Em um momento decisivo para a transição energética e a competitividade industrial, foi lançado oficialmente o Instituto MBCBrasil, uma organização sem fins lucrativos, independente e multissetorial com a missão de promover soluções concretas para a descarbonização do setor da mobilidade no Brasil. A entidade visa apoiar a transição viável do transporte terrestre por meio de todas as soluções de baixo carbono disponíveis, focando em uma mobilidade limpa, econômica e socialmente responsável, e já reúne importantes representantes da indústria e do agronegócio, como Toyota do Brasil, Stellantis, Scania e Bosch.
O Instituto MBCBrasil foi oficialmente lançado com uma missão fundamental de apoiar a transição viável do transporte terrestre.
A entidade buscará promover a descarbonização por meio de todas as soluções disponíveis de baixo carbono.
O objetivo final é garantir uma mobilidade limpa, econômica e socialmente responsável no país.
José Eduardo Luzzi, Presidente do Conselho de Administração do Instituto, destaca que a nova organização nasce para transformar evidências técnicas em políticas públicas.
A transformação de evidências visa acelerar a adoção de tecnologias sustentáveis no setor da mobilidade.
O Instituto MBCBrasil já reúne representantes de grande parte do setor, incluindo a Abimaq, Abipeças, Bosch, Cummins, John Deere, Mahle e TUPY-MWM.
Do lado da produção de veículos, há a adesão da Stellantis, Scania e Toyota do Brasil.
O agronegócio e a bioenergia também estão fortemente representados, com a Abiogás, Alcopar, Bioind MT, Biosul, Copersucar, SIAMIG, SIFAEG, Sindaçúcar-PE, Sindaçúcar-AL, Sindalcool-PB e UNICA.
A entidade, que também conta com a AEA, Conarem, IPT, SAE Brasil e Sindicato dos Trabalhadores, está em expansão.
Orlando Merluzzi, Gestor Operacional do Instituto, afirma que a união de segmentos com interesses convergentes é um marco histórico para o país.
O propósito comum é consolidar a posição do Brasil como líder global em mobilidade de baixo carbono.
A entidade combaterá a desinformação e promoverá ações que beneficiem a economia, gerando emprego e renda.
O Instituto MBCBrasil estruturará sua atuação em três eixos estratégicos: Descarbonização Viável, Tecnologias da Bioeletricidade e Transição Energética Justa.
O primeiro eixo, Descarbonização Viável, visa promover uma transição energética realista e adequada à realidade nacional.
Este eixo será amparado nas vantagens comparativas do Brasil, como a matriz elétrica mais limpa e renovável do planeta e a tradição em biocombustíveis.
O segundo eixo, Tecnologias da Bioeletricidade, basear-se-á na neutralidade tecnológica.
Ele fomentará o desenvolvimento e a adoção integrada de biocombustíveis e tecnologias de eletrificação, como etanol, biodiesel, biogás, biometano e hidrogênio.
O terceiro eixo, Transição Energética Justa, estará alinhado à transição para uma mobilidade sustentável que preserve o parque fabril.
Este eixo se dedicará a gerar empregos e preparar profissionais para novas demandas por meio de capacitação e formação.
Na sua agenda estratégica, o Instituto buscará interlocução técnica e política com entidades e atores do setor da mobilidade.
As ações incluem a articulação com iniciativas públicas e privadas e a promoção de letramento e conscientização sobre o tema.
O Instituto também proporá e apoiará políticas públicas e investimentos que incentivem a adoção de soluções adequadas ao contexto brasileiro.
A criação do Instituto MBCBrasil e sua agenda focada em neutralidade tecnológica e nas vantagens do biocombustível brasileiro (etanol) em um momento de forte polarização entre elétricos a bateria e híbridos posiciona o Brasil como um player único.
A união de montadoras, fornecedores de autopeças e o agronegócio de bioenergia é uma vantagem estratégica notável para propor políticas públicas que protejam a competitividade industrial e o parque fabril nacional, ao mesmo tempo que garantem a descarbonização, contrastando com mercados que dependem exclusivamente da importação de baterias.
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Descarbonização – Processo de redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa na atmosfera, especialmente em setores como o de transporte.
Neutralidade Tecnológica – Princípio que defende a não preferência por uma tecnologia específica (ex.: elétricos a bateria) em detrimento de outras (como biocombustíveis), permitindo que todas as soluções de baixo carbono compitam.
Transição Energética – Mudança global do uso de fontes de energia fósseis (carvão, petróleo, gás) para fontes de energia renováveis (solar, eólica, biocombustíveis) para reduzir as emissões.
Biocombustíveis – Combustíveis derivados de matéria orgânica (biomassa), como etanol (cana-de-açúcar) e biodiesel (óleos vegetais), que tendem a ter um ciclo de carbono mais neutro que os combustíveis fósseis.