do dólar na faixa atual, ainda pagamos os 35% do Imposto de Importação, maior percentual permitido pela Organização Mundial do Comércio e competimos com empresas com grandes subsídios federais e estaduais”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, para quem – com o resultado de novembro– será muito difícil que as associadas fechem o ano com 35 mil unidades comercializadas projetadas.
Segundo Gandini, “o setor vive um momento dramático, de inviabilidade do negócio de importação. Por esse motivo, temos conversado com setores do Governo no sentido de viabilizar a tão esperada redução do imposto de importação, já que o câmbio, por si só, é um fator de limitação de volumes. Precisamos desse equilíbrio para que os carros importados possam ser competitivos em preços finais ao consumidor. Os importadores precisam viabilizar seu negócio até mesmo para manter o atendimento de pós-vendas à frota circulante de importados no país”.
No segmento de importados, as cinco marcas que mais venderam, em novembro, foram a Volvo (754 / +4,6%), Kia Motors (661 unidades / -33,2%), BMW (330 / -46,7%), Land Rover (242 / -1,6%), e Porsche (219 / +12,9%).
De outra parte, as quatro montadoras associadas à entidade que produzem veículos localmente mantêm taxa de crescimento de 38,8% no acumulado, passando de 21.263 unidades licenciadas nos primeiros dez meses de 2018 para 29.506 unidades em igual período deste ano.
Entre as associadas com produção nacional – BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki -, em novembro último, o emplacamento de 3.148 unidades também representou queda de 9,3% em relação a outubro de 2019, quando totalizaram 3.471 unidades , mas significaram alta de 41,5% ante novembro de 2018, quando anotaram 2.224 unidades.
Por marcas, a CAOA Chery, com 1.902 unidades emplacadas, registrou queda de 13,3% ante outubro de 2019; a BMW, com 847 unidades, alta de 1,8%; a Suzuki, com 223 unidades licenciadas, alta de 44,8% e a Land Rover, com 176, queda de 39,5%.
Somados os emplacamentos de unidades importadas e produzidas localmente, o ranking das cinco marcas, por volumes, aponta, a CAOA Chery com 1.902 unidades (só nacionais), a BMW com 1.177 unidades (330 nacionais + 847 importados), a Volvo com 754 unidades (só importados), a Kia Motors com 661 veículos (só importados), e Land Rover com 418 veículos (242 importados e 176 nacionais).
Participações – Em novembro último, ao considerar somente os veículos importados por associadas à entidade – total de 2.767 unidades -, o setor significou marketshare de 1,2%.
Com 5.915 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,56% do mercado total de autos e comerciais leves (230.923 unidades).
No acumulado de janeiro a novembro, os importadores das associadas à Abeifa significam, com. 31.218, marketshare de apenas 1,3%.