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Emplacamentos de veículos mostram recuperação em março, mas caem no acumulado do trimestre

Falta de componentes e lockdown são gargalos do setor.

Mesmo com o fechamento do comércio, em muitas cidades, o mês de março/2021 teve alta de 8,26%, nos emplacamentos de veículos automotores, sobre o mesmo mês de 2020, que marcou o início da pandemia do Coronavírus no Brasil.

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No acumulado do trimestre de 2021, no entanto, houve retração de 6,55% na comercialização de veículos em geral, sobre igual período do ano passado.

Todos os segmentos automotivos continuam sofrendo com problemas de abastecimento de produtos pela indústria, afetada pela falta de peças e componentes, e pela paralisação da produção, em algumas unidades fabris.

A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou, nesta terça-feira, 6 de abril, que os emplacamentos de veículos, considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), fecharam o mês de março/2021 com alta de 8,26% sobre março/2020, chegando a 269.944 unidades vendidas, contra 249.357 unidades, emplacadas em março do ano passado.

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Sobre fevereiro (242.066 unidades), o desempenho de março/2021 foi ainda melhor, com alta de 11,52% nos emplacamentos.

“Muitas dessas vendas já tinham sido realizadas, nos meses anteriores, e os clientes estavam aguardando a entrega dos veículos, pelos fabricantes, o que ocorreu em março. Isso justifica o bom desempenho do mês, mesmo com o fechamento do comércio em estados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo”, observa o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior.

Mesmo com os resultados positivos de março, o saldo do primeiro trimestre foi de queda, de 6,55%, no acumulado de janeiro a março/2021, quando foram emplacadas 786.083 unidades, contra 841.173 veículos, comercializados no primeiro trimestre de 2020.

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Em função das incertezas do momento, a FENABRAVE decidiu não rever as projeções para o ano de 2021 ao final deste 1º. trimestre.

“Aguardaremos a evolução da pandemia e seu impacto no cenário econômico para podermos avaliar melhor as projeções e indicadores do setor, o que deve ocorrer até o final do 1º. semestre”, pondera Alarico Assumpção Júnior.

Falta de produtos e lockdown – O Setor da Distribuição de Veículos continua enfrentando desafios com a falta de produtos e o aumento das restrições de circulação, por conta da pandemia.

“Os concessionários de veículos estão passando por um período muito difícil. Em 2020, quando ocorreu a primeira onda da pandemia da COVID-19, tínhamos estoques e a indústria trabalhava sem problemas de abastecimento. Hoje, os estoques, praticamente, não existem, tanto nas concessionárias como nos pátios das montadoras. A falta generalizada, de peças e componentes, vem provocando a paralisação das linhas de montagem de várias montadoras, prejudicando a oferta de veículos”, analisa Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.

O Presidente da entidade mencionou, também, a piora da pandemia no Brasil como um dos fatores para a queda na comercialização de veículos novos no país.

“Apesar de as Concessionárias não gerarem aglomeração e obedecerem, rigidamente, aos protocolos sanitários, preconizados pelo Ministério da Saúde, elas têm sofrido com o fechamento das áreas de vendas, na maior parte dos estados que decretaram lockdown. Onde os protocolos estão mais rígidos, apenas as áreas das oficinas estão funcionando, por serem consideradas serviços essenciais”, explicou Assumpção Júnior.

No ranking histórico, desde 1957, o mês de março/2021 está na 15ª posição e o acumulado do trimestre está na 14ª posição.

Acompanhe, a seguir, o desempenho de cada segmento automotivo:

Automóveis e Comerciais Leves – Os segmentos de Automóveis e Comerciais Leves apresentaram alta de 13,69% em março de 2021 (177.109 unidades emplacadas), se comparados com o mesmo mês do ano passado (155.784 unidades).

Com relação a fevereiro de 2021, quando foram licenciadas 158.226 unidades, houve alta de 11,93%.

Já no acumulado do 1º trimestre do ano, houve retração de 6,5%, totalizando 497.885 Automóveis e Comerciais Leves emplacados, contra os 532.506 registrados no mesmo período de 2020.

No ranking histórico, o mês de março de 2021 está na 13ª posição e, no acumulado do ano, na 12ª colocação.

Caminhões – Apesar de ainda faltar produtos, para atender a alta demanda, as vendas de Caminhões permanecem aquecidas e as entregas melhoraram um pouco.

