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Simpósio discute o futuro da descarbonização e a evolução dos combustíveis no Brasil

A 11ª edição do Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis da AEA abordou soluções e desafios no caminho para um futuro com menor impacto ambiental, destacando desde a renovação de frotas até políticas públicas inovadoras.

O 11º Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis, realizado pela AEA, apresentou uma visão ampla sobre as ações para descarbonizar o Brasil, com foco em regulamentações mais rígidas, inovação tecnológica e a urgência na renovação de frotas pesadas.

A Associação Brasileira de Engenheiros Automotivos (AEA) deu início ao calendário de eventos de 2025 com a 11ª edição do Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis, reunindo especialistas e líderes do setor para discutir o futuro das tecnologias automotivas em um contexto de crescente pressão por sustentabilidade e redução de emissões. O tema central do evento, “Sedimentar o futuro com um olhar crítico ao passado”, refletiu sobre os avanços e desafios na jornada rumo à descarbonização da indústria.

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Henry Joseph Junior, diretor de Sustentabilidade da Anfavea, compartilhou dados sobre a evolução da frota de veículos leves no Brasil, destacando como as mudanças tecnológicas nos motores flex fuel têm sido impulsionadas pelas políticas públicas, como o Inovar-Auto e o Rota 2030. Segundo Joseph Jr., essas políticas estão preparando o terreno para a adaptação da frota brasileira aos novos desafios de eficiência energética e redução de emissões, com regulamentações mais rigorosas no horizonte.

O Proconve, o Programa Mover e as novas resoluções do Contran são ferramentas essenciais para garantir que o Brasil atenda às metas de descarbonização. No entanto, o desafio de renovar a frota de caminhões pesados permanece um ponto crítico. José Eduardo Luzzi, do Sindipeças, destacou que, embora o marco legal já exista, a efetiva renovação da frota de pesados está longe de ser uma realidade. Ele argumentou que o programa de recompra de veículos antigos e o incentivo à modernização são essenciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente considerando que os caminhões antigos ainda representam uma parcela significativa da poluição atmosférica.

Além disso, Luzzi enfatizou a importância de criar um ambiente favorável ao financiamento de novos veículos, já que muitos caminhoneiros autônomos, com uma renda média de R$ 10 mil, enfrentam dificuldades para acessar crédito para a compra de veículos novos e mais eficientes.

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Enquanto a renovação da frota de pesados aguarda avanços, a Prefeitura de São Paulo tem avançado com ações concretas para descarbonizar a frota pública. Fábio Mariano Espíndola, da SECLIMA, destacou que o município tem como meta reduzir em 100% as emissões de GEE e 90% do material particulado da frota de transporte até 2028, com foco na eletrificação de ônibus e caminhões de coleta de lixo. Além disso, a prefeitura está investindo no uso de gás e biogás, com a introdução de 122 caminhões movidos a biogás até o final deste ano.

Paulo Saldiva, médico e especialista em saúde pública, reforçou a importância de um combate à poluição do ar como um direito de cidadania. Ele alertou para os efeitos da mudança climática nas populações mais vulneráveis e destacou a necessidade de políticas públicas regionais adaptadas à realidade de cada cidade, lembrando que em São Paulo, por exemplo, a cidade é mais adaptada para o frio do que para o calor.

A engenharia também tem um papel crucial na busca por soluções de baixo carbono, e o painel sobre eficiência energética trouxe importantes contribuições nesse sentido. Matheus Ferreira, da Mahle, falou sobre a evolução dos combustíveis e powertrains, destacando como o aumento do etanol na gasolina (de E27 para E30) pode contribuir para uma redução significativa de CO2 e melhorar a taxa de compressão dos motores, resultando em maior eficiência e menor emissão.

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Em relação à qualidade do combustível, Rogério Carvalho, da Petrobras, apresentou dados de testes com diferentes gasolinas E27 e como a densidade e teor de aromáticos impactam o desempenho e a eficiência energética dos motores flex, reforçando a necessidade de combustíveis de alta qualidade para otimizar os resultados.

Enquanto isso, o setor de motocicletas também está se preparando para a transição para modelos mais sustentáveis. Eduardo Sambuichi, da Abraciclo, destacou que o Brasil já é líder na produção de motocicletas flex fuel e que a eletrificação também está se tornando uma tendência crescente, com a produção de scooters 100% elétricos no Polo Industrial de Manaus.

Por fim, no segmento de veículos pesados, Paulo Jorge Santo Antonio, da Mercedes-Benz, apresentou um estudo sobre as emissões do poço à roda e como o uso de diesel verde, GNV, biodiesel e biometano pode ajudar a reduzir significativamente as emissões de CO2 nos caminhões.

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Taxa de Compressão: A taxa de compressão é a relação entre o volume do cilindro de um motor no momento em que o pistão está na parte inferior e o volume quando ele está na parte superior. Aumentar essa taxa pode resultar em maior eficiência do motor, pois permite que mais energia seja extraída da combustão, o que ajuda a reduzir as emissões e aumentar o desempenho do veículo.

Diesel Verde: O diesel verde é um combustível renovável produzido a partir de fontes vegetais, como óleos vegetais ou gordura animal. Ele emite significativamente menos CO2 do que o diesel convencional, ajudando a reduzir a pegada de carbono dos veículos pesados.

GNV (Gás Natural Veicular): O GNV é uma alternativa mais limpa ao diesel e à gasolina, sendo utilizado em veículos pesados e leves. Ele emite menos poluentes e é uma opção mais ecológica, especialmente quando comparado aos combustíveis fósseis tradicionais.

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