No mês em que registrou o recorde nacional de emplacamentos da série histórica da ABVE, o mercado de veículos leves eletrificados em maio teve mais um motivo para comemorar: o avanço dos veículos plug-in (BEV e PHEV), que já representam metade das vendas desse segmento.
Dos 6.435 eletrificados vendidos em maio, 50,2% foram híbridos HEV (3.228) e 49,8% foram elétricos plug-in PHEV ou BEV (3.207). Esses números indicam uma evolução qualitativa do mercado, que aposta em veículos ainda menos poluentes e mais sustentáveis.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, do total de 26.014 eletrificados, aqueles percentuais tiveram pequena variação: 52,8% foram veículos híbridos não plug-in (13.745) e 47,2% foram elétricos plug-in (12.269).
Uma comparação com o mesmo período de 2022 mostra como o mercado de eletrificados está se modificando no Brasil. De janeiro a maio de 2022, de um total de 16.354 veículos emplacados, 67,6% deles eram híbridos HEV não plug-in (11.059) e apenas 32,4% eram elétricos plug-in (5.295).
As vendas de elétricos plug-in (BEV e PHEV) cresceram 132%, na comparação entre janeiro a maio de 2022 e o mesmo período de 2023 (de 5.295 para 12.269).
MAIOR OFERTA – Esta evolução reflete a maior oferta de modelos de eletrificados disponíveis e o aumento do número de montadoras de veículos em operação no Brasil.
Em 2022, eram 27 montadoras e hoje são 34, com destaque para os modelos 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) da Volvo, CAOA Chery, BMW, BYD e GWM.
Entre janeiro e maio de 2022, havia 142 modelos de veículos leves eletrificados comercializados no Brasil, sendo 56 BEV, 55 PHEV e 31 HEV (flex a etanol e a gasolina).
Neste ano, no mesmo período, foram emplacados 216 modelos, sendo 86 BEV, 75 PHEV e 55 HEV.
Outro fator relevante é o crescimento de eletropostos de recarga elétrica, que também podem são considerados parâmetros para a análise do avanço da eletromobilidade no país.
Segundo estimativa do Grupo de Infraestrutura da ABVE, havia 2.955 eletropostos públicos e semipúblicos em operação no Brasil, número que aumentou para cerca de 3.200 em maio.
A instalação de novos equipamentos tem ocorrido quase que diariamente, muitas delas por iniciativa das próprias montadoras, o que tem contribuído para aumentar a confiança dos possíveis compradores de veículos elétricos.
Esse conjunto de fatores explica o recorde de vendas de maio de 2023, com 6.435 unidades, superando o recorde anterior de setembro de 2022 (6.391).
Esses 6.435 emplacamentos representam um aumento de 90% sobre os 3.387 de maio de 2022 e de 34% sobre os 4.793 de abril deste ano.
Os números consolidam o primeiro semestre de 2023 (até maio) como o melhor da série histórica da ABVE, iniciada em janeiro de 2012 (ver quadro abaixo).
MARKET SHARE – A participação de mercado dos eletrificados leves também continua a crescer.
Em maio, atingiu o recorde de 3,86% de market share sobre o total de vendas domésticas de vA ABVE cumprimenta o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) pela publicação, no último dia 22 de junho, da Resolução 996, que regulamenta as condições de trânsito em vias públicas de ciclomotores, e-bikes e os chamados veículos elétricos levíssimos autopropelidos.
A ABVE agradece a disposição de diálogo dos especialistas da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran/Ministério dos Transportes), que atenderam a maior parte das propostas de aperfeiçoamento da legislação em vigor sobre veículos elétricos levíssimos apresentadas ao longo de mais de dois anos pela ABVE e entidades parceiras, como Aliança Bike.
Registra, especialmente, a oportuna e decisiva audiência pública sobre o tema, promovida no dia 12 de maio, no Ministério dos Transportes, em Brasília, com ampla participação dos diretores do Grupo de Veículos Levíssimos da ABVE.
EXEMPLO – Cumprimento as equipes do Ministério dos Transportes pela publicação de uma importante resolução que moderniza as condições de uso e comercialização dos veículos elétricos levíssimos no Brasil” – disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.
“Este é um exemplo da atuação da ABVE: apoiar as políticas públicas que contribuam para o ecossistema da eletromobilidade no Brasil, no interesse de todo o mercado – veículos levíssimos, leves, pesados, componentes e infraestrutura”.
O vice-presidente da ABVE para Veículos Levíssimos, Rui Almeida, acrescentou: “a Resolução 996 sintetiza um conjunto de sugestões apresentadas pela ABVE e outras entidades à Senatran, ao longo dos últimos anos”.
