A inovadora caixa de câmbio I-Shift da Volvo está completando 20 anos desde seu lançamento global, na Suécia.
Responsável por uma grande mudança de comportamento no transporte mundial de cargas, a avançada transmissão eletrônica da marca chegou pouco tempo depois ao Brasil, quando já em 2003 começou a equipar os caminhões FH e NH fabricados no País.
“A I-Shift é um marco da indústria de caminhões, graças ao seu impacto positivo nas operações de transporte”, declara diz Pär Bergstrand, gerente de transmissões pesadas da Volvo Trucks.
Ele se refere principalmente aos benefícios que o equipamento proporcionou: redução no consumo de combustível, um dos mais importantes itens na planilha de despesas do transportador; melhor desempenho do caminhão; diminuição dos custos de manutenção; maior conforto e menor esforço físico para o motorista e mais segurança na atividade.
Vanguarda – Ao lançar a I-Shift, a Volvo Trucks ratificou a sua firme crença em um sistema de transmissão mais eficiente para trocas de marchas de forma automatizada.
O sucesso se deveu também ao vanguardismo da Volvo, pois foi a primeira fabricante a adequar o sistema para transportes de longa-distância.
Recebido inicialmente com certo ceticismo, o dispositivo rapidamente conquistou os motoristas pela sua modernidade, com a seleção de marchas de acordo com a carga e a necessidade de potência do veículo no momento exato, sempre buscando o melhor consumo possível.
“A I-Shift colaborou decisivamente para mudar a atitude dos motoristas. Era avançada e ao mesmo tempo simples de ser utilizada, contribuindo para uma condução mais correta”, lembra Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas da Volvo no Brasil.
Inteligente, a transmissão otimiza as trocas de marcha durante todo o percurso do veículo, eliminando variações na condução com caixa manual provocadas pelo cansaço do motorista, que resultam em perdas de performance e maior consumo de combustível.
Segurança – “Um dos principais predicados da caixa I-Shift é trabalhar em conjunto com o freio motor VEB em descidas. Ela realiza trocas de marchas precisas garantindo que o freio motor entregue sempre sua máxima potência de frenagem, aumentando as velocidades médias e garantindo total segurança em descidas de serra, por exemplo”, explica Valério, ressaltando ainda que a transmissão Volvo “garante maior durabilidade da embreagem e menor desgaste de pneus”.
Presença maciça – Assim como em outros mercados internacionais, no Brasil a aceitação foi espetacular.
Nunca vista no setor de transporte comercial nacional, primeiro em sua versão importada da Suécia, a caixa representou 3% das vendas nos primeiros três anos, mas depois decolou: 8% em 2007; 16% em 2008; 40% em 2009; 56% em 2010; 74% em 2012; até chegar aos atuais 100%.
“Desde 2019, todos os caminhões FH, FM e FMX produzidos pela Volvo no Brasil saem com I-Shift”, assegura o gerente. Atualmente, a transmissão também equipa boa parte dos modelos VM e a totalidade dos ônibus rodoviários pesados da marca produzidos no País.
No final de 2020, mais de um milhão de caminhões Volvo haviam sido vendidos com a caixa.
“Temos I-Shift em todo o mundo”, destaca diz Pär Bergstrand. A transmissão é resultado de anos de trabalho da engenharia da Volvo, do feedback de clientes para o processo de desenvolvimento e dos avanços tecnológicos da marca.
Várias gerações – Foram vários lançamentos. A I-Shift que hoje equipa os caminhões Volvo é a sexta geração.
A transmissão atual tem uma inteligência ainda mais sofisticada. A conexão entre a caixa e os módulos da arquitetura eletrônica do caminhão foi fortemente ampliada, para trocas mais rápidas de marchas, diminuição no consumo, melhor comportamento do acelerador, melhor performance em aclives e mais conforto para o motorista.
Com 12 marchas a frente e quatro a ré, ela gerencia melhor a relação com o motor, proporcionando um maior aproveitamento da potência, principalmente nos momentos em que o veículo precisa manter a velocidade média para vencer trechos de estrada com subidas. Esta geração proporcionou ainda desempenho otimizado nos motores de 540cv.
I-See – “A nova inteligência entende qual é o momento adequado para despender mais potência e garante um comportamento correto para cada situação”, afirma Valério.
Associada ao avançado sistema I-See e aos sensores posicionados na caixa, esta geração entende perfeitamente qual a carga transportada, bem como a topografia a sua frente, otimizando as trocas e garantindo baixo consumo de combustível com maior velocidade média.
Super reduzida – A I-Shift tem também uma versão com marchas super reduzidas, que garante capacidade de arranque excepcional para cargas pesadas em situações difíceis.
Ela possibilita agregar até duas novas marchas reduzidas, podendo o caminhão arrancar e transportar um peso bruto total (PBT) de até 250 toneladas em situações controladas.
A I-Shift com marchas super reduzidas permite operar com velocidades muito baixas, a frente ou em ré.
Assim, o veículo pode se deslocar a velocidades baixíssimas, de 0,5 a dois quilômetros por hora, uma condição extremamente útil em manobras de precisão, como em canteiros de obras ou tarefas de manutenção.
Produção no Brasil – O sucesso internacional da caixa I-Shift entre transportadores de todo o mundo levou ao aumento da produção em outros mercados.
Em 2011, o Grupo Volvo iniciou a fabricação da transmissão no Brasil.
Em 2020, a Volvo atingiu a produção de 100 mil unidades deste componente na fábrica da marca em Curitiba (PR).