Reduzir a emissão de gases, limitar o aumento da temperatura do planeta em 2ºC e diminuir o aquecimento global, compromisso firmado por 195 países e a UE na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), tem sido também objetivo a ser alcançado pela indústria automotiva, que tem fabricado veículos mais eficientes.
Na Europa em 2030, a emissão de CO2 deve chegar a 59 g/km nos veículos.
“Tecnologias como os veículos elétricos, híbridos e a hidrogênio são alternativas aos movidos a combustível fóssil. No entanto, apesar dessa necessidade de transição tecnológica, é preciso considerar também, no Brasil, os combustíveis renováveis, como o etanol e biodiesel, deverão manter os motores a combustão como tecnologia aliada a mobilidade sustentável”, afirmou o Eng° Everton Lopes, gerente executivo do Centro Tecnológico Mahle Metal Leve e diretor Executivo da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, no dia 7 de abril, quando apresentou o tema “Eficiência energética e emissões de gases na indústria automotiva”, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais.
Haverá espaço para a eletrificação, os combustíveis alternativos e para as melhorias do motor a combustão.
“A indústria automotiva seguirá com seus esforços para atingir melhores resultados com relação à diminuição da emissão de gases e também proporcionar maiores benefícios ao Planeta, à saúde, qualidade de vida e conforto das pessoas, investindo mais em motores de menores cilindradas (3 cilindros), injeção direta, motores turbos, transmissão automática, eletrônica embarcada e sistema start/stop e sistemas eletrificados”, comentou.
Para melhor eficiência energética estão surgindo novas tecnologias em óleos de baixa viscosidade de motor e câmbio, indicador de troca de marcha, alterações aerodinâmicas na carroceria e peso, direção elétrica, maior número de marchas, redução de resistência de rolamento em pneus “verdes”, novas famílias de motores, bombas d’água e de óleo eletrificadas, entre outras.
Ressaltou também que é preciso estar atento a toda cadeia quando se fala em emissão de CO2 e não somente à utilização do veículo.
“a produção do combustível também emite CO2, assim como produção de bateria e recarga do veículo elétrico”, finalizou.
Para o presidente da Abrafiltros, João Moura “essa é uma pauta de extrema relevância e um grande desafio para países menos desenvolvidos. De fato, é preciso pensar num futuro sustentável e o mundo tem caminhado neste sentido”.
O evento, dividido em três momentos, iniciou com a participação de Daniel Zocchio, membro da equipe técnica da Abrafiltros, abordando as “Características dos nãotecidos e aplicações no segmento de filtração”.
Em seguida, Luís Meneses Filho, vice-presidente do Grupo Solavite, apresentou o tema “Tecnologia para o tratamento corretivo e preventivo de incrustações em águas industriais” e depois foi a vez de Lopes falar sobre a eficiência energética dos veículos.
O próximo “Abra Talks” acontece no dia 13 de maio – Dia do Automóvel – e continuará explorando a eletrificação dos veículos.
Para participar, basta se inscrever de forma gratuita no link: https://forms.gle/rzQWVfQCp4M7M1ez5.