A Bosch, líder global em tecnologias e serviços, anunciou o encerramento do ano fiscal de 2023 com vendas totais de 9,8 bilhões de reais na América Latina, destacando-se o Brasil como seu principal mercado na região. Com quase 10.000 colaboradores na América Latina, a empresa planeja expandir suas operações em setores-chave, como agronegócio, mobilidade e ferramentas elétricas, apostando em inovação e sustentabilidade para impulsionar seu crescimento.
O ano de 2023 foi marcado pelo sucesso para a Bosch na América Latina, com vendas totais de 9,8 bilhões de reais na região, incluindo exportações e vendas de empresas coligadas. O Brasil, com 79% do faturamento da região, totalizando 7,9 bilhões de reais, destacou-se como o principal mercado latino-americano da empresa. Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch América Latina, expressou otimismo em relação ao futuro, ressaltando o potencial contínuo da região.
O setor de agronegócio tem sido uma área de foco para a Bosch na América Latina, dada a importância do Brasil e da Argentina na produção e exportação de grãos. A empresa já está fornecendo soluções hidráulicas, componentes para veículos off-road e ferramentas elétricas para o setor agrícola. Além disso, está investindo em tecnologias de agricultura inteligente, com destaque para a Solução de Plantio Inteligente da Bosch (IPS) e outras soluções inovadoras para aumentar a eficiência e a sustentabilidade no campo.
No setor de mobilidade, a Bosch Brasil está liderando um projeto para exportar para a Índia a tecnologia Flex Fuel, desenvolvida no Brasil, como parte dos esforços para promover o etanol como fonte renovável de energia. Além disso, a empresa está investindo em tecnologias de aquecimento e planeja expandir sua presença internacional nesse segmento.
“Nos últimos três anos, alcançamos um forte desempenho de vendas, com atividades extremamente bem-sucedidas em todos os setores de negócios, inclusive superando nossas expectativas – especificamente em soluções para mobilidade, ferramentas elétricas, tecnologia industrial e serviços. Para 2024, as perspectivas são positivas, mas mantemos cautela. Estamos bem-posicionados para enfrentar os próximos objetivos e a América Latina continua sendo uma região de muito potencial”, destaca Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch América Latina.
Para celebrar seu centenário na América Latina em 2024, a Bosch planeja investir cerca de um bilhão de reais em modernização de linhas de produção, digitalização, pesquisa e desenvolvimento. Além disso, está comprometida com a sustentabilidade em todas as suas operações, com iniciativas que incluem redução do uso de água, autogeração de energia solar e foco em seis pilares de sustentabilidade.
A Bosch também está investindo em educação e formação de jovens talentos, por meio da Academia de Talentos Digitais (DTA) e do Instituto Robert Bosch (INRB), visando promover o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens na região.
Stefan Hartung, CEO da Robert Bosch GmbH, destacou os planos de crescimento e inovação da empresa, apesar do ambiente econômico desafiador. A Bosch continua focada em impulsionar decisões estratégicas para o crescimento futuro, especialmente nos setores de mobilidade e tecnologia de aquecimento, enquanto investe em tecnologias para um futuro neutro em carbono.
Mobilidade: Brasil exporta tecnologia Flex para a Índia – Pioneira e referência em tecnologias para veículos movidos a biocombustíveis, a Bosch Brasil está trabalhando em um projeto para exportar para a Índia a tecnologia Flex Fuel, inovação desenvolvida pela Bosch no Brasil há mais de 20 anos, além da solução FlexStart®, que elimina a necessidade do uso do reservatório de gasolina durante a partida a frio de veículos abastecidos com etanol.
Com o objetivo de promover o etanol como fonte renovável de energia e contribuir para as iniciativas de descarbonização no país asiático, o projeto envolve cooperação técnica e de serviços de engenharia para o biocombustível, mas também pode favorecer a exportação de outros componentes, como bombas de combustível e unidades de controle.
O volume estimado, inicialmente, é para atender entre 50 e 70 mil veículos por ano, com perspectivas de aumento de acordo com a evolução das políticas e estratégias do governo indiano. Além da Índia, Suécia e Tailândia são outros países que já possuem projetos relacionados ao Flex a partir de tecnologia desenvolvida no Brasil. Atualmente, 30 países no mundo já utilizam o etanol misturado ao combustível em diferentes proporções.
