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Com um dia útil a mais em outubro, emplacamentos de veículos se mantém nas projeções do setor

Com 21 dias úteis em outubro, contra 20 dias em setembro, o volume de emplacamentos de veículos se mostrou positivo, para quase todos os segmentos, exceto caminhões e máquinas agrícolas, que permanecem em queda, tanto no mês, quanto no acumulado do ano.

Segundo a FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em outubro, os emplacamentos de veículos, considerando todos os segmentos, tiveram alta de quase 7% em relação a setembro. O resultado, que foi 18,4% superior ao registrado em outubro do ano passado, faz com que, no acumulado dos 10 primeiros meses de 2023, o setor apresente crescimento de mais de 13%.

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“O dia útil a mais, em outubro, favoreceu o desempenho de quase todos os segmentos automotivos, que se mantiveram estáveis, acumulando crescimento dentro das expectativas da FENABRAVE. Para caminhões, no entanto, o saldo continuou negativo, pois esse segmento ainda sofre com o preço da troca da tecnologia para o EURO 6 e com o crédito muito seletivo”, argumenta o Presidente da FENABRAVE, José Maurício Andreta Jr.

O crédito para o setor – Em relação ao crédito, o Presidente da FENABRAVE lamentou o veto ao trecho que previa a retomada de veículos de forma extrajudicial no Marco Legal das Garantias (Lei 14.711), sancionado dia 30 e publicado em 31 de outubro. “O custo do crédito afeta o poder de compra dos brasileiros e é preciso mecanismos que deem maior segurança jurídica aos credores, para que, dessa forma, seja avaliada a possibilidade de diminuir os encargos dos financiamentos.

Precisamos de medidas de estímulo ao crédito no País e tínhamos confiança de que o Marco Legal das Garantias poderia contribuir para isso”, afirma Andreta Jr.

Segundo Andreta Jr., “o Setor da Distribuição de Veículos precisa de escala no varejo para operar de forma sustentada e a Lei de Retomada do Bem seria um forte aliado, reduzindo a restrição de aprovação das fichas cadastrais dos consumidores, nos financiamentos dos veículos”, alerta Andreta Jr., complementando: “Quem mais sofre, com esse veto, são os consumidores”.

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Emplacamentos em outubro e acumulado do ano:

Avaliação por segmento:

Automóveis e Comerciais leves – Graças a um dia útil a mais no calendário, os segmentos de autos e leves permaneceram estáveis em outubro. No acumulado do ano, o resultado até supera as projeções da FENABRAVE, que apontam para um aumento de 7,3% esse ano. “Se alcançarmos a escala necessária, poderemos expandir o mercado, em 2024. Para isso, necessitamos de uma política permanente para o setor”, argumenta Andreta Jr., presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves Eletrificados – Do total emplacado de automóveis e comerciais leves eletrificados (híbridos + elétricos), a evolução superou 73% de aumento, no acumulado de 2023, contra 2022. Mas, os volumes ainda são pequenos (67.056 unidades), se comparados aos veículos do mesmo segmento, movidos à combustão, que representam mais de 1.700.000 autos e leves no mercado.

Do total de eletrificados, os híbridos dominam, com 56.955 autos e leves emplacados até outubro, contra 10.101 puramente elétricos, comercializados no mesmo período. “Os volumes e percentuais de crescimento nos mostram que a opção do consumidor tende para o veículo híbrido”, analisa o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr. Apenas em outubro, foram comercializados 9.537 autos e leves eletrificados no Brasil, dos quais 2.370 elétricos e 7.167 híbridos.

Caminhões – Apesar de ainda inferior ao resultado de outubro do ano passado, o segmento apresentou recuperação no mesmo mês este ano. “Os caminhões ainda sofrem severa retração no acumulado, fruto das altas taxas de jutos, seletividade no crédito, para financiamentos, e preço do EURO 6.A troca de tecnologia vem se consolidando e podemos dizer que o EURO6 já compõe 50% das aquisições deste ano. Contudo, é importante ressaltar que o preço desses veículos é mais elevado, na comparação com os da tecnologia anterior, o que faz o transportador ficar reticente em relação à sua compra, pois o frete não acompanhou essa evolução”, revela Andreta Jr.

