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Rolls-Royce Phantom: 100 anos de arte sobre rodas

Rolls-Royce Phantom comemora seu centenário em 2025 como um ícone da engenharia, do design e, principalmente, da expressão artística.

O Rolls-Royce Phantom comemora seu centenário em 2025 como um ícone da engenharia, do design e, principalmente, da expressão artística. Ao longo de suas oito gerações, o modelo esteve presente nos círculos mais criativos do mundo, servindo como veículo, inspiração e até obra de arte para alguns dos maiores nomes da arte moderna e contemporânea.

“Como símbolo de autoexpressão, o Phantom frequentemente apareceu em incidentes de importância criativa – muitos deles momentos marcantes da última década. Ao celebrarmos o centenário do Phantom, é o momento perfeito para refletir sobre o legado infinitamente intrigante deste automóvel e as personalidades artísticas que desempenharam um papel na construção de sua história.”
Chris Brownridge, Diretor Executivo da Rolls-Royce Motor Cars

Uma trajetória marcada por artistas visionários

Desde sua fundação, a Rolls-Royce esteve associada a figuras como Salvador Dalí, Andy Warhol, Henri Matisse, Pablo Picasso e Cecil Beaton. A artista Dame Laura Knight, primeira mulher a integrar a Royal Academy of Arts, chegou a usar um Rolls-Royce como estúdio móvel, pintando diretamente de seu interior em hipódromos britânicos.

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Colecionadores renomados como Peggy Guggenheim, Jacquelyn de Rothschild e Nelson Rockefeller também incluíram modelos Rolls-Royce em seus acervos pessoais.

Entretanto, é o Phantom que mais se conecta ao universo artístico, frequentemente exibido em instituições como a Saatchi Gallery (Londres) e o Smithsonian Design Museum (Nova York), consolidando-se como uma verdadeira escultura sobre rodas.

Dalí, a couve-flor e o surrealismo motorizado

No inverno de 1955, Salvador Dalí protagonizou um dos episódios mais excêntricos da história automotiva. Convidado para palestrar na Universidade Paris-Sorbonne, Dalí encheu um Phantom preto e amarelo com 500 kg de couve-flor e percorreu as ruas de Paris até o campus. Ao abrir as portas do carro, os vegetais se espalharam em cascata, criando um espetáculo tão marcante quanto sua palestra sobre “Aspectos Fenomenológicos do Método Crítico Paranoico.”

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A cena ficou registrada na história da arte moderna – e agora na memória da Rolls-Royce, que encomendou uma obra inédita inspirada nesse momento surreal.

Dalí também eternizou o Phantom em sua obra para o livro Les Chants de Maldoror (1934), onde o veículo aparece congelado numa paisagem desolada, numa metáfora entre a opulência e o absurdo.

Andy Warhol: do Studio 54 às ruas de Nova York

Andy Warhol, considerado o herdeiro criativo de Dalí, teve um Phantom 1937 convertido em shooting brake. Comprado em Zurique em 1972, o veículo acompanhou o artista por seis anos em Nova York, refletindo o estilo de vida excêntrico que imortalizou a estética pop art.

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O primeiro encontro entre Warhol e Dalí, ocorrido no Hotel St. Regis em Manhattan (1965), foi descrito como uma performance em si:

“Dalí transformou todo o evento em teatro. Andy ficou petrificado.”David McCabe, fotógrafo.

Para homenagear esse legado, a Rolls-Royce comissionou um artista contemporâneo para reinterpretar o Phantom com estética pop art, resgatando o espírito inovador de Warhol.

Espírito do Êxtase: uma escultura que simboliza o movimento

Desde 1911, todo Rolls-Royce carrega no capô o Espírito do Êxtase, criado pelo artista Charles Robinson Sykes. Inspirado na estátua grega Vitória Alada de Samotrácia, o símbolo traduz em forma escultórica a suavidade e elegância do deslocamento a bordo de um Phantom.

Produzido artesanalmente até 1948, o emblema era supervisionado por Jo Sykes, filha do escultor, consolidando-se como um dos mais icônicos ornamentos da indústria automotiva. Obras de Sykes fazem parte de acervos como o Museu Britânico e o Victoria & Albert Museum, ambos em Londres.

Phantom: arte, máquina e manifesto

Ao completar 100 anos, o Rolls-Royce Phantom reafirma sua posição não apenas como símbolo de luxo e engenharia, mas como plataforma de expressão artística. Ao longo do século, ele foi mais do que um automóvel: foi uma tela, uma ferramenta criativa, uma extensão da identidade de seus proprietários e uma peça digna de galeria.

Cada Phantom carrega consigo o peso da história, a sofisticação da arte e a precisão da engenharia britânica. Ao entrar em seu segundo século, o modelo se mantém como referência absoluta de exclusividade e inspiração.

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  • Espírito do Êxtase – Mascote icônico da Rolls-Royce, símbolo de elegância e fluidez, criado em 1911 por Charles Sykes.
  • Shooting Brake – Conversão clássica de carroceria, que transforma sedãs ou cupês em veículos estilo perua, muito apreciado por colecionadores.
  • Surrealismo sobre rodas – O uso de automóveis como parte de performances artísticas de vanguarda, como nas ações de Salvador Dalí.
  • Pop Art automotiva – Reinterpretação de ícones industriais como arte, movimento liderado por artistas como Warhol e Keith Haring.
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