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Conversão de veículos para gás natural cresce 86% em meio ao aumento de combustíveis

Usuário deve ficar atento à inspeção de segurança veicular obrigatória e à busca por oficinas especializadas para evitar explosões e acidentes com o cilindro de gás

Com a alta desenfreada do combustível no Brasil, muitos brasileiros estão em busca de alternativas para economizar.

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Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a setembro deste ano foram realizadas mais de 160 mil conversões de veículos para gás natural veicular (GNV), um aumento de 86% quando comparado ao mesmo período do ano passado, onde foram feitas 86 mil instalações.

Quem está disposto a embarcar nesta mudança deve ficar atento a necessidade da inspeção de segurança veicular obrigatória, que deve ser realizada logo após a conversão para preservação da vida e do meio ambiente, isso porque o cilindro que armazena o GNV é abastecido em alta pressão – 220 bar -, que é suficiente para encher 100 pneus de um carro popular, e que pode causar um grande acidente se não estiver alinhado com as conformidades necessárias.

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Além disso, durante a inspeção são verificados os índices de poluentes emitidos pelo veículo que devem respeitar os limites de emissão estabelecidos pelas normas vigentes.

Para os interessados em realizar a conversão do veículo para GNV, o primeiro passo é procurar uma oficina especializada no segmento, que deve estar registrada no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

O passo seguinte é solicitar autorização prévia ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para instalação do sistema.

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Em posse do atestado da qualidade, notas fiscais de instalação e dos documentos emitidos pela oficina, é necessário levar o veículo a uma instituição técnica licenciada em Engenharia Veicular pelo Senatran e acreditada como Organismo de Inspeção de Segurança Veicular pelo Inmetro.

O veículo deve ser submetido à inspeção imediatamente após a instalação do sistema GNV. “A inspeção de segurança veicular é indispensável para preservação da vida.

Historicamente, todos os acidentes nos sistemas GNV instalados aconteceram, comprovadamente, em veículos que não estavam regularizados ou com as inspeções periódicas em dia, além de não ter o Selo de Segurança GNV do Inmetro vigente”, explicou o vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Claudio Torelli.

De acordo com Torelli, para não ter o veículo reprovado na inspeção é fundamental que o interessado verifique o funcionamento dos equipamentos de segurança obrigatórios, que são todos os itens que podem ser passíveis de multa em blitz de trânsito, como lâmpada de placa, limpador de para-brisas, lâmpadas led (que só valem as que são instaladas pela fábrica), entre outros. Já os itens mecânicos são verificados por uma linha de inspeção eletromecânica informatizada.

Para os veículos aprovados é emitido o Certificado de Segurança Veicular (CSV), que deve ser entregue ao Detran.

A inspeção verifica todos os itens de segurança do veículo – aproximadamente 130 -, inclusive pneus, freios, alinhamento e suspensão.

Além disso, é verificado se todos os componentes do sistema GNV são certificados e se constam no site do Inmetro.

Durante a inspeção, também é averiguada a existência de vazamentos e se a instalação está de acordo com as normas e regulamentos vigentes.

Quando o automóvel está habilitado é emitido o Selo de Segurança GNV do Inmetro, que deve renovado anualmente por ocasião do licenciamento.

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