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Entenda o “tempo” da motocicleta e a diferença entre os lubrificantes para motores de 2 e 4 tempos

A manutenção correta do motor da sua motocicleta exige o conhecimento do seu ciclo de funcionamento.

Com uma vida útil média de 12 a 15 anos, os motores de motocicletas exigem manutenção especializada, sendo fundamental a correta identificação do seu ‘tempo’ ou ‘ciclo de funcionamento’ — 2 tempos (2T) ou 4 tempos (4T) —, pois cada tipo tem um sistema de lubrificação específico. A escolha do lubrificante adequado, como o Mobil Special 2T™, é determinante para a longevidade e o desempenho do propulsor. Você sabe qual é o tipo do motor da sua moto?

O motor de uma motocicleta é um dos componentes que mais exige cuidados ao longo do tempo de uso, e a manutenção adequada começa pelo conhecimento do seu ciclo de funcionamento, que pode ser de 2 ou 4 tempos. Identificar corretamente esse “tempo” é crucial, pois cada sistema demanda um processo de lubrificação específico e, consequentemente, o uso do óleo correto, o que impacta diretamente a durabilidade e o bom funcionamento, evitando falhas graves.

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O motor de dois tempos (2T) opera com um ciclo simplificado, realizando todas as etapas de admissão, compressão, combustão e escape em apenas dois movimentos do pistão. Essa simplificação do processo construtivo resulta em maior potência e rotações mais altas para o motor, além de torná-lo mais leve e simples.

Esses motores 2T são tipicamente encontrados em motos de menor cilindrada, modelos esportivos, motonetas e em equipamentos como roçadeiras e cortadores de grama. A sua lubrificação é feita de maneira direta e integrada, através da mistura do óleo com o combustível, sendo o lubrificante consumido junto com ele.

Para os motores 2T, é indispensável o uso de óleos específicos, como o lubrificante Mobil Special 2T™, que são formulados para proteger contra o desgaste e a corrosão, aumentar a vida útil do pistão e reduzir o fenômeno da pré-ignição.

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Já o motor de quatro tempos (4T) realiza o ciclo de funcionamento em quatro etapas distintas: admissão, compressão, combustão/expansão e, por fim, o escape. Esta tecnologia mais elaborada torna o motor 4T mais eficiente em termos de consumo de combustível e resulta em menor emissão de poluentes se comparado ao 2T.

Nos motores 4T, o processo de lubrificação é totalmente diferente: o óleo fica armazenado no cárter, sendo distribuído por uma bomba para lubrificar não só o motor, mas também o sistema de embreagem e a transmissão.

A distribuição do lubrificante nos motores 4T ocorre por salpico (com o virabrequim respingando óleo nas peças) ou por pressurização (com a bomba enviando o lubrificante sob pressão para pontos críticos como mancais e válvulas). O óleo cria uma película que absorve calor, reduz o atrito, limpa impurezas e protege contra a corrosão antes de retornar ao cárter.

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A lubrificação correta para motores 4T deve utilizar óleos que ofereçam alta resistência à oxidação e proteção eficiente para o motor e a embreagem contra o desgaste. É justamente por oferecerem maior eficiência e durabilidade que a maioria dos modelos de moto mais vendidos no Brasil utiliza motores 4T.

O uso do óleo 4T em motos 2T é estritamente contraindicado e pode causar danos graves ao motor, pois o lubrificante 4T não é formulado para ser misturado e queimado com o combustível. Essa falha pode levar ao acúmulo de resíduos nos componentes internos, falhas na lubrificação, sobreaquecimento e, em casos extremos, à fundição do motor.

As consequências de usar o óleo incorreto incluem a formação de resíduos de carvão no motor, entupimento das janelas de escape (exaustão), redução da câmara de combustão, isolamento dos eletrodos das velas e travamento do anel de segmento.

É fundamental seguir o princípio simples: “motor 2T pede óleo 2T, motor 4T pede óleo 4T”. Não há economia ao usar o óleo errado, pois o custo de reparo por um motor travado será muito superior. É igualmente vital respeitar a proporção de mistura de óleo e combustível recomendada no manual da moto para os modelos 2T, já que tanto o excesso quanto a falta de óleo prejudicam o motor.

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Ciclo de Funcionamento do Motor – Sequência de etapas (admissão, compressão, combustão/expansão e escape) que o motor realiza para transformar energia química do combustível em energia mecânica.

Cárter – Reservatório localizado na parte inferior do motor onde o óleo lubrificante fica armazenado nos motores de quatro tempos.

Pré-ignição – Ocorre quando a mistura ar-combustível é inflamada antes da vela de ignição gerar a faísca, geralmente causada por pontos quentes na câmara de combustão ou resíduos.

NVH (Noise, Vibration and Harshness) – Sigla que significa Ruído, Vibração e Aspereza, usada para avaliar o nível de conforto acústico e tátil de um veículo.

Anel de Segmento – Anéis metálicos localizados nas ranhuras do pistão, que vedam a câmara de combustão e controlam a passagem do óleo para o cilindro.

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