A borracha utilizada na fabricação de pneus e a borracha encontrada nos estojos escolares possuem composições e propósitos distintos, tornando impossível utilizar a borracha de um pneu para apagar lápis.
A borracha escolar é projetada para ser relativamente macia e eficaz na remoção do grafite do papel. A fabricação desta borracha envolve diversos materiais, incluindo caulim, que determina o grau de maciez ou abrasividade. Esses componentes permitem que a borracha escolar apague o grafite sem danificar o papel. Durante o processo de apagamento, o atrito faz com que o grafite se junte aos resíduos da borracha, facilitando sua remoção.
A borracha dos pneus, por outro lado, é projetada para ser extremamente dura e resistente, especialmente para suportar grandes cargas, calor, atrito e impacto. A durabilidade e resistência do pneu são atribuídas a doses mais altas de enxofre na vulcanização e a outros aditivos, como o carbono, que compõe cerca de um quinto da borracha de um pneu de carro de passeio. Essa composição faz com que a borracha dos pneus seja incapaz de apagar o grafite, pois não possui aderência suficiente com o papel e pode acabar rasgando a folha antes de remover qualquer marca.
Alex Campos de Melo Rodrigues, gerente de processos da Dunlop Pneus, explica: “Enquanto a borracha dos pneus é projetada para suportar as condições mais extremas de calor, atrito e impacto, a borracha das borrachas escolares é formulada para ser delicada e eficaz na remoção de grafite sem danificar o papel. Essa diferença fundamental na composição e propósito é o que torna impossível usar a borracha de um pneu para apagar lápis.”
Essa explicação destaca a importância dos materiais e processos específicos envolvidos na fabricação de diferentes tipos de borracha para atender às necessidades distintas de cada aplicação.