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Primeiro Baja movido a hidrogênio do mundo foi apresentado em Competição Fórmula SAE Brasil

O evento, que contou com o apoio da Air Products Brasil, reuniu estudantes de ensino superior para aplicação de hidrogênio nos veículos Baja e Fórmula SAE

A Competição Fórmula SAE Brasil – Total Energies, primeira edição presencial do evento, após dois anos no formato virtual, teve o primeiro Baja (tipo de modificação feita sobre o chassi do Fusca), movido a hidrogênio do mundo funcionando.

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O projeto Júpiter, dos alunos da Equipe Unicamp Baja SAE, surgiu por causa do desafio proposto em 2020, voltado para a construção de veículos movidos a células de hidrogênio.

O Júpiter é um veículo off-road que detêm as vantagens de um veículo elétrico, mas sem a necessidade de longos períodos de abastecimento e grandes packs de bateria, uma vez que utiliza como principal fonte de potência elétrica para o carro uma Célula de Hidrogênio.

“A inspiração para o nome é o maior planeta do sistema solar, composto por 85% de hidrogênio. Nosso desenvolvimento envolve intensa integração entre diversas tecnologias fundamentais para seu funcionamento e contamos com o Fundo Patrimonial dos Patronos para os investimentos, cursos e tutoriais com os professores, a fim de arrecadar fundos para os componentes”, conta Alessandro Forgioni Buccioli, capitão da equipe.

“Foi muito importante o apoio do comitê da SAE e a ajuda da Air Products, em especial com relação à doação e procedimentos de segurança para o uso do hidrogênio e estamos muito confiantes no nosso projeto e no potencial do hidrogênio para o futuro da mobilidade”, completa.

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Para Janito Vaqueiro Ferreira, professor adjunto da Faculdade de Engenharia Mecânica Unicamp, o desafio foi enorme e importantíssimo para os estudantes.

“Estou no Baja há cerca de 20 anos e fico fascinado ao ver o progresso de cada um no decorrer no processo. Para eles é um grande aprendizado, em especial no uso do hidrogênio e das ferramentas que ensinamos no curso.”

O projeto SAE BRASIL Student H2 Challenge representa uma iniciativa pioneira, na qual estudantes de ensino superior tiveram a oportunidade de trabalhar com tecnologia de ponta e interagir com engenheiros experientes das indústrias nacional e internacional, na aplicação de hidrogênio nos veículos Baja e Fórmula SAE.

A competição entre estudantes, organizados em equipes e supervisionados por professores orientadores, contemplou todo o ciclo de desenvolvimento de um produto, desde a fase de concepção até a entrega final.

Os temas selecionados foram: veículos elétricos a hidrogênio, tecnologia de célula a combustível, segurança do hidrogênio, fontes de produção de hidrogênio, tendências internacionais da mobilidade a hidrogênio, design, abastecimento de hidrogênio, transformação energética, entre outros.

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Para Ronaldo Bianchini, gerente geral da SAE Brasil, a mobilidade a hidrogênio é o futuro e o evento oferece essa oportunidade de formar esses profissionais por meio de um conhecimento único, que se dá por meio de aprendizado e execução.

“Estamos cumprindo o nosso propósito, como casa do conhecimento para esses jovens, porém sem o apoio das empresas parceiras não seria possível”, afirma.

Monica Saraiva Panik, mentora da Mobilidade a Hidrogênio da SAE Brasil, diretora institucional da ABH2 (Associação Brasileira de Hidrogênio) e curadora do BW Expo Summit Digital, agradece a Air Products pela doação do hidrogênio para esta primeira competição e afirma que para o próximo ano pretende abastecer os veículos no local, a partir de uma estação.

“Vamos mostrar a todo o Brasil que é um abastecimento seguro, que qualquer pessoa pode fazer. Eu já estou até sonhando com esse abastecimento”, conta.

Daniel Bueno Silveira Lima, engenheiro de desenvolvimento de produto da Embraer e organizador SAE Brasil, afirma que o desafio de criar a tecnologia para a competição de veículos movidos a hidrogênio, categorias Baja e Fórmula, foi muito importante para ter acesso aos especialistas e pelo aprendizado para trabalhar com o hidrogênio, um gás muito potente, capaz de acumular muita energia, mas que exige cuidados com a segurança.

“Estamos conseguindo provar aqui na competição que é possível, já que o hidrogênio permite uma autonomia maior e tem alta capacidade armazenada de energia, apesar do peso menor. Isso leva a um grande ganho de eficiência, com um pacote de baterias praticamente desprezível comparado ao carro 100% elétrico”, explica.

Segundo Edson Basílio, gerente de aplicações e desenvolvimento da Air Products, foi muito gratificante participar do evento.

“Ser pioneiro nesse mercado tão importante, uma vez que o hidrogênio é o combustível do futuro, mostra o potencial da Air Products como fornecedora para movimentar os carros com baixa emissão de carbono”, conclui.

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