Remanufatura como elemento vital de sustentabilidade – Um ciclo fechado de materiais é um dos objetivos centrais de sustentabilidade da ZF, porque a empresa estabeleceu como meta se tornar neutra para o clima até 2040. A remanufatura é parte essencial dessa iniciativa e já tem uma longa e respeitada história na ZF.
A empresa é hoje um dos maiores fornecedores globais de peças de reposição automotivas remanufaturadas. No total, a ZF oferece mais de 5,5 mil peças diferentes remanufaturados em 20 unidades da ZF em todo o mundo – desde pinças de freio e sistemas de direção, até transmissões automáticas.
Como as peças usadas estão sujeitas a certas restrições de exportação e importação, a capacidade de produção é necessária no maior número possível de regiões. Além disso, isso garante rotas de transporte mais curtas e, portanto, mais economia de CO₂. Por meio dessas atividades, o Grupo ZF conseguiu evitar a emissão de CO₂ equivalente a mais de 32 mil toneladas, em comparação com a produção de peças novas em 2022.
A definição de remanufatura foi estabelecida em 2016 em cooperação com várias associações internacionais, e a metodologia da ZF é baseada nisso. A remanufatura é um processo industrial utilizado para processar peças usadas de modo que elas possam desempenhar a mesma função de uma peça nova.
Elas recebem a mesma garantia de uma peça nova e 100% de todas as unidades remanufaturadas são testadas conforme os padrões do mercado de peças originais.
As peças remanufaturadas diferem das peças usadas pelo fato de que:
- Têm a mesma geometria de uma peça nova;
- Todas as peças individuais estão limpas;
- Os componentes desgastados ou defeituosos (vedações, fixadores, etc.) são substituídos;
- Representam o status mais recente de produção e software;
- São totalmente testadas.
O processo de produção na remanufatura também deve atender a determinados critérios. Todas as peças usadas devolvidas (núcleos) são completamente desmontadas e limpas. As peças desgastadas são separadas e os componentes reutilizáveis são trabalhados usando processos de manufatura adequados (fresagem, retificação, usinagem, etc.). Após a montagem, todos os produtos são testados utilizando os mesmos métodos de medição e testes de uma peça nova.
Os especialistas da ZF Aftermarket, que atuam no Brasil, destacaram a aposta no transporte de peças por navio para reduzir emissões na logística, através da operação de cabotagem ou ferroviária – que oferece uma redução de cerca de 70% na emissão de CO₂, quando comparado com o transporte rodoviário.
Fabricio Spadine, gerente de vendas da ZF Aftermarket, destacou a importância da cabotagem como uma tendência daqui pra frente, e, ao mesmo tempo, a importância da entrega no tempo certo. Atualmente, desde 2022, dois trechos já são operados pela ZF para o transporte de componentes para o segmento de reposição, fazendo a ligação entre o centro de distribuição de Itu (SP), passando pelo porto de Santos (SP) chegando até o Ceará ou no segundo trecho, tendo Pernambuco como destino final.
A aplicação dessa estrutura oferece uma redução de mais de 70% das emissões de CO₂ na operação de transporte da fabricante, ou uma economia de 1,8 mil litros de diesel em cada viagem, ainda assim, o transporte rodoviário é utilizado na distribuição regional das peças, mas é bem possível que passem a utilizar combustíveis alternativos.
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