Em março, foram emplacados 10.796 Caminhões, numa alta de 65,79% sobre março de 2020, quando foram vendidas 6.512 unidades do veículo.

“Apesar do alto percentual de elevação, vale ressaltar que a comparação se dá por uma base muito baixa, registrada em 2020”, revela o Presidente da FENABRAVE.

Já na comparação com fevereiro de 2021, quando foram emplacados 7.718 Caminhões, o aumento foi de 39,88% e, no acumulado deste primeiro trimestre do ano (25.776 unidades), houve acréscimo de 27,55% sobre igual período do ano passado, quando foram comercializados 20.209 Caminhões.

No ranking histórico, o mês de março de 2021 está na 5ª posição, e o acumulado ocupa a 6ª colocação para Caminhões.

Ônibus – Em março, o mercado de Ônibus emplacou 1.500 unidades, o que significa alta de 15,83% sobre março de 2020, quando foram negociadas 1.295 unidades.

Sobre fevereiro/2021, que teve 1.428 Ônibus emplacados, o crescimento de março representou alta de 5,04%.

No acumulado do 1º. Trimestre de 2021, no entanto, foram emplacados 4.252 Ônibus, o que significa queda de 19,68%, na comparação com 2020 (5.294 unidades).

“As vendas de Ônibus se mantêm em um nível baixo, por conta da retração da demanda, como consequência do avanço da segunda onda da COVID-19.

As restrições de circulação e cancelamento de viagens continuam afetando as empresas do setor”, explica Assumpção Júnior.

No ranking histórico das vendas de Ônibus, o mês de março está na 16ª posição e o acumulado de 2021 ocupa a 14ª colocação.

Implementos Rodoviários – O mercado de Implementos Rodoviários, que acompanha a evolução de Caminhões, registrou, em março de 2021, 7.983 unidades emplacadas, num crescimento de 93,76% sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 4.120 unidades, e de 21,01% sobre fevereiro deste ano (6.597 unidades).

No acumulado do ano, houve crescimento de 61,79% (21.306 unidades) sobre igual período de 2020 (13.169 unidades).

Motocicletas – Em março, o segmento de Motocicletas registrou 62.290 unidades emplacadas, o que significa uma baixa de 17,38% sobre março de 2020, quando foram comercializadas 75.392 motos.

Em relação ao mês de fevereiro de 2021, quando 57.426 motos foram vendidas, houve alta de 8,47%.

No acumulado do 1º. trimestre de 2021, os emplacamentos de Motocicletas somaram 205.553 unidades, um resultado que, se comparado às 246.920 unidades, comercializadas em igual período de 2020, demonstra uma baixa de 16,75%.

“O mercado de Motocicletas continua aquecido, mas ainda há impactos específicos na produção, que têm afetado o abastecimento para as Concessionárias. Devido a essas dificuldades pontuais, muitas vendas estão com programação de entrega para até 60 dias, mas a indústria vem, aos poucos, se recuperando. Desde o início da pandemia, em 2020, as Motocicletas vêm se consolidando como uma alternativa de transporte individual e de trabalho. O crédito está favorável a quem pretende adquirir Motocicletas, com a aprovação de 4,7 propostas para cada 10 enviadas aos bancos”, avalia o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior.

No ranking histórico de motos, o mês de março de 2021 está na 21ª colocação e, no acumulado do ano, na 18ª posição.

Tratores e Máquinas Agrícolas têm bimestre positivo – OBS.: Por não serem emplacados, os Tratores e as Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.

Em fevereiro de 2021, as vendas de Tratores e Máquinas Agrícolas atingiram 3.606 unidades, numa alta de 16,89%, na comparação com o mês de janeiro, quando foram comercializados 3.085 veículos.

Na comparação com fevereiro de 2020, quando foram vendidas 2.606 unidades, a alta foi de 38,37%.

Também no acumulado do 1º. Bimestre de 2021 houve crescimento nas vendas de Tratores e Máquinas Agrícolas.

Foram negociadas 6.691 unidades, o que representa crescimento de 33,23% sobre as 5.022 unidades vendidas no mesmo período do ano passado.

“Com o cenário positivo para o agronegócio, considerando o bom desempenho das commodities e as boas perspectivas para o setor, a demanda de Tratores e Máquinas Agrícolas se mantém aquecida”, explica o Presidente da FENABRAVE.

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