“Ela sintoniza a legislação com a realidade do mercado de veículos elétricos levíssimos no Brasil e no mundo, reconhecendo a diversidade de produtos com diferentes características, como monociclos, e-bikes, patinetes, scooters e outros” – acrescentou.
A ABVE agradece especialmente o empenho dos técnicos do Ministério, como Maria Alice Souza (diretora de Segurança de Trânsito), Daniel Teixeira (analista de infraestrutura) e outros, sob a liderança do Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, que hoje também ocupa a presidência do Contran e assinou a Resolução 996.
DESTAQUES – O diretor do Grupo de Levíssimos da ABVE, Bernardo Omar, que participou intensamente das negociações, destacou os principais pontos da Resolução:
Autopropelidos podem ter acelerador, velocidade limitada a 32km/h, potência máxima de 1000W, largura de 70cm e distância entre eixos de até 1.30m;
Velocidade de até 32km/h e potência máxima de 1000W também acatada para bicicletas elétricas de pedal assistido (sem acelerador);
Possibilidade de uso em ruas locais e coletoras, com limite de velocidade de 40km/h para os autopropelidos;
Anistia para registro e emplacamento dos ciclomotores importados até a data de publicação da nova resolução.
Márcio Canzian, outro diretor de Levíssimos da ABVE, concluiu:
“Foi realmente um processo de debate muito produtivo, resultando numa resolução em que praticamente todos os pontos foram atendidos, especialmente para monociclos, patinetes e e-bikes. Parabéns à ABVE pela liderança desse trabalho, em conjunto com a Aliança Bike”.
Santander reduz taxa para incentivar uso do carro elétrico – Banco se une à Aliança pela Mobilidade Sustentável liderada pela 99 e, como primeira medida, vai dar condição especial para facilitar novos financiamentos
No mês em que celebra o meio ambiente em todo o mundo, o Santander – banco que mais financia carros no país e único a ter um ecossistema completo para apoiar o setor – anuncia sua entrada na Aliança pela Mobilidade Sustentável.
Desenvolvido e liderado pela 99, o grupo já conta com outras 11 companhias e busca fortalecer o ecossistema de eletrificação de veículos leves no Brasil, cobrindo desde a produção de automóveis, passando pela instalação de infraestrutura de carregamento, até soluções financeiras para a eletrificação de frotas, além de incentivar facilidades para a compra e aluguel de veículos elétricos e híbridos.
A primeira medida do Santander como membro da Aliança é reduzir, a partir desta semana, em 15% a taxa de juros para qualquer consumidor elegível ao crédito que optar por financiar um carro elétrico ou híbrido, no lugar de um modelo tradicional à combustão. A aplicação do desconto de 15% é automática no fechamento da proposta, o que é feito a partir do modelo do veículo negociado.
“O Santander está hiperconectado aos objetivos da Aliança encabeçada pela 99, uma vez que para fomentar a descarbonização do setor de transportes e a mobilidade sustentável precisamos agir de forma colaborativa e em parcerias estratégicas”, afirma Cezar Janikian, diretor da Santander Financiamentos.
O executivo adianta que o Santander planeja colocar todo o seu ecossistema automotivo em favor das ações apoiadas pela Aliança, que tem como um dos objetivos principais aumentar a participação dos veículos elétricos entre carros novos para 10% das vendas até 2025. Hoje, o índice é de apenas 2%.
“Entramos para ser o braço financeiro da Aliança pela Mobilidade Sustentável e entendemos que o incentivo à eletrificação não tem uma solução única. Temos condições e apetite para criar campanhas de incentivo à mobilidade sustentável integrando soluções do ecossistema Santander, incluindo Webmotors, Car 10, Solution for Fleet, GetNet, entre outras possibilidades como seguros e cartões”, completa.
Para Thiago Hipolito, diretor sênior de Inovação e líder do DriverLAB, um centro de inovações 100% focado nos motoristas parceiros da 99, “a chegada do Banco Santander na Aliança é fundamental para contribuir com nossa ambição de, até 2025, chegar a 10 mil veículos eletrificados rodando pela 99 e de fomentar a expansão das estações de carregamento com a criação de 10 mil pontos públicos de recarga. Além disso, queremos auxiliar na implementação de ações para estimular a mobilidade elétrica no Brasil, diminuindo as barreiras para a aquisição de carros eletrificados, facilitando o aluguel entre motoristas de aplicativo, fornecendo apoio às montadoras e a outras empresas da cadeia, como fornecedores de peças para esses veículos e muito mais”, conclui.