Um levantamento realizado pela KPMG identificou os principais riscos globais que podem impactar 12 setores da economia brasileira, incluindo o setor automotivo, ajudando as empresas a se alinharem e gerenciarem esses riscos de maneira eficiente.
A KPMG analisou dez fatores de valor que influenciam o preço de produtos e serviços, com o objetivo de ajudar as organizações a alinhar seus perfis de risco com empresas similares em seus setores e a promover uma avaliação eficaz dos problemas de alto potencial. Fernando Lage, sócio-líder de governança, risco e compliance da KPMG no Brasil, destaca a importância de uma visão voltada para o futuro e do investimento em tendências inovadoras para cada setor.
Os principais riscos para o setor automotivo identificados pelo levantamento são:
Lucratividade e liquidez: Oscilações nos preços de commodities e o impacto da volatilidade econômica global; custos associados à redução das classificações de crédito.
Estratégia: Necessidade de capital para atender às demandas nos mercados de combustíveis alternativos e veículos elétricos; evolução do setor automotivo para serviços de transporte.
Produção e operação: Riscos de interrupção na produção fabril devido a desastres naturais, escassez de matérias-primas, conflitos trabalhistas e fechamentos de fábricas.
Cliente: Aumento de atrasos nos pagamentos e inadimplência devido a sanções e um ambiente econômico mais fraco; elevação do custo de vida.
Conformidade: Regulamentações mais rigorosas e incertezas em relação aos fatores externos imediatos que afetam as atividades e o desempenho do negócio.
Reputação e ética: Violações de patentes e direitos de propriedade intelectual; gargalos que podem prejudicar a reputação por não atenderem à demanda do cliente.
Crescimento e concorrência: Aumento da concorrência de empresas não tradicionais; pressão competitiva e de preço devido a políticas agressivas.
Saúde, segurança e meio ambiente: Riscos ambientais e setoriais, incluindo poluição, desmatamento e acidentes industriais.
Tecnologia: Desafios na transferência, armazenamento, análise e precisão de big data; complexidade na seleção de tecnologias.
Sociedade e pessoas: Planos de pensão que podem afetar as obrigações e necessidades de caixa da empresa; transformação das necessidades de capital humano.
Ricardo Roa, sócio-líder do segmento automotivo da KPMG no Brasil, ressalta que os executivos do setor automotivo estão focados em acompanhar as evoluções globais de tecnologia e nas mudanças na percepção dos consumidores.
No entanto, a prioridade é realizar uma gestão minuciosa de riscos para mitigar ameaças que impactam diretamente a lucratividade e a operação das empresas. Com a crescente volatilidade econômica, regulamentações mais rigorosas e desafios externos, como conflitos armados e questões climáticas, investir em gestão de riscos torna-se crucial para sustentar o crescimento e enfrentar os diversos obstáculos que o setor enfrenta.