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Também os caminhões elétricos sofreram queda de 44,92% no acumulado deste ano, passando de 610 unidades emplacadas em 2022, para 336 até outubro deste ano.

Ônibus – Os emplacamentos de ônibus seguem em ritmo positivo no ano, com o segmento consolidando sua recuperação na área de transporte rodoviário e urbano, impulsionado pelo Programa Caminho da Escola. “Este ano, os ônibus têm mostrado uma recuperação sólida e os emplacamentos devem fechar 2023 com uma das maiores altas de todo o setor automotivo, podendo até superar as estimativas da FENABRAVE. O melhor é que já temos lastro para 2024, com as homologações para o Programa Caminho da Escola”, afirma Andreta Jr.

Implementos Rodoviários – Com preço mais acessível do que os caminhões EURO 6, os implementos rodoviários têm sido a opção dos transportadores para a renovação parcial de sua frota, principalmente, os chamados bitrens, voltados a caminhões extrapesados.

Com isso, ao contrário da retração inicial esperada, o segmento vem apresentando sucessivas altas em 2023. “Os transportadores têm adquirido novos implementos para acoplar nos chamados cavalos (caminhões) que ainda estão em condições de uso. Muitas vezes, um mesmo caminhão pode utilizar até dois implementos, pois, enquanto um descarrega a mercadoria, outro carrega nova carga para transportar”, explica Andreta Jr.

Segundo o Presidente da FENABRAVE, o pico dos emplacamentos dos implementos rodoviários aconteceu em 2021 e, no ano passado, as vendas retraíram. “Isso explica o grande salto deste ano, em comparação com o ano passado, que foi um momento de acomodação para este segmento”, explica Andreta Jr.

Motocicletas – Mantendo a alta demanda no mercado, o segmento de motocicletas permaneceu estável em outubro, com ligeiro crescimento sobre setembro.

O setor está acompanhando a seca na região da Zona Franca de Manaus, que pode impactar na oferta das motos. “Estamos acompanhando a seca na região Amazônica, mas a demanda continua alta, apesar do crédito restrito, principalmente, para consumidores de motos de até 250 cilindradas. Esse consumidor tem explorado ferramentas como o consórcio, para a compra da sua desejada moto, um veículo que se consolidou como opção de transporte individual e para uso profissional, notadamente, serviços de entrega”, esclarece Andreta Jr.

Motocicletas Eletrificadas – As motos elétricas tiveram crescimento acumulado de 17,05% entre janeiro e outubro deste ano, totalizando 7.276 emplacamentos, contra os 6.216 registrados em igual período de 2022.

Apenas em outubro, que teve um dia útil a mais que setembro, foram vendidas 801 motos elétricas no Brasil, um percentual 20% maior do que as 667 unidades emplacadas em setembro e 17,28% a mais do que as 683 motos elétricas emplacadas em outubro do ano passado. “Estamos numa evolução constante, mas ainda em baixos volumes, sendo parte dessas motos utilizadas por empresas de entrega”, declarou Andreta Jr.

Tratores e Máquinas Agrícolas – Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Em setembro, as vendas de tratores e máquinas agrícolas apresentaram crescimento de dois dígitos, favorecidas pelos recursos disponibilizados pelo BNDES. No entanto, na comparação com setembro de 2022 e do acumulado do ano, o segmento apresenta sucessivas quedas, devendo encerrar 2023 com retração estimada em 15%. “O preço das commodities e a situação climática do País, com seca no Amazonas e excesso de chuvas na Região Sul, estão causando graves problemas ao segmento agrícola, o que nos aponta para um cenário de retração até o final deste ano”, argumenta o Presidente da FENABRAVE.

Projeções para 2023 – Revisadas pela FENABRAVE, no início de outubro, as projeções para os emplacamentos em 2023, seguem mantidas, conforme a seguir:

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